terça-feira, 30 de junho de 2009




Links!

Trailer de Besouro

Trailer de Zombieland

Precisamos fazer um desses por aqui dia desses: semana de Terror nos cinemas!

Quam disse que não há garotas nerds bonitas? Saca só a VenetianPrincess criadora e atriz principal dessas paródias (entre outras):

Transformers 2 Parody (Revenge of The Twitter Icons)

Lady Gaga - Poker Face - Parody ("Outer Space")

Tinseltown Nanny

Britney Spears - Womanizer - Parody

Toque de celular que aumenta os seios femininos, descoberto pelo cientista japonês Hideto Tomabechi, para baixar. Aumente o seu e seja uma pessoa mais confiante!

Heróis enfrentam robôs gigantes, mas só quem se lasca é o Aranha pra variar...

DIESEL XXX. Pode abrir sem medo!

Você já deve ter visto ou ouvido, mas sabe o que é mimimi?

segunda-feira, 29 de junho de 2009




Rock Manaus

Em comemoração ao dia Mundial do Rock, R$ 10,00, dez bandas tocam pra festejar o dia do nosso estilo musical.



Atrações:



Epidemic

Joy

Blind

Olhos Imaculados

Além da Sociedade

Metafórica

Os Selvagens

Break Seasons

Jolie Rogers

Caroço


Estrutura do Evento


Vai ser no Olímpico Clube. O Rock Manaus 2009 vai disponibilizar para os pagantes: camarotes, mesas, camarote de imprensa, bar, palco decorado com a temática do evento que é uma alusão ao Dia Mundial do Rock, comemorado no dia 13 de julho, banheiros, DJs nos intervalos das bandas, dançarinas, segurança, estacionamento, piscina #1 liberada com profundidade de 80 cm.



Post Scriptum do Cão (1): trocentas bandas por R$ 10,00? Já tou lá!


Post Scriptum do Cão (2): piscina de 80 centímetros liberada = putaria de qualquer jeito!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O que fazer quando os mortos andarem

Você sabe como lutar com os mortos-vivos. Você sabe como o Solanum se comporta, bem como as características de um morto-vivo. Você entrou em forma e já está pensando em formar um time. Sabe como identificar a verdade em uma notícia feita para acobertá-la. Está se preparando para um possível encontro com zumbis ou mesmo para a chegada do Dia Z. Chegou a hora de saber exatamente o que fazer assim que detectar uma insurreição em andamento.


A primeira coisa a ser feita é coletar mais informação. Qual é o nível da insurreição e a que distância você está desse evento? Há possibilidade desse mal se alastrar ou fatalmente será contido pelo Estado ou cidadãos envolvidos?


Num primeiro momento a informação a ser reunida é vital. Se a insurreição é de nível um, qualquer casa de alvenaria pode ser considerada segura, bastando para isso que as portas sejam mantidas fechadas. Você deve ligar para a polícia e esperar, pois matar um zumbi sempre vai resultar problemas com a lei, a menos que se trate de uma guerra aberta. Será muito difícil explicar o cadáver decomposto na porta da sua casa, com uma bala na cabeça, mas um morto-vivo caminhando em direção dos policiais é auto-explicativo. Você deve ter ficha limpa e não há porque se arriscar à contaminação.


Se a insurreição for de nível dois, só uma casa com portas de madeira sólida e janelas com grades poderá resistir até a chegada dos policiais. Há sempre a chance dessa insurreição se tornar uma de nível três se nada for feito logo. Além de trancar as portas e janelas, ou de reforçar as mesmas no caso da casa em que você se encontrar não estar preparada para esse tipo de intruso, você vai encher todos os recipientes disponíveis com água. Se houver uma banheira na casa faça o mesmo com ela, assim como com as pias, pois pode ser que você tenha de esperar muito tempo por socorro se esta insurreição alastrar-se. Um ser humano médio pode passar semanas sem comida, mas morrerá em três dias sem água! Só use essa água para se lavar se entrar em contato com fluidos corporais contaminados com o Solanum.


