segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011




Faz tempo que eu penso em escrever por aqui sobre temas que outros escreveram, dando o meu parecer. Acho que foi o Luiz Fernando Veríssimo quem falou que há ao menos duas formas de se contar uma história: a maneira otimista e a pessimista.

Na maneira otimista você vê o mundo com bons olhos, não existem problemas, mas desafios que te melhorarão no processo de superá-los, o que quer dizer que a superação nem é necessária, coisas simples são pitorescas e falta de guias, instruções ou tutores para algo que você nunca fez significa liberdade ara fazer do seu modo o que quer que seja.

Na maneira pessimista o mundo é ruim e a má notícia é que todos os outros são piores! Tudo pode piorar e não fazer nada para mudar também não vai adiantar. Os problemas são acachapantes, coisas simples são “de peão” e desinteressantes ao passo que coisas complexas te metem medo. Falta de um manual ou de um guia significa estar perdido, o que leva ao desespero.

Perceba que falamos de uma mesma coisa, que geralmente é impessoal. O olho do observador interfere no objeto observado. Tem gente que acha Internet maravilhosa e outros que pensam que não presta, mas a Internet não tá nem aí pra sua opinião.

Aproveito para dizer que isso é uma maneira ocidental de pensar a coisa, pois os orientais preferem o caminho do meio. É mais saudável não cometer nenhum excesso, nem pra mais, nem pra menos. Mesmo que você viva da Internet não precisa – e nem deve – passar o dia na frente do computador. Caminhar num dia de sol é bom, mas vá pela sombra. O trabalho é chato, mas é necessário e se puder vá fazer outra coisa que te agrade. Não se pode viver para ganhar dinheiro e nem para gastá-lo, sendo ideal fazer cada coisa a seu tempo. Só você se empata de melhorar, no final das contas.

Existem ditados aqui no Brasil mesmo que levam essa filosofia de vida em consideração. Claro que os ditados podem ter vindo de outros lugares, mas são usados por aqui há tempos:

Vá pela sombra – É o mesmo que dizer “siga seu caminho, mas se cuide”;
Coma pelas beiradas – Vai devagar. Frio não presta e quente pode queimar;
Cada coisa em seu lugar – Hora de trabalhar, trabalhar. Hora de estudar, estudar. Hora de namorar, namorar. Não misture nada que é melhor;
A pressa é inimiga da perfeição – Faça com moderação, atenção, não apenas para acabar o que está fazendo. Perceba que não se manda ir devagar, só mais devagar.

Ver apenas duas formas de se fazer as coisas é não enxergar os tons de cinza. Leia lá o que o Veríssimo escreveu: há AO MENOS duas formas de se contar uma história. Não só duas formas.

Post Scriptun: HOJE É ANIVERSÁRIO DO LUAN HENRIQUE! PARABÉNS PARA ELE! 7 ANOS!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011




Dia desses, eu senti como se todos os dias fossem iguais. É um problema recorrente e não devemos nos sentir abatidos por isso.

Lendo O Poder do Mito, um livro sobre um assunto fascinante, mas escrito de maneira horripilante, li lá que os heróis existem para nos inspirar a superar nossos problemas e a nós mesmos, que nosso maior adversário é a inação, a estagnação em que nos metemos. A zona de conforto é foda de ser deixada, mas uma vez deixada você pode alcançar novos níveis.

Daí eu comecei a pensar no meu emprego: é tranqüilo, não me traz aporrinhação, mas não me deixa monetariamente estável.

Do mesmo jeito que eu consegui minha nova casa, tenho de dar um jeito nisso também. Me deixar ficar no trabalho só porque não posso ser expulso facilmente dele não é o suficiente mais. Preciso de desafios.

Segunda-feira é aniversário do Luan. Ele fará sete anos e farei uma festa no colégio para ele. Na terça-feira irei sair para procurar emprego novo e melhor, e farei assim sempre, todos os dias, até que encontre algo, assim como fiz com a casa, que é quase ideal. Quem sabe não encontro algo na minha área?

Na verdade já me chamaram para um novo emprego, mas não pude assumir o cargo porque era num horário impossível para mim e pagaria menos do que o que ganho na Vila Olímpica.

Claro que não preciso deixar meu emprego a princípio. Posso ter dois empregos, como minha mulher e muita gente por aí tem, mas se for preciso escolher, escolherei pelo novo e melhorado. Dizem que o plano de cargos e salários foi aprovado finalmente, que os salários irão melhorar no Serviço Público, mas sei que uma coisa é aprovar e outra é implementar...

Então é isso, pessoal. Tomada essa decisão, verei em quanto tempo eu conseguirei, de fato, a melhora.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011




Nesta terça-feira dia oito de fevereiro de 2011 eu estava realmente chateado. As aulas dos meninos não tinham prazo para começar, o que significava que eu iria levar mais tempo para vê-los de volta em casa, a Mamma não queria entender que eu não podia pegá-los brigara comigo pela milésima vez e havia ainda a falta de grana, que foi relembrada pelo fato do CETAM me ligar oferecendo um emprego num horário que eu não poderia aceitar.

Fui a uma LAN house para passar um currículo a um amigo mas não conseguia lembrar o e-mail, não tinha o pen drive usual na mão e por isso não pude atualizar o Sucupiras e na hora que eu saí de lá parta ir ajudar a minha mulher no SESC a chuva que havia ido embora voltou e me bateu com força.

Estava realmente chateado. Tudo dando errado. Lembrava de uma música do Skylab, de quem eu já falei aqui, “Chove chuva na minha cabeça”. Estava doido para encontrar a minha mulher e conversar sobre o assunto com ela. Se há uma coisa que ajuda é conversar com um amigo e a minha mulher é uma grande amiga, a melhor!

Cheguei encharcado, mas lá no SESC:

1) Recebi uma camisa sequinha para trabalhar;
2) O exercício de mover cadeiras e caixas afastou os problemas da cabeça;
3) As aulas iriam começar no dia seguinte e os meninos voltariam à noite;
4) Lembrei que poderia mandar o e-mail no dia seguinte sem prejuízo;
5) Lembrei que o meu não-trabalho ajuda minha mulher a trabalhar;
6) Fim do mês estaremos melhor de grana.

Com tudo isso, percebo de algo de que já havia esquecido: não vale a pena ficar agoniado, as coisas se resolvem e os problemas, a princípio, parecem maiores do que realmente o são. Na realidade, os problemas se resolveram praticamente sozinhos.

Pensamento do dia: Quando não sabes mais o que fazer, deixa como tá para ver como é que fica!