sexta-feira, 31 de maio de 2013

Zen Pencils da semana! Arte por Gavin Aung Than e traduções deÉrico Assis e Fabiano Denardin.



quinta-feira, 30 de maio de 2013



Aprenda a sacanear os seus amigos que bebem refrigerante!

Passo 1 – Consiga um refrigerante bem gelado de grande preferência da galera.

Passo 2 – Congele Mentos em cubos de gelo. Não deixe ninguém prestar atenção no gelo.

Passo 3 – Sirva ao colocar o gelo na bebida.

Passo 4 – Espere uns três minutos.

quarta-feira, 29 de maio de 2013




Hoje acordei com muita preguiça, mas sabia que seria um dia longo. Teria de ir ao trabalho, depois à Fundação Vila Olímpica pegar meus contracheques e depois ainda ao banco, fazer um troço que eu detesto, mas que era muito necessário: adiantar 50% do meu 13º salário. Além disso, iria ao médico com a esposa – o que é legal – mas que nos faria voltar realmente tarde para casa ou gastar com táxi em uma parte do percurso.

Fui ao trampo, assinei meu ponto, expliquei o que tinha de fazer e saí.

Na FVO consegui os contracheques até rápido. O pessoal de lá se acostumou a me entregar tudo junto, grampeado, de surpresa. Falei com uns poucos colegas e saí.

O ônibus também não demorou nada, ainda que não me deixasse tão perto do banco.

No banco a história foi diferente. Passei HORAS lá.

Nerd que sou, inevitavelmente ficava fazendo contas para passar o tempo. Contava o tempo médio de atendimento em 10 pessoas para calcular a que horas estaria livre, calculava o valor aproximado do dinheiro que queria pegar e outras coisas. A bateria do meu celular ameaçava cair e não dava pra jogar nele ou ouvir música.

Esperar é foda e é um troço que eu também detesto. Esperar para fazer outro empréstimo, então...

Quando chegou a minha vez demorou tanto que eu achei que iria dormir. Além disso, metade dos documentos que eu levei não eram necessários e eu estava cheio de papéis à toa. Vi a mulher anotando o valor e descobri que era menos do que eu esperava. O computador dela finalmente deu pau e ela teve de reiniciar a máquina.

O atendimento médio levava 4 minutos pelos meus cálculos. O meu levou 20!

O mais triste veio no final quando a atendente me explicou que devido à restrições no meu CPF eu não poderia ter meu 13٥ salário antes da hora, como eu precisava muito. Enquanto isso rolava um supermercado local ainda me ligou para me lembrar que havia uma dívida lá que eles queriam parcelar há meses e nunca dava.

- O senhor deseja parcelar em 5 vezes?
- Não, não vai dar. Moro alugado agora e preciso me organizar melhor.
- O quê?
- Não vai dar.
- Tudo bem, mas o senhor vai continuar recebendo nossas ligações.

Mês passado e no mês anterior eles me ligaram umas 3 vezes por semana.

A senhora do “meu” banco me disse que faria uma defesa e que acreditava poder me ajudar, mas que provavelmente só sairia depois do feriado...

Saí de lá chateado. Fui tentar falar com a minha esposa e o celular finalmente ficou sem bateria.

Fui até o ponto de ônibus pensando que com os descontos que podem rolar no final do mês a conta iria TÃO ficar negativa que eu não pegaria porra nenhuma do meu 13º salário. No ponto peguei o primeiro ônibus que passou. Ao menos os ônibus estavam cooperando. Espero que seja assim mais tarde.

Daí no ônibus lotado, sem acento pra mim, com um monte de papel na mão, com fome já que beirava a hora do almoço, subiu um cara para vender bombom. Era daqueles que gostava de contar uma história sobre o trabalho dele e comecei procurando não ouvir a lorota, mas estava sem bateria no celular e não deu pra não ouvir.

