quinta-feira, 30 de dezembro de 2010




Previsões do Cão para 2011! Sei que não sou vidente, mas é que sempre acontecem coisas que você termina por esquecer, daí é fácil prever...

1º Dilma vai agradar no início, mas até o meio do ano fará algo que deixará os brasileiros e vários estrangeiros chateados.

2º Vai haver enchente no interior do Amazonas.

3º Vai haver seca no interior do Amazonas.

4º Guerra no oriente médio envolvendo os EUA.

5º Guerra em algum outro lugar do mundo envolvendo os EUA.

6º O BOPE e o Exercito Brasileiro continuarão a meter porrada no morro, mas não vai resolver.

7º Algum homem, tipo sex symbol, vai assumir ser gay.

8º Vai sair um filme com efeitos especiais impressionantes e que baterá vários records, mas que a história não é tão boa assim. Esse filme deverá ser o TRON, mas o futuro é nebuloso nessa parte.

9º Rolará uma catástrofe natural terrível, mas que depois da ajuda humanitária ficará até melhor que antes. Ainda assim, o Haiti vai continuar desgraçado.

10º Um time de primeira divisão chegará perto de cair para a segunda, mas será salvo nos bastidores através de acordos.

FELIZ 2011, PESSOAL!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010




Yyyhaaa! Eu não havia postado o capítulo final de Marvel Zombies porque estava publicando só o que estava em português na Internet, mas não é que o Só Quadrinhos traduziu a peça que faltava no super-quebra-cabeça-podre? Vamos ao que interessa!

Malcom, um dos Acólitos do Magneto, havia jogado os Marvel Zombies com o poder de Galactus para outra dimensão, mas qual? Neste Returns você vai descobrir que os mortos-vivos foram parar numa época mais inocente da Marvel, numa dimensão parecida com aquela do início da carreira do Homem-Aranha, a Terra-Z. O mais interessante é que eles foram tele-transportados através não só dessa dimensão, mas do tempo e espaço, indo parar em pontos diferentes do planeta (e da Lua) e mesmo em períodos diferentes de tempo, o que aumenta e difunde o desastre nessa realidade.

A arte, como sempre, é um caso à parte. As capas são trabalho de Suydam, mas cada edição tem um desenhista que faz referência, com seu estilo, ao estilo de desenho da época em que o zumbi se encontra (o que é muito legal). Como sempre, há referências à eventos passados, que são revistos sob a ótica de uma maldição zumbi inter-dimensional. Se você, como eu, manja da história da Marvel e acompanhou tanto coisas antigas do Homem-Aranha como sagas mais novas do tipo Planeta Hulk vai simplesmente adorar ver a versão Marvel Zombies disso.

Cada revista mostra o paradeiro e o destino de cada um dos monstros originais, que foram inclusive modificados pelo tele-transporte. Digo mais: neste Marvel Zombies temos não só o final da saga, mas também seu início! Além de esse ser (provavelmente) o arco final de histórias, aqui temos o Universo Marvel de onde saiu o Sentinela Zumbi que atacou os Vingadores do Coronel América do primeiro Marvel Zombies. Confuso? Explico melhor: no final, temos o monstro original. Viagens espaço-tempo-dimensionais são assim mesmo, e você leu tudo até aqui, sabe que há explicação para tudo em cada revista, não se assuste. Até mesmo quanto tempo se passa entre um capítulo e outro é mostrado, uma vez que os zumbis não aparecem todos ao mesmo tempo.

Aqui se mantém a tradição de apresentar personagens secundários, terciários e mesmo esquecidos do grande público, mas não aquela de espremer dezenas de Marvel Zombies num único quadrinho. As táticas dos zumbis são mais eficientes, uma vez que são minoria e têm prática em combater super-seres despreparados para suas novas condições. Há também uma nova tentativa de acessar todas as realidades para que o Evangelho da Fome se propague por toda a existência.

Oh meu Deus! Será esse o fim de tudo? Ou o fim da praga? Qual a sua relação com o começo da praga? Os heróis mortos irão se redimir? Os heróis vivos irão detê-los? Só lendo para descobrir!

Marvel Zombies Returns 01 – Homem-Aranha

Marvel Zombies Returns 02 – Gigante

Marvel Zombies Returns 03 – Wolverine

Marvel Zombies Returns 04 – Hulk

Marvel Zombies Returns 05 – Vingadores

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010




Hoje viajaram meus filhos junto com a mãe deles. Eu que pedi por isso.