Se a insurreição for de nível três, você terá de abandonar a casa se esta não for preparada para conter mais de uma centena de invasores de uma vez. O telhado terá de ser quase impossível de ser alcançado, os sobreviventes terão de ficar no primeiro andar e o acesso a esse primeiro andar deverá ser destruído, para que os monstros fiquem no térreo. Se tais correções simples não puderem ser levadas a cabo no lugar onde você estiver, você terá de abandonar o lugar. Só tenha em mente para onde está indo, lugar tal que permita esse tipo de medidas defensivas. Certos conjuntos de apartamentos têm esse tipo de estrutura, com a vantagem de já contar com várias outras pessoas morando lá que podem ajudar na defesa de seus lares. Sempre tome cuidado ao encontrar grupos armados e desesperados.


Mesmo precisando abandonar o abrigo em que se está, deve-se considerar o momento certo para fazer isso. Num primeiro momento de grande comoção, qualquer que seja a catástrofe – rompimento de represas, grandes incêndios, invasão de exércitos inimigos, furacões – um grande número de pessoas correrá para seus veículos e tentará fugir a toda velocidade, mas quase todos irão pelas vias principais, o que gerará um caos instantâneo, engarrafamento em alguns lugares e acidentes automobilísticos incríveis em outros. Você não pode fugir num primeiro momento por isso mesmo. As chances de terminar preso no trânsito ou morto em um acidente são grandes demais. Você vai ficar de tocaia, com as panelas cheias de água por ao menos um dia, observando furtivamente a movimentação no exterior do seu abrigo temporário, para perceber o melhor momento de sair.


Se a insurreição for de nível quatro ou evoluir para isto, vai ser preciso se deslocar até uma fortaleza feita por você ou pelo seu grupo, em local remoto, secreto, de acesso difícil e com seu transporte especialmente separado para esse fim. Se não tiver construído seu forte ainda, terá de se manter numa vida nômade até encontrar uma fortaleza pronta e receptiva. Pode ser que você encontre uma assim, mas a maioria dos donos de locais seguros nessa situação não dividirá seus bens contados, estocados e armazenados com um grupo de estranhos bem armados e desesperados.


O melhor veículo possível para se usar num deslocamento durante uma insurreição é a bicicleta. A bicicleta permite se deslocar rapidamente quase sem barulho (lembre-se, você está tentando passar despercebido), não requer outro combustível além dos seus músculos (você esta em forma), não vai ficar presa no trânsito ou mesmo em estradas e em último caso pode ser carregado nas costas. Compre uma boa bicicleta e pedale regularmente com ela. As melhores são as dobráveis com quadro de alumínio.


Se a insurreição estiver longe de você. Acompanhe o caso com interesse e mantenha seu grupo de prontidão. Se as coisas começarem a piorar muito, considere qual seria um bom lugar para correr.


Um último lembrete: só vá atrás de entes queridos que façam parte do seu grupo de sobrevivente. Em uma insurreição de nível um ou dois não há motivos para sair de casa, numa de três ou quatro, sair num primeiro momento vai lhe garantir parar muito antes do desejado com seu carro e se você pudesse ir de bicicleta, só poderia carregar uma pessoa consigo, cansando muito mais rápido. Se você quer proteger seus entes queridos, converse com eles sobre o Dia Z e organize times familiares, mistos com jovens e adultos, se possível moradores da mesma casa ou bairro.

quinta-feira, 25 de junho de 2009




Me enviaram isso dizendo que saiu em uma revista de finanças...


Uma moça escreveu um email para uma revista financeira pedindo dicas sobre "como arrumar um marido rico".

Contudo, mais inacreditável que o "pedido" da moça, foi a disposição de um rapaz que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma muito bem fundamentada.

Segue:

Mensagem/email da MOÇA:

"Sou uma garota linda (maravilhosamente linda) de 25 anos. Sou bem articulada e tenho classe. Estou querendo me casar com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano. Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste site? Ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas? Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso. E 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West. Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca! E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente. Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correta? Como eu chego ao nível dela?" (Rafaela S.)

Mensagem/resposta do (inspiradíssimo) RAPAZ:

"Li sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação. Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou tomando o seu tempo à toa... Isto posto, considero os fatos da seguinte forma:

Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você procura), o que você oferece é simplesmente um péssimo negócio. Eis o porquê: deixando as firulas de lado, o que você sugere é uma negociação simples. Você entra com sua beleza física e eu entro com o dinheiro... Proposta clara, sem entrelinhas.

Mas tem um problema. Com toda certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará aumentando.