A história dele era algo mais ou menos assim:

Ele e a mulher vieram do interior ou coisa parecida para o CECOM, pois essa senhora estava com câncer nas mamas. Não teve jeito e ela precisou retirar as mamas cirurgicamente. Desempregados, conseguiram um lugar pago pelo CECOM, um abrigo, onde a mulher dele repousa. Ele tem, além de lugar para dormir, três refeições diárias, mas a esposa precisa comer uma comida melhor que o CECOM não banca. Coisas lights, como salada e frango grelhado. Ele então saiu para trabalhar, mas não conseguiu nada e a mulher precisava comer. Resolveu então comprar bonbons (tipo balas) a R$ 0,10 e revender a R$ 0,15. Lucro de 50%, o que é bom, mas ainda assim mal pagaria o almoço da sua esposa, que sairia por R$ 7,00.

No dia seguinte ele teria de começar praticamente do zero de novo, pois a maior parte da grana iria para as refeições da esposa e para comprar material para o trabalho.

Terminada a explicação, nos olhou e disse algo como “quem puder me ajudar, eu agradeço”.

Normalmente não ando com dinheiro no bolso, ou o dinheiro é contado, mas dessa vez eu tinha dez reais trocados. Depois de um momento de indecisão que durou algo em torno de 0,973 segundo, puxei os dez e lhe acenei. Peguei todos os bombons e ele, muito contente e humilde, me repetia que “era para comprar material para trabalhar”, que eu entendi como mais bombons. Dizia ainda que no próprio abrigo em que estava hospedado com a mulher lhe haviam roubado o que tinha conseguido para iniciar o trabalho, completando com “os caras são malvados”.

Pensei na minha própria esposa e em como ela ficaria numa situação assim, sem grana, sem casa, sem perspectivas, sem saúde e sem peitos. Eu também pensei que faria qualquer coisa para ela comer e seguir em frente. Sei também que a maior parte dos homens simplesmente sairiam de um relacionamento assim, o cara era novo ainda. Por essas e outras eu resolvi ajudar. Depois que eu ajudei, algumas outras pessoas deram algo como dois reais para ajudar, mesmo sem comer bombons porque eu pegara todos.

Agora: não sou um cara que se sente melhor quando me comparo com os menos favorecidos. Se for para ser assim você nunca cresce. Você deve antes tentar se espelhar nos caras que estão numa melhor e correr atrás. MAS... ver como o cara lá não tinha nada, exceto um amor enorme pela esposa e um olhar que mostrava que não esmoreceria me fez ver que minha situação não é ruim em absoluto. Pra mim as coisas melhoram continuamente. Se eu gostaria que as coisas acontecessem mais rápido é porque eu não sei esperar. Estou saudável e minha família também, tenho muitos amigos e gente que olha por mim, acabaram de instalar TV a cabo e Internet de banda larga em casa. Estou com a mulher que eu amo, meus pais e filhos estão todos vivos e eu estou, pouco a pouco conquistando as minhas coisas.

Bom feriado, pessoal!

sexta-feira, 24 de maio de 2013



Hoje é um dia muito especial, pois há 11 anos nascia meu filho mais velho: Luiz Felipe!

O Luiz Felipe foi um divisor de águas na minha vida. Marcou o início da paternidade e me ensinou a gostar de crianças, especialmente dos bebês. Antes dele, bebês para mim eram máquinas de fazer barulho e cocô e eu sequer queria tocar num deles. Como se uma mágica houvesse acontecido, até mesmo os bebês que passavam por mim carregados por suas mães olhavam fixo para mim, pois sentiam a mudança operada.

O meu filho mais velho é uma criança que me deu vários tipos de trabalho diferentes, mas nunca foi um trabalho terrível. Aprendi muito e ainda aprendo com ele.

Hoje é um cara sem grandes traumas, ciclista inveterado, estudante competente e claramente “puxou” ao pai na nerdice... e é lindo!

Parabéns pelo seu aniversário, meu filho. Pai te ama!

quinta-feira, 23 de maio de 2013




Indicação de site da semana: mangapark.com

Manga Park é literalmente o maior site de mangá que existe! Nunca vi nada parecido, tanto em abrangência quanto em organização. Eles não só têm praticamente tudo que foi lançado, como está tudo organizado em 52 gêneros diferentes, para dizer o mínimo. Digo isso porque pode-se ainda verificar por outras categorias, como Latest, Popular e Surprise!