Me sinto esquisito, mesmo assim. Faz tempo que ela não passa Natal, aniversário, festa junina ou qualquer porcaria dessas com eles, mas pra mim vai ser a primeira vez que não estou com os meninos no Ano-Novo e Natal. Ano que vem eles voltam.

Não tive moral para ligar para eles e lhes dizer “feliz Natal e próspero Ano Novo”. Às vezes, sinto a casa silenciosa demais, mesmo com a Mariana gritando ou comigo tolhendo a Maria Márcia. Se ponho o Heavy Metal para rolar às vezes é pior, porque lembro das brincadeiras com eles.

Veja, não estou reclamando – estou me lamentando, mesmo – já que acho que é o certo a se fazer. Eles tem mesmo de passar um tempo com a mãe, a mãe tem de passar um tempo com eles. Tenho de devolver o apartamento e não sei ainda para onde eu tenho de ir e temos de desmontar a casa toda para poder carregar a mesma para o próximo logradouro.

Eles estão de férias e ficarão assim até fevereiro. O engraçado é que só estou assim porque eles não estão mais em Manaus. Se estivessem na cidade, eu não sentiria saudades. As saudades funcionam assim comigo.

Quando eu viajei para Fortaleza, tempos atrás, foi só eu passar por problemas no primeiro dia para sentir falta de todo mundo aqui.

Ano que vem vai ser melhor. Terei um emprego extra, a mulher também, novo e melhorado local de moradia, poderei comprar coisas melhores para eles e a vida será mais fácil. E queremos viajar em família, eu, a Bonitona, os meninos e as meninas. Viajar com a família eu já sei que vai dar mais trabalho, mas eu quero e muito.

Post scriptum: Só para constar, hoje saiu o resultado do processo seletivo do Mestrado em Ciências Florestais Tropicais e eu não passei. Podem conferir aqui que não encontrarão nenhum Cão Babão.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010




Esta é a parte final da história do parto da Mariana, escrita por quem a pariu: Nilsandra "Bonitona" Maria

A madrugada foi mais agitada, já que a Mariana apresentou o mesmo hábito de quando estava na minha barriga. Quando eu ia deitar para dormir por volta da meia noite, ela começava a se mexer bastante enquanto que durante o dia, ficava mais tranqüila e se mexia menos, era nesses horários que eu aproveitava para dormir um pouco, não tão bem pois, desde os 7 meses não temos mais uma posição confortável para dormir. Naquela noite de domingo, a Mariana ficou acordada, eu tentava amamentar o máximo que podia para estimular a produção de leite. Como já tinha experiência, foi bem melhor que da primeira vez pois não tive rachaduras e ela aprendeu a pegar o bico corretamente, nos primeiros dias o leite ainda é pouco e tem o aspecto amarelado (é o colostro), mas com o bebê mamando constantemente vamos produzindo cada vez mais, lá pelo 3º dia já estava com os seios bem fartos de leitinho para a bebê.

Mais um dia começou, era segunda-feira, dia 20 de setembro e eu ainda não tinha dormido nada. Recebemos visita das obstetras e eu fui liberada pela manhã, fiquei feliz pois queria ir logo para casa, eu achava que por volta do meio dia já estaria em casa, só precisava da liberação do pediatra. Porém a manhã passou, tomei café, banho, a enfermeira apareceu para dar banho nos bebês, veio o lanche, o almoço e nada. Outras mães tiveram alta e eu ficava cada vez mais ansiosa. O Ricardo me aguardava na recepção desde a manhã, ficávamos conversando por telefone pois ele nem podia entrar. Veio a tarde, uma pediatra apareceu mas liberou apenas dois bebês de mães que já haviam sido liberadas e foi embora, ela nem chegou no meu leito.
Perguntei de algumas enfermeiras que apareciam por lá se não iria outro pediatra por lá para liberar a Mariana, até que apareceu uma que me disse que a bebê deveria completar 48 horas no hospital para ser liberada, ou seja, eu iria sair só na terça. Nossa, como fiquei frustrada, odeio hospital!! Queria ir pra casa, dormir na minha cama ao lado do meu marido, colocar a Mariana no seu bercinho.

