sexta-feira, 3 de maio de 2013



Sou deísta, mas gosto de estudar religião. Meu intuito não é ofender religião de ninguém, até porque acho todas muito parecidas.

Há diferenças, no entanto. Principalmente no que concerne ao Inferno. Vou falar de algumas das mais conhecidas.

A pergunta é mais complicada do que parece, se levarmos em consideração que não há religião certa e que elas não concordam umas com as outras em tudo...

Para um católico, um evangélico e um islamita, Deus não manda ninguém para o Inferno, pois deu livre-arbítrio para a pessoa escolher seguir - ou não - os passos ensinados nas escrituras para ir ao Céu. Ir ao Inferno é, portanto, consequência de más escolhas de cada um. Mesmo os fiéis dessas religiões sabem que é muito difícil ir ao Céu, pois é preciso ser santo para tal. Muitos fiéis realmente acreditam ser santos. No caso do Islamismo, alguns continuarão no Inferno para sempre (os que se diziam muçulmanos mas não o eram de fato) enquanto os demais irão ao Paraíso em algum momento. Mais de 20% da população mundial é islamita, atualmente.

Para um judeu, nem mesmo se acredita no Inferno. O Bíblia deles (Tanakh) não fala sobre vida após a morte e por isso cada um tem sua interpretação. Foram influenciados pela religião dos outros há alguns séculos atrás e por isso a maioria acredita na ressurreição, mas há os que acreditam que a alma morre (!!!). Não há uniformidade quanto a crença de vida após morte.

Um espírita não acredita em Céu ou Inferno, mas que nós vamos melhorando continuamente, desencarnando (morrendo) e reencarnando (renascendo) através de uma vida infinita. O que entendemos por "vida" é apenas uma existência, pois a carne é como uma roupa e a vida "mesmo" é do espírito, que não morre. Um dia o espírito se torna espírito puro e daí para de reencarnar. Mais uma coisa: Allan Kardec, em "Obras Póstumas", propõe que o espiritismo seja uma doutrina natural, passível de ser interpretada ou não como religião pelos homens, isto é, capaz de colocar o homem – ou o espírito – diretamente em relação com Deus.

Para um hindu ocorre um lance similar ao que crê o espírita: o ciclo de ação, reação, nascimento, morte e renascimento é um contínuo, chamado de samsara. O Bagavadguitá (a Bíblia deles) afirma que: “Assim como uma pessoa veste roupas novas e joga fora as roupas antigas e rasgadas, uma alma encarnada entra em novos corpos materiais, abandonando os antigos. (B.G. 2:22). A samsara dá prazeres efêmeros, mas é possível assegurar felicidade e paz duradouras depois de diversas reencarnações, pois um atman (espírito evoluído) eventualmente procura a união com o espírito cósmico (Brâman/Paramatman). Mas eles crêem na metempsicose, que é a reencarnação em corpos de animais não-racionais além de corpos humanos.

No budismo acredita-se que existem 31 reinos entre os quais alguns infernos, frios e quentes. Mas os infernos budistas não são lugares de permanência eterna nem o renascimento nesse local é o resultado de um castigo divino. Há seres que o habitam, que libertam-se dele assim que o mau karma que os conduziu ali se esgota.

Então veja: Deus não só não manda ninguém ao Inferno, como o Inferno pode não existir, ser quente, frio, ter passagem só de ida, de ida e volta e por aí vai, dependendo do que você crê. Lembrabndo sempre que estou falando só de umas poucas religiões...

Como deísta acredito que Deus criou e regula o Universo, mas não se mete na vida dos mortais. Não há concenso na vida após a morte entre os deístas (uma vez que não temos religião, não temos clérigos ou livros sobre o assunto), mas particularmente acredito que a gente continua através da reencarnação (a que inclui metempsicose), passando algum tempo em mundos espirituais muito similares aos nossos.

E você? Acredita em quê? Comenta aí!

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