quinta-feira, 26 de novembro de 2009




E-mail enviado peolo amigo Wendel

Sentados num galho de árvore, o macaco e a macaca contemplavam o pôr-do-sol. Em determinado momento, ela perguntou: “O que faz com que o céu mude de cor, na hora que o sol atinge o horizonte?”

“Se quisermos explicar tudo, deixamos de viver”, respondeu o macaco. “Fique quieta, vamos deixar o nosso coração alegre com este entardecer romântico”. A macaca enfureceu-se. “Você é primitivo e supersticioso. Já não dá mais atenção à lógica, e só quer saber é de aproveitar a vida”.

Neste momento, passava uma centopéia. “Centopéia!”, gritou o macaco. “Como é que você faz para mover tantas patas em perfeita harmonia?” “Nunca pensei nisso!”, foi a resposta. “Então pense! Minha mulher gostaria de uma explicação!” A centopéia olhou para suas patas, e começou:
“Bem.. eu flexiono este músculo…não, não é bem isso, eu tenho que jogar o meu corpo por aqui…”

Durante meia-hora, tentou explicar como movia suas patas, e, à medida que tentava, ia confundindo-se cada vez mais. Quando quis continuar seu caminho, já não podia mais andar. “Está vendo o que você fez?”, gritou desesperada. “Na ânsia de descobrir como funciono, perdi os movimentos!”

“Está vendo o que acontece com quem deseja explicar tudo?”, disse o macaco, voltando a assistir o pôr-do-sol em silêncio.

terça-feira, 24 de novembro de 2009



E-mail enviado por Irmão Rafael.


Redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE Universidade Federal de Pernambuco (Recife), que venceu um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.


Redação:


Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.


Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.


O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.


Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar.


Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.


Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.


Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.


Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.


Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.


O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009




Lista de links!


Sabem quem foi o astronauta a passar mas tempo no espaço? Buzz Lightyear! Sério!


Por falar em astronautas, ano passado um assumiu que a NASA já fez contato com extraterrestres


Quando seu filho perguntar por que tem de trabalhar, estudar, essas coisas, mostre essa foto pro ele.



Minha primeira notícia publicada no IG. Acho que irei ficar viciado nisso


Air Guitar é mais antigo do que vocês imaginam. Taquí uma foto para provar!


Não gosto de ir pra estádios, mas acho que vou dia desses só para levar uma dessas comigo.


O amor está no ar!


Vai pensando que a sua fantasia de Star Wars é boa...


E falando em Star Wars: Maestro Vader!

terça-feira, 17 de novembro de 2009



Quando Ketu completou 12 anos, foi mandado para um mestre, com o qual estudou até completar 24. Ao terminar seu aprendizado, voltou para casa cheio de orgulho.


Disse-lhe o pai: “como podemos conhecer aquilo que não vemos? Como podemos saber que Deus, o Todo Poderoso, está em toda parte?”


O rapaz começou a recitar as escrituras sagradas, mas o pai o interrompeu: “isso é muito complicado; não existe uma maneira mais simples de aprendermos sobre a existência de Deus?” “Não que eu saiba, meu pai. Hoje em dia sou um homem culto, e preciso desta cultura para explicar os mistérios da sabedoria divina”.


“Perdi meu tempo e meu dinheiro enviando meu filho ao mosteiro”, reclamou o pai.
E pegando Ketu pelas mãos, levou-o a cozinha. Ali, encheu uma bacia com água, e misturou um pouco de sal. Depois, saíram para passear na cidade. Quando voltaram para casa, o pai pediu a Ketu: “traz o sal que coloquei na bacia”. Ketu procurou o sal, mas não o encontrou, pois já se havia dissolvido na água.


“Então não vês mais o sal?”, perguntou o pai. “Não. O sal está invisível”. “Prova, então, um pouco da água da superfície da bacia. Como está ela?” “Salgada”. “Prova um pouco da água do meio: como está?” “Tão salgada como a da superfície”. “Agora prova a água do fundo da bacia, e me diz qual o seu gosto”. Ketu provou, e o gosto era o mesmo que experimentara antes.


“Você estudou muitos anos, e não consegue explicar com simplicidade como o Deus Invisível está em toda parte”, disse o pai. “Usando uma bacia de água, e chamando de “sal” a Deus, eu poderia fazer qualquer camponês entender isso. Por favor, meu filho, esqueça a sabedoria que nos afasta dos homens, e torne a procurar a inspiração que nos aproxima”.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009


A enquete de outubro “Quando tudo sai errado, você” mostrou que 70% das pessoas não desistem só por terem falhado, sendo que 30% não desistem nunca.

Não desistir dos seus objetivos é muito bom. Ao desistir, você aceita o que lhe dão, o que normalmente significa maior controle para os que querem te controlar. Você aceita o que está “nas prateleiras” do mundo. Aceita-se um paliativo.


Não desistir nunca também pode ser ruim, pois insistir em algo infrutífero só vai te levar a gastar tempo e dinheiro. O melhor é ser flexível, se adaptar ao que vai acontecendo. Conseguir o emprego dos sonhos é importante, por exemplo, mas se o emprego dos sonhos for o que lhe der mais dinheiro, vários empregos são possíveis.


Não se fixe em um objetivo apenas. O mais importante são as conquistas diárias. O caminho é mais importante que o destino. Não desista, mas não faça qualquer coisa para alcançar sua meta.