Meu amor foi então pra casa e retornou no horário de visita, o Aristides levou a Maria Márcia para a visita, porém ela não pode entrar para nos ver, fui então até a porta da recepção para falar com ela e mostrei as fotos da irmãzinha. Depois que o Ricardo chegou, me despedi da Maria que iria passar um tempo na casa das tias, no S. Jorge para que eu pudesse descansar, me recuperar e cuidar da Mariana nos primeiros 15 dias. Fomos para a enfermaria, onde ficava o meu leito, ficamos lá com nossa bebê e a mamãe que após a visita iria para casa pois estava cansada e no dia seguinte iria trabalhar. Eu ficava pensando que iria ficar sozinha de novo, mais uma noite no hospital. Mas, por mais uma vez Deus agiu a meu favor e no meio do horário de visitas um pediatra apareceu e até brincou dizendo “Me disseram que você estava querendo fugir” eu sorri e confirmei, queria mesmo ir pra casa. Ele então examinou a bebê, me deu as orientações para os primeiros dias, deu a requisição para os testes do pezinho e da orelhinha e finalmente nos liberou. Que felicidade!!

Arrumamos as coisas, saí tão rápido daquela enfermaria que acabei não me despedindo das outras mães. Naquele mesmo dia minha amiga Aline havia me ligado dizendo que iria me visitar no hospital. Quando saímos, estava quase acabando o horário de visita, o Ricardo saiu para chamar um táxi e quando entrou no estacionamento a Aline chegou. Dispensamos o táxi e a Aline nos levou pra casa. Estava um trânsito horrível, o tempo estava formado, mas chegamos em casa minutos antes de cair uma chuva considerada.

Como era bom estar em casa! Me despedi e agradecia minha amiga, dei tchau pra Lelê e o Marcelinho que estavam com ela e a mamãe aproveitou para pegar uma carona pois a Aline iria passar perto da casa do meu padrasto.

Ficamos só nós três em casa. A Rosa e a Hana vieram dar uma olhadinha na bebê, depois ficamos sozinhos, curtindo nossa casa, um ao outro e a bebê, NOSSA BEBÊ! A Mariana acordou durante a madrugada, mas já era de se esperar. No dia seguinte, a mamãe foi me ajudar em casa, a Maria foi ver a irmãzinha, tiramos fotos ela ficou um tempinho comigo, mas voltou para o São Jorge com o pai dela.

Nesse período (2 semanas), recebemos visitas, mamãe foi me ajudar uns dias somente porque ficou gripada e não queria ter contato com a bebê estando doente. Nos viramos bem sozinhos, levamos a Mariana ao pediatra, para fazer o teste do pezinho, tomar vacina. Ela tomou uns banhos de sol pois estava com a pele um pouco amarelada. Manteve a rotina de dormir bastante durante o dia e ficar acordada à noite. Eu tive febre devido ao excesso de leite, me senti mal, tivemos que comprar uma bombinha para retirar o excesso de leite, senti cólicas e dor ao amamentar, o que é normal.

Apesar de todas essas coisas, a Mariana é um presente de Deus e mais uma prova do amor verdadeiro que eu e o Ricardo temos um pelo outro. Quero dar muitos créditos ao meu companheiro pois ele foi maravilhoso e me ajudou muito desde a gravidez. Posso dizer que ele é dos poucos homens que fica grávido junto com a mulher, ele me acompanhou em todos os momentos, curtimos muito a gravidez, a bebê foi muito esperada e é muito querida por nós. Depois que ela nasceu também tive o apoio do meu queridão, tive uma boa recuperação, não tenho sintomas de depressão pós-parto como da primeira gravidez e devo isso ao amor da minha vida, que divide comigo os momentos bons e os difíceis.

Para concluir o registro do nascimento e primeiros dias da Mariana, foram dez dias escrevendo por partes, quando tinha um tempo, pois agora com a bebê, pouco tempo nos resta para qualquer coisa pois ela requer dedicação exclusiva. Conclui o registro em 15 de outubro e no dia 18 ela completará um mês de vida e já vemos várias mudanças. Seu rostinho que nos primeiros dias estava inchadinho, hoje a gente já pode ver o que parece comigo e o que parece com o Ricardo, (pra falar a verdade, ela é a cara do pai, RSS), ela está ganhando peso e ficando cada vez mais fofa, é impressionante como ela já é bem durinha, se mexe bem, tem força nas pernas e se empurra, seus horários de dormir estão mudando, mama muito bem, já apresentou problemas de gases, mas nada que um remedinho não dê jeito.