Assim, em termos econômicos, você é um ativo sofrendo depreciação e eu sou um ativo rendendo dividendos. E você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre aumenta! Explicando, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano. E no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um caco. Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada. Usando o linguajar de Wall Street , quem a tiver hoje deve mantê-la como 'trading position' (posição para comercializar) e não como 'buy and hold' (compre e retenha), que é para o quê você se oferece...

Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold') com você não é um bom negócio a médio/longo prazo! Mas alugá-la, sim! Assim, em termos sociais, um negócio razoável a se cogitar é namorar. Cogitar... Mas, já cogitando, e para certificar-me do quão 'articulada, com classe e maravilhosamente linda' seja você, eu, na condição de provável futuro locatário dessa 'máquina', quero tão somente o que é de praxe: fazer um 'test drive' antes de fechar o negócio... podemos marcar?"

quarta-feira, 24 de junho de 2009




Links!

Jogo: Jesus Dress Up. Dá para escolher Hollidays, Xmas, Celebs... Há placas novas no lugar de INRI... tudo nos botões da esquerda. Bizarro, mas legal.
http://www.jesusdressup.com/number2.html

Que bom filme é você? Eu sou Os Idiotas! Só não sei se é bom mesmo, porque nunca vi, mas acho que não tem Vin Diesel, explosões, mortos-vivos, tripas espalhadas pelo chão, violência gratuita...

Guidable – A Verdadeira História do Ratos de Porão. Eu fui ao show e achei ótimo!

Mulheres atraídas por gays ganham apelidos

Frases célebres de Tim Maia. O Cara é um pensador profundo!

A ciência dá o braço a torcer mais uma vez e afirma: meditação combate o stress

terça-feira, 23 de junho de 2009

segunda-feira, 22 de junho de 2009


Manhã de sol. Tudo certo. Viagem com amigos numa van de um estado a outro dos Estados Unidos da América. O motivo principal era o romance ameaçado entre um deles e sua namorada, que resolveu se mandar para uma faculdade diferente da sua, em outro estado, depois de toda adolescência ao seu lado

Se ele achava que tudo iria dar certo? Sim! Nem todos acreditavam nisso, mas a maior parte nem se importava. Os motivos para a viagem variavam muito. Amor pra um, mulheres ingênuas para outros, fuga da chatice para quase todos e aventura para a maioria.

Levavam uns poucos dólares, alguma comida, erva e cerveja. Era só um final de semana e por isso mesmo mal levavam roupas extras. Talvez tudo desse errado para o amigo e por isso mesmo tivessem de voltar correndo, o que seria uma frustração. Mas ei, todos eram amigos do cara, não é?

A viagem levaria algumas horas e logo as meninas e todos os caras que beberam precisavam mijar. Pararam em um lugar no meio do nada, pouco mais que uma grande cabana ao lado de uma interestadual empoeirada. Saía um som fraco lá de dentro e havia ainda uma bomba de gasolina entre a van e o barraco, que estava coalhado de motos à parede frontal. O motorista ficou lá fora, com a porta do veículo aberta, enquanto os amigos entravam no bar.

Sim, era um bar. O bar tinha um ar quente e vicioso, a luz era algo avermelhada dentro dele e aqueles que estavam lá eram todos mais velhos que o grupo de universitários que adentrava o recinto. Os braços dos motociclistas eram estufados de músculos e adornados com tatuagens umas por cima das outras. Os cabelos cresciam em profusão, assim como as barbas, e mesmo as mulheres que lá estavam tinham cicatrizes, dentes quebrados e olhares agressivos.

Sem perceberem muito bem no que haviam se metido, os garotos foram até o balcão. Uma das meninas perguntou educadamente “aonde fica o banheiro, por favor?” e recebeu um “FAZ NAS CALÇAS!” De um careca enorme. Havia um rifle acima das bebidas.

Começaram a ser cercados, mas não perceberam de imediato. Quando finalmente se deram conta disso, tentaram sair, mas o pessoal a sua volta não se moveu. “Queremos sair”, um deles disse, mas ouviu do barman um grito de “SEM CONSUMAÇÃO?” Cheio de rancor.

Pediram bebidas leves, mas o ogro que estava à sua frente pôs pra eles beberem uma pinga que estava numa garrafa enorme e transparente, com uma cobra dentro. Depois de hesitarem por um instante, todos beberam, e como por mágica os peludos deram passagem para a saída.