Mesmo se você não gostar de quadrinhos japoneses deve fazer uma visita para conhecer melhor. Se você gosta mas não conhece mais do que o que há nas bancas, o site é imprescindível para você, que vai terminar se tornando um otaku.

O site está em inglês. Quem mandou não estudar?

Confira abaixo os 52 gêneros de que falei. Cuidado: alguns gêneros não são “seguros para o trabalho” (+18). No site, os troços para maiores de 18 anos estão marcados em vermelho, mas hentai – curiosamente – não está.


O mais interessante é que você nem sequer precisa baixar, pois pode-se ler tudo on-line.

Post Scriptum: Nem sei por onde começar!

quarta-feira, 22 de maio de 2013



Ontem percebi que não poderei manter a prestação do carro devido a novas dívidas que terei de contrair para viver melhor na minha nova residência. Apesar de ficar abatido naquele momento, já estou bem legal.

Estou legal porque sei que faço isso para o melhor imediato. Muitas vezes nos preocupamos tanto com o futuro que não vivemos o presente. O carro eu compro em uma outra hora.

Também não acho que meti os pés pelas mãos adquirindo uma dívida que eu não poderia pagar. Eu podia pagar, mas aí apareceram novas “responsabilidades fiscais” imprescindíveis ao bom andamento da minha casa. Isso não só vai fazer que a minha esposa e filhas fiquem melhores por lá, como vai preparar terreno para a visita de parentes e amigos e vai , também, me dar conforto.

É uma troca de um tipo de conforto por outro. Mas a troca é temporária, uma vez que ainda compro essa porra de carro!

terça-feira, 21 de maio de 2013

Zen Pencils com traduções oficiais! Uma vez por semana vou postar aqui o trabalho de Gavin Aung Than com traduções de Érico Assis e Fabiano Denardin.



Post Scriptum: bem que eu me escalei para a tradução, mas não deu :(

segunda-feira, 20 de maio de 2013


Juízo Final – Parte 4 – As regras

Depois do isolamento a luz de um novo dia os atingia em cheio. Os olhos doíam, mas estavam todos agradecidos. Foram imediatamente conduzidos a uma sala localizada em uma área restrita a funcionários. Todos os ocupantes do DB da Cidade Nova estavam naquele local.

Menos o homem doente que estava no frigorífico com Luiz e a família sob seus cuidados. Esse nunca mais foi visto ou ouvido.

- Muito bem – começou o Gerente – Vocês precisam conhecer as regras. Aqui mandam os funcionários do DB. Vocês estão aqui por uma cortesia nossa, portanto precisam se comportar como convidados. Vamos manter vocês enquanto pudermos, mas terão de trabalhar. A maioria dos nossos homens trabalha na segurança e eu na coordenação, vocês irão fazer outras funções. Não serão funções fixas: vocês serão “faz-tudo”. Eu mando e vocês obedecem. Se algum dos funcionários pedir algo para vocês, obedeçam, porque provavelmente têm meu aval. Se não puderem seguir esses comandos simples irão ser expulsos. Fui claro?

Houve um momento de silêncio onde todos pesavam os prós e contras. Não durou muito, pois o Gerente repetiu bem mais alto sua pergunta. Todos concordaram, mas Luiz notou que um dos guardas mais jovens, um com cara de galeroso, olhava cobiçosamente para a menina mais velha do finado Ismael. Imaginava que tipo de trabalho esse funcionário iria pedir para a garota desempenhar.

Nos próximos dias tomou mais cuidado com as garotas. Falou com a mãe e a avó delas de suas especulações, mas estas sempre estava cientes de que eram “carne fresca” naquele lugar. A garota mais velha tinha 14 anos e isso podia fazer com que ela mesma procurasse ter sexo com um dos funcionários mais jovens. No mais os dias se passavam com limpezas, verificações de barricadas, serviços na cozinha e verificações do estoque de alimentos. Com a energia há muito tendo acabado, tudo o que era perecível se fora. Carnes, iogurte, queijo... tudo isso não existia mais e se imaginava que jamais se conseguiria de novo, mas Dona Maria Antônia lembrava que ainda existia gente que sabia caçar, pescar e preparar a caça, de modo que deveria haver também gente que ainda produzia até vinho.