Curto muito os momentos com ela, gosto de dar banho, troco as fraldinhas sujas com o maior prazer, amamentar então, é a melhor coisa! Olho pra ela e vejo o quanto é tão linda, amo demais essa princesinha. A fase de bebê é a que eu mais gosto, acompanho as mudanças, o desenvolvimento e é lindo, já estava na hora de ter outro bebê pois a minha primeira filha já tem 5 aninhos, já está em outra fase e eu já estava sentindo falta de ter um bebê totalmente dependente de mim, infelizmente essa fase passa bem rápido e por isso quero aproveitar ao máximo.

Com isso, devo concordar com meu marido quando ele diz que “vale a pena”. Realmente, vale a pena passar por tudo isso, enjôos, dores constantes, aumento de peso, dificuldades para dormir, dor no parto e depois dele, pois depois temos uma vida em nossos braços, uma alma com quem assumimos o compromisso na espiritualidade de sermos pais. Eu sou muito grata a Deus por ter me dado as minhas filhas pra me ajudarem evoluir, pois ser mãe não é fácil. A cada dia a gente aprende, erra, cai, levanta e continua buscando sempre fazer as coisas pensando nos filhos em primeiro lugar.

Mesmo depois, quando vão crescendo e mudando, desenvolvendo sua própria personalidade e discordando da gente muitas vezes, vale a pena ter a certeza de que estamos dando o melhor de nós pra educar crianças para o mundo, para terem autonomia, para serem críticos e pessoas de bem. As vezes quando perco a paciência com os maiores, o Ricardo vem, me acalma e me lembra que um dia eles ainda nos deixarão orgulhosos, e isso é que nos dá esperança no futuro e é isso que faz a vida da gente realmente valer a pena.

Aproveito para declarar ao meu marido todo o amor que sinto por ele, com você, querido a minha vida vale muito mais a pena, obrigada por estar comigo e por ter me dado uma bebê linda. A cada dia te amo muito mais!!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010




Lendo e comentando o post do Devaneio Profundo sobre o livro Admirável Mundo Novo, que li e gostei também, resolvi escrever sobre os clássicos que andei lendo do ano passado pra cá.

Quando digo clássicos, me refiro aos Clássicos da Literatura Universal, bem entendido. Apesar de não ter lido tanto quanto gostaria no ano que passou – e nem nesse – li muito mais coisas além dos clássicos, tais como contos e histórias mais longas do H. P. Lovecraft e vários quadrinhos de temática adulta.

Quando comecei a ler os grandes clássicos, comecei pelos que tinham títulos impressionantes e pelos que se tornaram filmes. Eu poderia ter lido qualquer coisa, ter qualquer critério ou coisa assim, esse foi simplesmente a melhor maneira de lembrar o nome dos tais grandes livros. Leiam também:

1984 – Livro escrito sobre uma sociedade completamente controlada pelas idéias de um único homem. O Mundo se divide em três blocos que são basicamente iguais, só se diferenciando por quem está no poder. Os blocos vivem em guerra, sendo que hora cada bloco faz aliança com um, hora com outro. A história é contada a partir do ponto de vista de um cara que não se enquadra completamente no sistema. Curiosidades: é de lá que tiraram o termo Big Brother, que é um homem icônico e um sistema de controle por câmeras quase onipresente naquele mundo. O livro foi escrito em 1948, no pós-guerra, depois de uma viajem em que o autor percebeu que o mundo todo estava ficando mais paranóico com segurança já naquele tempo. O autor só modificou os últimos dois dígitos do ano para batizar sua obra.

Eu, Robô – História da História dos robôs num mundo aonde eles são comuns até demais e a inteligência virtual real já é um fato. Tudo é contado a partir da entrevista de uma mulher que conta “causos” da expansão humana no sistema solar auxiliada pelos robôs, cada vez mais complexos e capazes. Curiosidades: TODOS os problemas que os seres humanos passam com os robôs só existem porque as três leis da robótica são mal ajambradas para robôs com um mínimo de livre-arbítrio. No filme com Will Smith, conta-se uma história que segue essa receita, mas que não consta no livro.