Ao saírem, porém, estavam tão nervosos que deixaram o motorista ansioso com sua pressa de sair de lá. O motorista, sem saber por que deveria se arrancar dali, bateu com a van em uma das motos, o que resultou em um efeito dominó. Se não havia motivo para correr antes, agora eles tinham. Olhando pra trás viram vários headbangers levantando motos do chão, enquanto outros voltavam correndo pra dentro.

Dirigiram sem parar até a segurança do destino final, a faculdade.

O caminho começava a se modificar lentamente. De terras áridas e avermelhadas de barro, apareciam aqui e ali árvores. Logo, pastos e algumas vacas podiam ser vistos. Mas as vacas eram estranhas, tanto na cor como na pelagem, mas estavam excitados demais para parar o carro, descer e olhar com mais calma...

...deveriam ter parado.

Ao chegar à faculdade, surpresa: ninguém à vista. Não havia funcionários transitando, universitários, pais ou qualquer tipo de visitantes. Estranho. Decidiram se dividir para procurar, nunca suspeitando que algo de realmente ruim pudesse estar acontecendo, acostumados que estavam à sua realidade em sua própria faculdade.

As meninas, menos duas, foram dar uma volta pelos espaços abertos do campus. A idéia era conhecer o lugar. Gente demais já iria ver os dormitórios com o jovem apaixonado. Das duas que não se juntaram ao grupo de moças, uma estava com o pessoal que iria ao dormitório feminino e outra foi sozinha procurar a quadra de basquete.

Ela amava basquete. Não tinha altura para entrar para um time nem a habilidade necessária para ser armadora. Nunca a aceitariam e ela sabia disso, mas tinha de estar por perto daquela atmosfera. Logo encontrou o ginásio, mas para a sua tristeza o acesso à quadra estava trancado com correntes em uma porta de grades. Antes de começar a se lamentar, no entanto, sentiu que não estava sozinha. Alguém vinha vindo à sua esquerda, bem devagar e no escuro. Ela se virou de frente e não viu ninguém, e não sabia por que, mas não conseguiu falar nada. Só ficou lá, parada, encarando as trevas.

De repente um gemido infernal que gelou a espinha da jovem veio da coisa que se aproximava dela. Era um lamento longo e triste, que certamente não vinha de uma garganta humana. Não via ainda o que produzira o som, mas sua indecisão passou um instante depois de ouvir aquele terrível som e ela correu. Correu como se sua vida e a de seus amigos dependessem de contar pra alguém o que havia ouvido.

Suas amigas estavam a uns duzentos metros dali. Andando a esmo pelo campus, encontraram um time de futebol americano terrivelmente machucado, principalmente nos braços, cabeça e pescoço. Era como se tivesse se metido numa briga contra gente demais para terem esperanças de ganhar. Andavam lentamente e estavam empapuçados de sangue, mas ninguém apoiava ninguém.

Esse grupo estava a uns cem passos deles. Era até mesmo ruim de olhar. Vários jovens fortes e altos, alguns que deveriam até ser bonitos sem toda aquela tralha sobre eles, estavam incrivelmente estropiados. Quanto mais perto chegavam, mas podiam ver dedos partidos, cortes fundos nos braços e pescoço, rostos ensangüentados... era tão ruim de olhar que resolveram ir por um outro lado. O lado oposto, para ser mais exato.

Nisso o time começou a gemer. Era como se tudo aquilo estivesse doendo pela primeira vez. Era um uníssono de agonia, e o som era aterrador. Não parecia vir deles, mas elas estavam vendo com seus próprios olhos quem gemia.

Na sua fuga, alcançaram dois homens com sobretudos baratos de professor, daqueles com proteções nos cotovelos. Começaram a pedir ajuda, mas eles se viraram e elas puderam ver seus olhos. Seus olhos estavam tão esbranquiçados, como se acometidos de uma catarata geral, que não deviam poder enxergar nada. Mas os professores as viam, pois lhes lançavam olhares famintos e começaram a gemer exatamente igual aos garotos do time de futebol americano. De repente o vento mudou e elas foram atingidas em cheio por um cheiro fortíssimo de carniça.

Pra van! Deveriam chegar à van o mais depressa possível!