O pior de tudo era a falta de informação. Trancados ali, sem TV ou Internet, não se sabia a extensão do estrago. Isso estaria acontecendo em todo o mundo? Como estariam lidando com isso, digamos, no Oriente Médio ou em Serra Leoa, onde as pessoas aprendem a atirar antes de amar? Estriam desenvolvendo uma vacina em algum lugar do mundo? Estariam os EUA prontos para bombardear países vizinhos para evitar a entrada de zumbis pelo México e Canadá? Estaria um lugar tão frio quanto o Canadá infestado de mortos-vivos ou eles simplesmente congelariam?

Luiz sentia muito mais falta, no entanto, da diversão que a Internet podia proporcionar. Em Manaus esse serviço nunca era muito bom, mas dava para se assistir filmes e seriados, ter videogames e entrar num chat a qualquer momento, mesmo por celular. Agora nem a função básica do celular – ligar para alguém – era possível. Sem bateria, não podia nem mesmo olhar as fotos da viagem à Fortaleza que fizera com seu namorado no ano anterior. O relacionamento entre eles acabara muito antes dos mortos voltarem para tomar o mundo dos vivos de assalto, mas agora percebia que ainda gostava dele.

A comida boa estava acabando. Aquilo que estava com o prazo de validade por vencer ou vencido há poucos dias era comido pelos “convidados” e a comida boa ficava pros funcionários. Se alguém tivesse que ficar doente, que fossem os que chegaram por último, invadindo. Os “donos” do lugar deveriam estar sempre saudáveis. Mas quando percebessem claramente que a comida iria acabar, o que fariam?

Não demorou muito para descobrirem.

Aproximadamente dez dias depois de chegarem ao DB da Cidade Nova ficara claro que a comida não duraria mais uma semana, mesmo com racionamentos. O estoque estava baixo quando tudo começou. O Gerente chamou todos à mesma sala em que aconteceu a reunião seguinte ao isolamento no frigorífico. Sem rodeios, disse que precisavam de mais comida, bebida e outros possíveis suprimentos, como remédios e até gasolina para o gerador. Ele havia escolhido algumas pessoas para irem ao exterior buscar esses bens de consumo e Luiz estava entre eles, mas o resto da família não. Dona Maria Antônia disse que ela e sua família precisavam de Luiz e que este não poderia ir e deixá-las desamparadas, ao que o Gerente disse que todos tinham de se sujeitar às regras. Nesse ponto, Antônia simplesmente reuniu sua família num pequeno círculo e começaram sua própria reunião. O Gerente ainda protestou por elas não estarem prestando atenção ao resto na conversa, mas a velha simplesmente o olhou abanou a mão direita num gesto de “me deixe em paz”.

Luiz ficou realmente emocionado pela consideração de Dona Antônia. Pensava na morte certa que o aguardava lá fora e que dificilmente encontrarias qualquer coisa, que se encontrasse não deveria estar bom e que se tudo isso fosse possível ainda teria de voltar em segurança pro interior do supermercado. Achava praticamente impossível que tudo saísse bem e imaginava que o melhor seria seguir seu caminho e ir para um outro lugar, pois seriam imediatamente seguidos por uma manada de mortos-vivos que o impediriam de dar a meia-volta aonde quer que fossem. Nem prestava atenção à conversa do Gerente.

Foi despertado do seu estupor quando Dona Maria Antônia interrompeu o monólogo do Gerente dizendo que iria com o grupo ao exterior.

CONTINUA SEMANA QUE VEM.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

TODAS AS MORTES CAUSADAS PELO JASON!

Clique para ampliar

Temos aqui também um quadro comparativo que mostra que Jason é o slasher definitivo.

Post scriptum: não, não sou fã.

quarta-feira, 15 de maio de 2013


Depois de passar algum tempo num quarto da minha querida sogra finalmente estou de casa nova. Alugar essa casa não foi nada fácil.

Se pudesse escolher qualquer lugar, por qualquer preço, não seria difícil, mas quando você vai alugar SEMPRE tem de levar em consideração alguns fatores: localização, acessibilidade, número de quartos e preço. No meu caso os fatores descritos funcionavam como se segue.