Eu Sou A Lenda – História do último sobrevivente de uma praga de vampiros de destruiu a civilização e os cachorros! Diferente do filme, o cara não tem nem a companhia de um cão, nem é de alta patente, nem sequer manja de genética, uma vez que essa história rolou há quase cem anos! Os monstros aqui são mesmo vampiros (morrem com o sol, estacas no coração, essas coisas), mas parecem mais mortos-vivos porque são fisicamente debilitados pela doença. Curiosidades: o sobrevivente não está procurando a cura, só quer saber porque todo mundo morreu e ele não, o que lhe pouparia de um monte de merdas! Ele é branco, alto, forte e loiro, de modo que deveriam ter chamado o Dolf Lundgreen e não o Will Smith. O Filme do Will é o último de três filmes feitos sobre esse mesmo livro, sendo o mais fiel Omega Man, com Hutger Howard. No fim do livro, que só tem umas 100 páginas, se descobre o porquê do título, que não tem nada a ver com o fim do último filme.

Atualmente estou lendo O Senhor das Moscas – conta a história de meninos se criando sem a presença reguladora de adultos em uma ilha deserta. Diferentemente de Lagoa Azul, as tendência malignas dos seres humanos vêm à tona e os garotinhos se tornam monstros vis e sem coração rapidamente, dominados pelo mais cruel entre eles. A história é contada sob o ponto de vista de um menino que é tão revoltado que resolve se virar sem a ajuda do grupo, apresar de ser tão forte que poderia facilmente liderar a galera e cuidando do menino mais incapaz de toda a ilha. Curiosidades: O livro tem algo de homoerótico/pedófilo. O personagem principal GOSTA de estar num lugar aonde não há ninguém para “cuidar dele”, mas descobre rapidamente que gosta de cuidar dos outros. Há um filme sobre a história do livro, homônimo, mas eu não vi. O filme é antigo e passa no canal Turner Classic Movies – o TCM – vez por outra. O Autor, William Golding, chegou a afirmar certa vez que enquanto criava O Senhor das Moscas “escrevia letras que já estavam impressas no papel”, o que em outras palavras queria dizer que o livro fluiu muito bem, praticamente se escrevendo sozinho.

Esses livros têm Selo de Aprovação do Cão Babão. Podem ler que irão gostar muito.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010




Faz tempo – mais uma vez – que deixei de falar de mim ou do que acontece comigo por aqui. Vou interromper esse jejum – mais uma vez – falando da minha nova vida sem barba.

Usava barba já há alguns anos, mas já estava com vontade de mudar há algum tempo. Manter uma barba bonita depende de vários fatores, sendo o principal ter pêlos o suficiente. Outros pontos importantes seriam, por exemplo, a escolha de um conte que têm a ver com o formato do rosto do barbudo e a frequência com que você arruma esse corte. Não fazer isso leva você a ficar esquisito ou com cara de mendigo, respectivamente.

Tenho barba desde os onze anos, apear de que na época era ainda muito falha, rala e seus pêlos eram finos. Aos quinze já podia usar cavanhaque, mas não o fazia porque o bigode não juntava com os pêlos do queixo num dos lados. Aos dezoito já tinha tudo: suíças, cavanhaque, mosca... Pêlos inclusive dispensáveis, do pescoço até quase a maçã do rosto. Depois de passar alguns anos testando modelos para mim, usei cavanhaque por algum tempo e depois passava um tempo com e sem barba. Assim foram meus vinte e poucos anos.

Lá pelos trinta resolvi usar a barba completa, excluindo apenas os pêlos dispensáveis e retirando o suficiente debaixo do lábio inferior para marcar bem a mosca. Manter a barba bonita, no entanto, dava algum trabalho.

Primeiro eu tinha de baixar a altura dos pêlos com uma máquina de cortar cabelo. Barbeadores elétricos servem para raspar ou para deixar a barba com aquele aspecto de “mal-barbeado” proposital. Só recentemente surgiram mais facilmente por aqui máquinas que regulavam a altura da barba. Irmão Rafael tem uma, mas ainda corta melhor uma máquina de cortar cabelo que uma de barba. A altura que eu utilizava a princípio era 2 com o menor pente, depois passei a regular na altura 1 para não ter de fazer a barba mais que uma vez por semana, o que freqüente mente eu me esquecia de fazer.