O jovem apaixonado já estava à porta do quarto da sua amada, mas não tinha coragem para entrar. Lá de dentro, vinha um som repetitivo e monótono que ele conhecia muito bem: era o som dela sobre alguém, cavalgando numa cama, que rangia. Frente a sua paralisação, a garota que estava com o grupo o retirou gentilmente e se dispôs a entrar.

O que ela viu primeiro foi um loira nua, sentada de costas sobre um jogador de basebol. As roupas do rapaz, assim como o taco e a bola dentro da luva davam a dica. Mas aí ela viu o sangue grosso, escuro e em quantidade assustadora espalhado pelo chão. No momento seguinte, a loira se virou para a porta, e a amiga do jovem apaixonado pôde ver, além dos seios perfeitos, que aquela coisa não tinha mais lábios. Era como se ela tivesse comido eles.

O som que eles ouviam era o do monstro roendo os ossos do pescoço da sua vítima.

O monstro saiu de cima do jovem corpo morto, que já estava sem cabeça, e ao tentar descer da cama, tropeço e caiu. Rápida como um raio, a garota segurou no taco de baseball e acertou com toda a força a cabeça do monstro de cabelos amarelos.

O namorado, que entrou em seguida, foi à loucura. Mas aí ele percebeu todo o sangue e paralisou de novo. Foi empurrado pra fora pela amiga com o taco para afastá-lo daquilo que todos no corredor podiam ver. O cheiro era de matadouro. Ao se voltarem para as escadas, perceberam que vinham mais dois monstros e que mais estavam subindo. Virando-se para o outro lado viram um sujeito enorme, em roupa de futebol americano, vindo do final do corredor, como se tivesse se materializado ali. Mas como? Aí perceberam um tipo de elevador de serviço no fim do corredor à direita.

Bing.

O elevador se abrira naquele instante e não iria esperar muito. Passaram correndo pelo gigante, que tentou agarrá-los. O taco mudara de mão e estava com o mais fraco dos garotos, que acertou as pernas do adversário, sem produzir efeito. Chegaram ao elevador, mas as portas continuavam abertas. Procuraram por um botão para fechar mais rápido, mas era um elevador de serviço e não havia isso. Então a mão do monstro surgiu no vão da porta e todos sabiam o que aconteceria se as portas batessem na mão: tornariam a se abrir!

Desesperado, o portador do taco desceu o taco com toda a fúria na mão, para que esta deixasse espaço livre para a porta fechar, mas errou miseravelmente. Pior, ficou numa posição ruim e ficou claro para a garota que ele seria agarrado pelo gigante, que avançava. Esta tentou tomar o taco de sua mão, mas em pânico ele agarrou mais forte o taco e quem terminou por ser agarrada pelo monstro foi ela, que gritou por ajuda. Os outros dois homens tentavam sair pelo buraco do teto do elevador, mas o primeiro a chegar lá descobriu que não dava pra ver coisa alguma, que os cabos eram engraxados e impossíveis de escalar e que, se haviam escadas de serviço, estas podiam estar longe demais.

Meteu a cara pelo buraco e gritou a plenos pulmões “FODEU!”.

Num ato heróico, os dois homens que ainda estavam dentro do elevador se lançaram contra a massa de cento e dez quilos do jogador morto-vivo, derrubando-o e retornando para dentro do elevador bem na hora de ver que as pernas do zumbi barrariam as portas. Bem a tempo de chutá-las pra longe, também.

As garotas se encontraram com aquela que foi atrás da quadra de basquete, quase chegando à van ao mesmo tempo. Não tinham a chave da ignição ou da porta do veículo para poder entrar. Logo perceberam que seriam cercadas em minutos, pois os mortos chegavam por todos os lados, ainda que lentamente. Em desespero, uma delas enrola a mão direita num pano grosso e quebra o vidro da janela do motorista, abre a porta e logo todas estão lá dentro da van, sem saber como fazer ligação direta para sair dali, mas descascando os fios mesmo assim. Chegaram a se agredir enquanto entravam.

O cheiro era insuportável.

Enquanto isso, os garotos desciam pelo elevador. Logo estavam no térreo. A visão era aterradora: gente jovem morta, mas andando, com uma grande profusão de feridas e uma enorme quantidade de secreções podres cobrindo os corpos arruinados, convergiam para as escadas, atrás da sua carne e sangue. Dava para imaginar o que seria deles, se não corressem.