·       Localização – tinha de ser na Cidade Nova ou bairros próximos do Hiper DB de lá, pois a Maria Márcia estuda no Celus e seria muito complicado mudar para outro colégio no primeiro bimestre.
·       Acessibilidade – Ainda não temos carro, então transportes escolares que levam ao Celus precisam estar disponíveis.
·       Número de quartos – Precisava ser dois, sendo um pra mim e a Bonitona e outro para as crianças. O Max (meu derradeiro garotinho) vai dormir com a gente durante algum tempo.
·       Preço – Média de R$ 700,00, pois com outras contas como transporte, luz, água, gás, comida, Internet e TV à cabo eu não poderia pagar muito mais.

Levei literalmente MESES para encontrar o lugar ideal... e aí PERDIA o lugar ideal.

Uma vez uma senhora nos levou – eu e a minha esposa – à casa que estava para alugar à noite. A luz estava desligada, pois há quatro meses não se via clientes por lá, daí tivemos de ver tudo com a ajuda de uma lanterna. O lugar era muito bom, a senhora iria inclusive nos deixar móveis embutidos na cozinha e num dos quartos. A casa era muito espaçosa, a água (de poço) era inclusa, os dois quartos eram suítes com box de vidro nos banheiros. Tinha Internet wireless por rádio. Como se isso não bastasse, era apenas R$ 800,00 por tudo isso. Eu disse que queria a casa. Paramos de procurar. Eles começaram a se organizar para nos ceder o lugar (que ainda tinha coisas dos donos). Uma semana antes de mudarmos, ela (a senhora que nos mostrou o lugar) nos informou que a mãe do marido dela disse para o marido dizer para a senhora para nos dizer que não queria gente de fora da família morando lá.

Em outra ocasião havia um lugar muito bom (nas fotos). Fomos visitar no dia seguinte ao anúncio, visto na Internet, e o lugar havia sido alugado já. Mas como era tão longe quanto o Sol não poderíamos morar por lá mesmo.

Antes disso havia visto uma casa muito boa: dois quartos, perto da minha sogra – que certamente vai nos ajudar com o Max – água e luz inclusos (taxa paga às empresas), árvores dando sombra ao redor, várias reformas e mesmo móveis deixados para nós na mudança da família que morava por lá. Tudo por R$ 850,00. Dois dias antes de nos mudarmos, o homem da casa me liga informando que resolveu vender a casa.

A maior parte das casas que eu olhei nem sequer chegava perto disso. Eram mal-localizadas, horrorosas, escuras, desconfortáveis, tinham problemas estruturais, esgotos abertos por perto, apenas um quarto, eram caras demais pelo tamanho ou qualquer coisa assim.

Fui corretor de imóveis durante certo tempo da minha vida e por isso mesmo sei avaliar um imóvel. Quanto mais olhava, mas ficava impressionado pela falta de noção das pessoas em dar um valor decente no aluguel. Aprendi com anúncios na Internet sem fotos que não adianta visitar o imóvel, pois geralmente é má fé: o motivo de não haver fotos é que o imóvel não faz jus à descrição. Pior que tudo isso eram os telefones para contato, pois as pessoas simplesmente não atendem os mesmos no domingo (dia em que geralmente saem os anúncios deles no jornal).

Hoje, com uma casa alugada – a primeira que eu alugo, pois aluguei diversos apartamentos antes – venho aqui dar dicas para vocês que vão procurar um canto para morar.

1º Vá atrás do que você quer – Não aceite nada menos que isso, dentro das suas possibilidades. Pode ser difícil no início, mas você vai encontrar algo ideal com alguma flexibilidade. Claro que com algum dinheiro você pode encontrar algo realmente bom, mas sem muito para gastar também é possível ter os quatro itens indispensáveis: localização, acessibilidade, número de quartos e preço.