Depois eu tinha de aparar o bigode com tesoura para poder marcar o lábio superior. Isso acontecia porque a máquina não conseguia alcançar essa área. Meu nariz não deixava! O melhor era pentear com um pente de cabeleireiro de perfil estreito e depois usar uma tesoura também para cabelo, mas uma tesoura de manicure também servia. Quando eu esquecia de fazer a barba por tempo demais, o pente puxava os pêlos do bigode que estavam com nós imperceptíveis, o que doía quase como arrancar um pêlo de dentro do nariz. A tesoura de cortar cabelo fazia o corte de uma vez, ao passo que a tesourinha te obrigava a dar muitos cortezinhos, o que podia resultar em falhas no bigode. Uma falha no meio da cara!

No final eu tinha de raspar os pêlos desnecessários. Nunca gostei muito de loção antes ou depois da barba, fazendo tudo com sabonete e lâmina do Sensor da Gillette ou coisa parecida. É verdade que mais lâminas ajudam a barbear melhor, mas não são necessárias cinqüenta lâminas num mesmo aparelho para fazer um barbear decente.

Daí você, mulher, que reclama da sua sobrancelha, não sabe que ter uma barba legal é como ter uma sobrancelha do nariz pra baixo da cara. Fazendo mais uma comparação, assim como mulheres mais velhas resolvem ter cabelos curtos porque dão bem menos trabalho que longos, resolvi raspar logo isso tudo de uma vez.

Claro, outras coisas contribuíram para a decisão. Minha mulher me achava muito bonito de barba, mas me achava lindo sem. Minha barba estava ficando com manchas de pêlos brancos, o que eu sempre achei legal, mas os pêlos quase todos só nasciam do lado esquerdo do queixo, o que parecia doença ou um sinal, o que não é legal ou charmoso. Et cetera.

Quando finalmente tirei tudo pensando em não voltar atrás, não liguei muito pra isso. Foi como quando eu resolvi cortar os cabelos compridos de uma vez: meus cabelos caíam muito e hoje eu seria mais um careca cabeludo. Cortei e não me apoquentei com isso. Até estranhava quando as pessoas não me reconheciam ou coisa assim. Não lembrava, inclusive, que tinha feito uma grande mudança no visual.

Com a barba retirada recebi elogios e críticas. Passei a sentir mais o vento no rosto e os beijos que dou na minha mulher e nos filhos são mais gostosos. É verdade que tenho de fazer a barba ao menos duas vezes por semana e que tenho de comprar mais lâminas de barbear do que antes, mas o trabalho é bem menor. Fiquei com um aspecto mais jovem sem ficar com “cara de garoto”, coisa que eu nunca gostei. Nada, no entanto, supera o olhar que a minha mulher me lança ao mesmo tempo em que me diz “tá muito gato” logo após fazer a barba.

Ela mesma já me perguntou o que eu faria se ela me pedisse para voltar atrás. Também me perguntou se eu estava bem com isso, de tirar a barba. Tudo porque eu resolvi deixar de ser barbudo no dia do seu aniversário, dia 13 de novembro de 2010, como um presente para ela. Eu respondi, basicamente, que só quero agradar à ela e que sempre posso voltar atrás, mas que sim, estava bem com isso e que não pensava em voltar a usar tão cedo. Por ser um homem bastante barbudo, tudo voltaria em uns dez dias. Mas eu já não sou um homem barbudo, assim como um dia deixei de ser um cabeludo, bem como já deixei de usar brincos há vinte anos e não quero nem experimentar de novo.

O próximo lance que eu quero fazer é uma tatuagem, mas essa eu não vou poder deixar de usar depois. Na real: não fiz antes por isso, mas já penso nisso desde criança e tenho certeza de que quero isso. Os detalhes do desenho ficam para um outro post.

A barba foi legal de usar e quase todos os mini-mim que criei para usar como avatares no Internet tinha barba, mas foi um tempo que já passou. Só o tempo e a inspiração dirá o que vem por aí.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010








Lista de Avatar Creators! Durante muito tempo, usei e ainda uso “bonequinhos” no lugar das minhas fotos, que eu não gosto. Os bonequinhos são avatares que eu faço com Photoshop a apartir de uma imagem já parecida comigo ou com um avatar creator que encontro grátis na Internet. Listei aqui os mais interessantes. Alguns deles não são bons para feições, outros não têm corpo, mas todos valem ser visitados.

