sexta-feira, 10 de abril de 2009

Insurreições

Insurreições é o nome que usaremos para ataques de mortos-vivos. As insurreições têm sido observadas desde o início da humanidade e variando enormemente em número de mortos-vivos, vítimas humanas, reação das autoridades, quanto a mídia consegue cobrir, duração, entre outros fatores. Basicamente, temos quatro níveis – ou tipos – de insurreição.


Insurreição nível um - existem poucos mortos-vivos, talvez apenas um. Seu número não ultrapassa vinte. Atacam várias pessoas, comendo umas poucas pessoas e infectando muitas, que fogem e que podem recomeçar o ciclo se esconderem-se em casa até a morte. Espalham-se pouco, pois são notados, combatidos e exterminados com relativa facilidade. A imprensa em geral não dará importância. Normalmente ocorre em locais aonde não há hospitais, como em cidades do interior ou países muito pobres, pois os doentes levados a um hospital podem infectar muitas pessoas, o que nos leva ao próximo nível.


Insurreições de tipo um acontecem todos os anos, sendo as mais comuns. Normalmente não noticiadas, chegam aos ouvidos dos que buscam a verdade através de pesquisa meticulosa.


Insurreição nível dois - Vários zumbis, não menos de vinte, espalham-se em uma área sem controle imediato, espalhando a praga. O número de vítimas é alto e a quantidade de monstros cresce. Vários infectados são socorridos por parentes e seguem para hospitais, aonde farão tudo, menos exterminá-los. Os médicos se recusarão a aceitar os cadáveres reanimados pelo que são até ser tarde demais. Muitos serão infectados dentro dos hospitais, que serão os novos focos da praga. Pode-se esperar por volta de cem zumbis e mais que o triplo de vítimas. A imprensa será notificara e correrá ou local, mas se a verdade for descoberta, será abafada e logo desmentida. Forças especiais da polícia ou exército regular irão acabar com a praga, talvez mais rápido do que acontece nos casos de insurreição de nível dois. Pior que isso, só o que aconteceria no nível três.


Insurreições de nível dois ocorrem com menor freqüência. Procure por notícias de ataques violentos e bizarros, onde não ficou clara a natureza do ataque ou os motivos de tal ato. Qualquer história de canibalismo merece atenção, assim como assassinato de um grupo com tiros na cabeça.


Insurreição nível três - Alguma coisa acontece e os mortos se espalham demais antes de serem combatidos. Os motivos podem ser simples: no caso de os hospitais não darem alarme, os novos infectados que não apresentarem sintomas levarão um dia inteiro para morrer e daí serem reanimados como um membro das hordas balouçantes, retornando pra casa ainda vivos e atacando suas famílias no meio da noite, por exemplo. Neste cenário, uma cidade inteira pode ser tomada de assalto em menos de uma semana, com poucos sobreviventes trancados e cercados, a maioria despreparada, com comida e água acabando. Muitas centenas ou mesmo alguns milhares de mortos-vivos espalham-se por todos os lados e acumulam-se aonde quer que haja sobreviventes, impossibilitando a fuga. Grande parte dos moradores foge da cidade quando a praga torna-se evidente, o que reduz as perdas humanas para menos de cem mil, mas que pode significar gente infecta carregando o Solanum para a próxima cidade, num outro hospital. O exército será convocado, mas levará meses até que se tenha certeza de que o último zumbi foi destruído, uma vez que várias pessoas serão completamente devoradas e cada desaparecido, além de cada possível esconderijo, precisará ser checado para se ter uma segurança relativa. Será impossível esconder isso da imprensa


Só aconteceu um único ataque dessa magnitude, mas como aconteceu no meio do deserto, há mais de um século e envolvendo um forte ocupado pela Legião Estrangeira, essa história foi efetivamente ocultada do público em geral.


Insurreição nível quatro - O mundo foi tomado por mortos-vivos. Ao contrário do que os filmes mostram, seria muito difícil isso se tornar realidade, pois uma doença que passa através do contato e mata seu hospedeiro em menos de dois dias não seria carregada para todos os continentes. O mal da vaca-louca nos mostrou fronteiras internacionais fechadas da noite pro dia. Mas pode acontecer de alguma maneira impensável. Talvez pessoas infectas e com muito dinheiro carreguem a praga em seus jatos particulares durante a fuga. Talvez várias insurreições aconteçam ao mesmo tempo ao redor do mundo, de início tomando pequenos locais sem que se perceba. Talvez sejam postas em andamento guerras biológicas aonde o Solanum seja o patógeno principal. Talvez o próprio Solanum sofra mutações, uma vez que é um vírus, de maneira que se espalhe mais rápido.


O fato é que, por mais difícil que pareça, pode acontecer. Se você e seu grupo estiverem preparados para este nível de insurreição, pode esperar sobreviver a quaisquer um dos outros. Nunca se está seguro demais.

2 comentários:

Eva Miranda disse...

Tomando nota, cuidadosamente. No próximo Zombie Walk, estocarei água potável.

[www.interney.net/blogs/cintaliga]

Camila Baranda disse...

Haja insurreição!