Nesse momento de indecisão, como se tivessem uma só mente, os zumbis olham para o lugar onde os vivos estavam parados. Os vivos correm.

A longe as meninas vêem os garotos chegando. Mais dois minutos e haveria tantos monstros ao redor que seria impossível atropelá-los todos para escapar. Começam a gritar e a gesticular, mas aí percebem que o buraco na janela impedirá a defesa e tudo parece rodar enquanto elas todas desmaiam.

Um minuto depois, os rapazes e a moça que corriam chegam ao veículo salvador, rearrumam as posições das garotas dentro da van, engatam a ré, manobram um pouco e correm muito, atropelando o mínimo possível de mortos-vivos. Viram os motociclistas que os perseguiam lutando sem esperanças de salvação contra um grupo de zumbis e atropelaram igualmente vivos e mortos que ficaram no caminho. Haveria tempo para remorso depois.

Depois de correr por vários quilômetros sem parar, os universitários se deparam com uma barreira do exército. Vários soldados estão nervosos e os mandam voltar por onde vieram, mas os garotos prefeririam levar tiros a voltar ao horror podre de onde saíram. Cada vez mais soldados chegam, ao longo de um par de horas de negociação entre oficiais e estudantes. Mais algum tempo se passa depois que são levados à tendas especialmente montadas para eles, aonde são interrogados à exaustão e medicados além do necessário, mas ninguém lhes explicava o que estava acontecendo.

Com o tempo ganham a confiança de um jovem oficial médico, que explica que o exército estudava um vírus que trazia os mortos de volta a vida. Haviam vacas infectadas com o vírus num pasto próximo à universidade especialmente para esse fim. Devido à brincadeira de alguns universitários que consistia em derrubar os animais durante o sono, assim como a subseqüente mordida que um dos animais infectados aplicou, o vírus passou para o campus depois que os assustados estudantes voltaram aos seus dormitórios. Minutos depois da morte do infectado, que aconteceu durante a madrugada, aconteceu a reanimação do corpo do jovem, que atacou seu colega de quarto e então começou a se espalhar a praga.

Depois disso declarou que não estavam infectados com o vírus, mas que eles deveriam permanecer sob custódia das forças armadas por algum tempo. Ao mesmo tempo em que havia a certeza de que estariam bem no fim, sabiam que até lá passariam por longas horas de testes dolorosos...

...mas ei, ninguém morreu, né?

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Como detectar a ameaça zumbi

Existe uma série de coisas a serem feitas assim que você detectar que os mortos andam e que não pode ser adiadas, mas você sabe como detectar a ameaça zumbi? Se sabe, sabe que o governo tentará lhe ridicularizar e encobrir os fatos! Tome cuidado: gente mal-intencionada tende a ser muito mais perigosa que qualquer morto-vivo.

Se você não vir um cadáver ambulante bem na sua frente, as chances de perceber o que está acontecendo antes de ser tarde demais são grandes. Por isso, é necessário estar vigilante.

A primeira coisa a se fazer é montar uma rede de gente confiável e interessada em descobrir a verdade. Seus contatos podem e devem ser desde jornalistas dispostos a ganhar prêmios ou paranóicos inteligentes e insones. O importante é investigar tudo o que lhe for dito, com cabeça fria e mente aberta. Lembre-se: muita coisa é improvável, mas nada é impossível!

Você deve procurar por notícias estranhas na mídia comum, também. Estranhe quando falarem de doenças que você nunca ouviu falar e que não possui informação disponível o suficiente na Internet. Estranhe quando disserem que se trata de uma bobagem, mas haver envolvimento do exército. Procure por assassinatos envolvendo canibalismo ou ataques de animais e procure ver as fotos do cadáver, que deve ter larvas de insetos para ser o que dizem ser. O Solanum repele mesmo os insetos, de modo que cadáveres infectados pelo vírus não terão nem moscas nele.

Farão qualquer coisa para que a história fique verossímil. Prenderão supostos canibais, matarão algum pobre animal carnívoro que nem passou perto do corpo semi-devorado ou coisa assim. Você deve tomar muito cuidado para não ser envolvido nisso! É importante alertar as pessoas sobre o Dia Z, mas não faça isso levianamente, pois as autoridades o prenderão e o acusarão de uma coisa qualquer. Você precisa ter uma ficha limpa.