2º Verifique tudo – Ao visitar um imóvel teste as luzes, as torneiras, as janelas e as portas. Qualquer mal funcionamento deve ser explicado. Se não tiver uma boa explicação, pule fora. Se te disserem algo como “pois é, tá quebrado, mas é só consertar” você responde algo como “OK, mas vou descontar do aluguel” e observe a resposta do locatário. Problemas demais são sinais de que outras coisas aparecerão quando estiver morando, então não alugue. Verifique ainda o tamanho dos imóveis contando a cerâmica no chão, que tem tamanho padrão e normalmente variam de 30 a 40 cm. Compare com o seu pé para ter noção do tamanho. Um quarto decente, para um casal ou uns três filhos pequenos, tem algo em torno de 7,5 m² (ou 2,5 x 3 metros) no mínimo. Outras coisas a se evitar: banheiro na cozinha, rios ou esgotos abertos próximos, mata próxima, goteiras, poucas tomadas, ausência de instalação para condicionador de ar, vizinhos barulhentos, bares próximos, ruas escrotas e por aí vai.

3º Pergunte tudo – Não saia de lá com alguma dúvida. Você não deve fechar negócio na hora. Veja suas opções em casa, depois de visitar várias casas/apartamentos, com calma e conversando com quem vai morar com você. Mesmo as crianças podem dar boas idéias. Se interessar, ligue no mesmo dia, à noite, para fechar o negócio. Outras coisas que você pode conversar: se reformas na casa poderão ser realizadas por você (com autorização prévia) e se vai rolar desconto no aluguel.

Seguindo esses passos simples consegui alugar uma casa com pátio gramado na frente, quintal capinado de 60 m² nos fundos, dois quartos, muros de 4 metros de altura, pé direito alto, portão de alumínio, garagem coberta, passagem lateral para os fundos, vizinhança tranquila, rua ampla e sem buracos, banheiro em frente aos quartos com pia de mármore, distante 10 minutos do Celus (de carro), pintura completa com menos de uma semana e possibilidade de desconto em reformas. Tudo por R$ 700,00 com água e luz inclusas (tachado pelas empresas, sem “gato”).

À você que procura seu lugar ideal, desejo boa sorte!

terça-feira, 14 de maio de 2013


Indicação de site da semana: snesbox.com

Você tem mais de 30 anos, não tem mais um nintendo (NES) e sente falta dos jogos? SEUS PROBLEMAS ACABARAM! Conheça snesbox.com, site com QUASE TODOS os jogos tipo NES e SNES para baixar ou jogar on line. Você pode jogar com outras pessoas, ver passo a passo como vencer as fases (walkthrough) e muito mais.

Segundo eles próprios, o SNESbox é “um emulador do Sistema de Entretenimento Super Nintendo, feito com a tecnologia Adobe Flash e que pode ser rodado diretamente numa janela de browser sem instalar qualquer plug-in. Nós temos 1861 jogos e 11337 roms.”

Para você que só sentava e jogava: rom é uma “imagem” do jogo, um arquivo de jogo. Eles têm várias cópias dos mesmo jogos para evitar dar erro, uma vez que as roms são muito instáveis. Basicamente, é para você sentar e jogar sem problemas.

Ele podem até não ter todos os jogos, mas com certeza têm aqueles mais populares, base de muitos jogos atuais, além de jogos “obscuros”, que você nem lembra mais que jogou... até visitar snesbox.com!

Abaixo imagens de alguns dos quase dois mil jogos que eles têm. Se interessar, passe lá pra jogar.

Mortal Kombat 3

Battletoads - Double Bragon - The Ultimate Team

Zombies Ate My Neighbors

Marvel Super Heroes - War of the Gems


Super Bomberman
 

Donkey Kong Country 3 - Dixie Kong's Double Trouble

 

Killer Instinct

 

Rock'n'Roll Racing

 

Mega Man X

 

Super Street Fighter II - The New Challengers

 

Earthworm Jim II

 
Castlevania - Dracula X
 
Prince of Persia

Post Scriptum: Paranoid de 8 bits no Rock'n'Roll Racing = chiclete no cérebro.

segunda-feira, 13 de maio de 2013


Juízo Final – Parte 3 – Isolamento

Os homens os levaram para uma área de estoque de carne. A porta era de metal e a escuridão lá dentro era total. Haviam outras pessoas no DB e algumas delas não queriam que os novos ocupantes de supermercado fossem trancados. Estes foram sumariamente ignorados.

No interior do frigorífico desativado conversaram com os mais antigos prisioneiros. Lá descobriram que os seguranças chefiados pelo Gerente tomaram posse do lugar e isolaram todos os demais para ver se alguém não “virava bicho”.

- Alguém está contaminado?
- Tem um homem ali que está tossindo muito desde que chegou e passou a tossir mais com o tempo. Acho que ele está doente.

Um arrepio percorreu a espinha de Luiz, que além de tudo agora era responsável por toda uma família. As meninas se abraçavam à mãe, enquanto Dona Maria Antônia apenas o seguia murmurando algo sem parar. Antes que pudesse pensar no que aconteceria se um dos presentes se tornasse um cadáver canibal o doente se manifestou gritando com raiva.

- Estou doente sim, mas é assim todo ano! Nesta época eu sempre fico doente. É o clima. Tenho problemas respiratórios, porra!
- Ninguém falou que você vai virar zumbi. Eu disse que você está doente! Vai gritar com a puta que te pariu, caralho. Continua com essa banca e eu te encho de porrada!

Os ânimos não estavam bons e o escuro oprimia as pessoas. Quanto tempo passariam ali? O pessoal que estava antes deles já estava há um dia, mas ou menos, sem comida ou água. Só sabiam que era esse o tempo do encarceramento porque alguém ali possuía um relógio digital. O tempo passava consideravelmente mais devagar naquela situação e ter um relógio era uma maldição. Era inevitável pensar o pior e ficar remoendo maus pensamentos. Nisso Luiz percebe o que Antônia estava murmurando: era uma reza, ou melhor, uma reza emendada na outra.

“Se isso a faz sentir-se melhor, melhor pra ela”, pensou.

Algum tempo se passou e escancararam a pesada porta de metal, mas apenas para tirar as primeiras pessoas de lá. Ao homem que tossia, no entanto, ordenaram que continuasse por lá. Quando este começou a protestar lhe perguntaram bruscamente “quer água? Então cala a boca!” e lhe jogaram uma garrafa de dois litros de água mineral quente. O homem a abriu e começou a beber no ato enquanto tornavam a fechar a porta. Uma das meninas falou “tô com sede”, mas sua mãe lhe disse que ficasse quieta. As meninas começaram a chorar, primeiro uma e depois a outra, não se sabe se pela falta de água ou pela esperança que sentiram de sair daquele breu. O homem ofereceu um pouco de água, mas a mãe delas simplesmente lhe disse “não obrigado”.

- Pensa que eu estou contaminado, né?
- Penso!
- Mas não estou! Vá se foder! Agora suas filhas irão ficar com sede!
- Pelo menos não irão morrer!
- Eu queria estar com isso que você pensa que eu tenho, porque aí eu morria, voltava e matava tu e tuas filhas, idiota!
- Pessoal, vamos nos acalmar!
- Porque você acha que ele continuou preso? Eles sabem que esse daí está pra morrer!
- Eles me deixaram aqui porque são filhos da puta medrosos como você.

Mais tempo passou. Sem o homem do relógio, nem se quisessem poderiam saber há quanto tempo estavam trancados naquela masmorra improvisada. Dona Maria Antônia não parava de rezar, mas não parecia tão assustada quanto os outros. Luiz desejou ser mais religioso nesse momento, pois não tinha fé num final feliz para essa história. E se eles nunca mais abrissem a porta? Poderiam ter sido mortos lá do outro lado, ou não se importarem com o destino dos cativos. Estaria dona Antônia encomendando sua alma ao Criador?

No meio desses pensamentos terríveis o som inconfundível da tranca da porta se fez ouvir, seguido de uma intensa luz que cegou a todos.

CONTINUA SEMANA QUE VEM.

quinta-feira, 9 de maio de 2013



Há pouco tempo eu fiquei realmente chateado com o fato que eu passo mais tempo esperando ônibus do que efetivamente sendo transportado por eles. Até que os ônibus que eu utilizo não são ruins, pois são razoavelmente limpos, não vivem lotados, normalmente eu viajo sentado a maior parte do tempo e me levam para bem próximo de onde eu quero ir, mas há dias em que eles demoram muito, como nos finais de semana, em que posso esperar até uma hora num ponto de ônibus antes de subir naquele transporte público que me permitirá visitar meus filhos mais velhos.