Às vezes a notícia dada na TV é boa e fácil de ser aceita como verdade, mas aí você percebe que as forças policiais e/ou exército ficam respondendo com cada vez mais força a algo noticiado como banal ou “sob controle”. Desconfie sempre de reações exageradas por parte das autoridades. O Estado sabe o que é a ameaça, mas não vai divulgar, e a “reação exagerada” é nada mais que uma garantia de que nenhum morto vai escapar da área.

Fogo é o meio mais seguro de acabar com qualquer traço de Solanum em um local. Ao verificar que aconteceu um incêndio de grandes proporções em um dado local, verifique se não havia um meio de deter as chamas de início, se o local tinha sequer a possibilidade de ser incendiado tão rapidamente, se os locais foram vistos e o que eles disseram logo após as chamas se espalharem. Nunca confie no depoimento de um pequeno grupo de moradores apenas.

Lembre-se sempre: o Diz Z pode chegar depois que você já tiver partido, mas os mortos caminham há tempos em nosso mundo. Há relatos de mais de sessenta mil anos atrás, preservados em jarros de argila, que nos contam sobre isso. Existem pequenas insurreições acontecendo anualmente em todo o globo e sendo contidas – ou não – pelo Estado ou por cidadãos desesperados. Não é porque você viu um comboio do exército se dirigindo para um local que o Dia Z chegou, mas pode ser que haja algo de podre sendo oculto pelas autoridades.

quarta-feira, 17 de junho de 2009


Links nerd/geek


Cinco mecanismos de buscas que você nunca ouviu falar


Mendigos com notebooks!


Vai viajar? Saca só essa idéia.


Se você é nerd precisa conhecer o nerdcore!


Falando em nerdcore, ouça uma música do Mc Frontalot, o pai da criança.


Dancing Lula


Grayson!


Sugestões ao Orkut


Ryan vs Dorkman


E se você gostou disso, deveria ver a melhor luta de sabres de luz de todos os tempos!

terça-feira, 16 de junho de 2009



Aí um dia você toma um avião para Paris, a lazer ou a trabalho, em um vôo da Air France, em que a comida e a bebida têm a obrigação de oferecer a melhor experiência gastronômica de bordo do mundo, e o avião mergulha para a morte no meio do Oceano Atlântico. Sem que você perceba, ou possa fazer qualquer coisa a respeito, sua vida acabou. Numa bola de fogo ou nos 4 000 metros de água congelante abaixo de você naquele mar sem fim. Você que tinha acabado de conseguir dormir na poltrona ou de colocar os fones de ouvido para assistir ao primeiro filme da noite ou de saborear uma segunda taça de vinho tinto com o cobertorzinho do avião sobre os joelhos. Talvez você tenha tido tempo de ter a consciência do fim, de que tudo terminava ali. Talvez você nem tenha tido a chance de se dar conta disso. Fim.


Tudo que ia pela sua cabeça desaparece do mundo sem deixar vestígios. Como se jamais tivesse existido. Seus planos de trocar de emprego ou de expandir os negócios. Seu amor imenso pelos filhos e sua tremenda incapacidade de expressar esse amor. Seu medo da velhice, suas preocupações em relação à aposentadoria. Sua insegurança em relação ao seu real talento, às chances de sobrevivência de suas competências nesse mundo que troca de regras a cada seis meses. Seu receio de que sua mulher, de cuja afeição você depende mais do que imagina, um dia lhe deixe. Ou pior: que permaneça com você infeliz, tendo deixado de amá-lo. Seus sonhos de trocar de casa, sua torcida para que seu time faça uma boa temporada, o tesão que você sente pela ascensorista com ar triste. Suas noites de insônia, essa sinusite que você está desenvolvendo, suas saudades do cigarro. Os planos de voltar à academia, a grande contabilidade (nem sempre com saldo positivo) dos amores e dos ódios que você angariou e destilou pela vida, as dezenas de pequenos problemas cotidianos que você tinha anotado na agenda para resolver assim que tivesse tempo. Bastou um segundo para que tudo isso fosse desligado. Para que todo esse universo pessoal que tantas vezes lhe pesou toneladas tenha se apagado. Como uma lâmpada que acaba e não volta a acender mais. Fim.


Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo dentro de casa. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. No fundo, só existe o hoje.


"Carpe Diem" - Artigo da Revista Exame