Nos domingos é mais ou menos assim: saio de casa e chego ao ponto de ônibus em menos de dez minutos, mas aí espero até uma hora para que um dos ônibus das duas linhas que me servem passem por lá. Depois disso, como ônibus não vão direto para lá, tenho de passear por pequenas ruas em diversos bairros antes de desembarcar, o que levará mais uns quarenta minutos. Daí caminho mais uns quinze minutos até a casa da mãe deles, onde moram atualmente, e daí mais quinze minutos com eles até o ponto de ônibus que nos levará a algum lugar, mais trinta minutos esperando o ônibus chegar, seguido do tempo da viagem, que pode variar muito e nos resta pouco tempo juntos, antes que escureça e tenhamos de fazer toda a romaria de volta.

Lembre-se que depois que eu os deixo ainda levo mais umas duas horas para chegar em casa, entre caminhar para o ponto de ônibus (15 min.), a espera do ônibus (até 60 min.), a viagem propriamente dita (uns 40 min.) e a caminhada até em casa entre (de 5 a 15 min.).

Daí eu pus na minha cabeça que iria comprar um carro e FODA-SE

Meti na minha cabeça que eu conseguiria esse carro de qualquer jeito. Eu iria deixar de pagar à todos e empenhar metade da minha alma para comprar um carro todo velho, com marcas de ferrugem por todos os lados, coisas quebradas por dentro, mau-cheiro, risco de explosão, mas conseguiria a porra do carro.

Com ódio no coração eu deixei caronas de lado para curtir o sofrimento nos ônibus, numa espécie de auto-penitência que me levaria adiante nos meus planos de aquisição do automóvel. Cheguei mesmo a dizer para a minha esposa algo como “espero que você me apóie nessa, porque vou comprar o carro de qualquer jeito, deixando de pagar qualquer outra coisa num mês que eu achar que posso meter a cara”. Ela, claro, me disse que eu deveria pensar melhor a respeito.

Daí eu comecei a pensar melhor a respeito.

Descobri com uma Gerente do Banco Santander que mesmo com restrições de crédito eu poderia adquirir um automóvel. Tentei financiar através deles, mas não consegui por falta de tempo minha e deles.

Eis que estou na fila do Carrefour no sábado 27.04.13 quando recebo uma mensagem no celular. Pensando ser a Nilsandra me informando de algo a mais para comprar olhei... e era uma mensagem da Chevrolet sobre crédito pré-aprovado com parcelas abaixo de R$ 400,00.

Liguei, comecei a resolver os detalhes na fila e terminei em casa, com o vendedor me retornando a ligação num horário preestabelecido por mim. Em resumo, fiz um consórcio. Poderia ter uma carta de crédito de até R$ 45.000,00, mas como a parcela iria ficar cara pra mim, fiz a opção que recebi no celular. A primeira parcela já foi paga com desconto no meu cartão de crédito.

Desenvolvi um novo mantra baseado na minha experiência. Varia um pouco a cada vez que recito, mas é mais ou menos assim:

“Pode ser que demore a vir, mas pelo menos já comecei a pagar meu carro.

Pode ser que não tenha grandes coisas, mas pelo menos já comecei a pagar meu carro.

Pode ser que me deixe mais pobre, mas pelo menos já comecei a pagar meu carro.

Pode ser que eu morra antes de receber, mas pelo menos já comecei a pagar meu carro.

Pode ser que eu bata essa porra na primeira curva, mas pelo menos já comecei a pagar meu carro.

Foda-se! Pelo menos já comecei a pagar meu carro.”

Post Scriptum: Foda-se = Amém!

quarta-feira, 8 de maio de 2013


Indicação de site da semana: gargalhando.com

O site reúne só imagens engraçadas da Internet. Se não há muita profundidade, compensa com paradas realmente engraçadas. Há placas, GIFs, links e imagens gerais que irão certamente diminuir a sua produtividade no trabalho. Há mais de mil páginas para se ver!

Veja algumas papagaiadas abaixo e, se interessar, visite o gargalhando.com