Claro que, de sacanagem, eu pus aqui aquele que não poderão ser repetidos porque fiz de outro jeito...

http://www.nobleavatar.com/

http://waztec.deviantart.com/art/Avatar-Creator-50900934


http://www.jogosemeninas.com/jogos/anime-avatar-creator-2937.php


http://www.jogosemeninas.com/jogos/mega-avatar-creator-dress-up-game-3074.php

http://rtistique.com/blog/?p=9

http://www.mobicreed.com/tag/emess-avatar-creator/

http://rtistique.com/blog/?p=9

http://www.scottpilgrimthemovie.com/avatarCreator/

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Olha lá: fotos mais recentes da Mariana Augusta, filha do Cão! Os meninos que aparecem lá são meus meninos Luan (esquerda) e Luiz (direita)









quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mais fotos da Mariana Augusta. Essas fotos são "antigas", hoje ela está fazendo dois meses de idade. A roupa de oncinha foi presente da Talita. Depois descobrimos que as luvas de lã a faziam espirrar o tempo todo e daí tiramos para nunca mais.





terça-feira, 16 de novembro de 2010




E-mail enviado pelo Irmão Rômulo


Zé namorava Maria há 5 anos. Uma moreninha de corpo escultural, bundinha perfeita, peitinho durinho de olhar para cima... Simplesmente as medidas de uma Deusa grega.
Só havia um problema para José: até hoje Maria não tinha liberado nada mais que uns amassos.

Um dia, os dois a rolar pelo sofá, pega aqui, pega ali, mão naquilo, aquilo na mão, etc., José começou a tirar a blusinha de Maria, abriu sua calça e quando achou que finalmente ia rolar.
Maria cortou o barato falando:

- José, eu sou moça de família. Só vou transar com você depois de casar. Quando acontecer, até tulipa roxa eu farei com você.

Sem entender o que era 'tulipa roxa' José levantou-se e saiu. Foi à casa de Joana, uma loirinha aguada que era um caso antigo dele, daquelas que liberava geral. Ao chegar José não pensou duas vezes e foi logo para cima de Joana. Rola prá cá, rola prá lá, depois de várias posições
ele não pensou mais e disse:

- Joana, não acha que já estamos sem muitas idéias para nossas transas?
- Também acho, Morzinho.
- Então, quem sabe você poderia fazer uma tulipa roxa?

Joana ficou branca e logo gritou:

- QUEM VOCÊ PENSA QUE SOU? POSSO SER SUA AMANTE, FAZER TODO TIPO DE SACANAGEM, MAS VOCÊ ESTA ACHANDO QUE SOU DESSAS QUE FAZEM TULIPA ROXA?

A moça enfiou a mão na cara do coitado!

- FORA DAQUI, JÁ!!

Jogou tudo o que tinha em cima de José, que não teve alternativa a não ser sair correndo, com as calças na mão. No dia seguinte José foi para o trabalho, mas não parava de pensar como deveria ser a tal 'TULIPA ROXA'. Claro que não perguntou para nenhum amigo, pois não
queria passar vergonha. A solução seria uma visita ao puteiro local (tipo Café Monique, Privê Panteras). Para lá se dirigiu, à noite. Depois de beber umas e outras, sentiu-se preparado e chamou uma das 'garotas', linda, de parar o trânsito.

Ao chegar ao quarto foi logo perguntando:

- Você faz realmente tudo?
- Claro. Estou aqui pra isso, fofinho.
- Qualquer coisa, mesmo?
- Sendo franca: estou aqui para ganhar dinheiro e faço tudo o que for; preciso, anal, oral, o que você quiser.
- Então vamos começar logo com a tulipa roxa?

Sem pensar, a putinha tascou um tremendo tapa na cara de José e foi gritando:

- SEU SEM VERGONHA. SOU PUTA, MAS NÃO SOU QUALQUER UMA. QUEM VOCÊ PENSA QUE EU SOU?!!!

A vagabunda enfiou a mão na cara do coitado, de novo!

E continuou gritando, enquanto fora do quarto todo o mundo escutava seus berros. Sem entender o que estava acontecendo o 'segurança' (vamos ser francos, o cafetão do local) invade o quarto, irritado, pergunta:
- Senhor, o que está acontecendo aqui?
- Meu caro, eu só perguntei se ela fazia de tudo. - respondeu José.
- Ora, aqui todas fazem de tudo. Não estou entendendo. - disse o cafetão.
- Mas, quando eu pedi para ela fazer tulipa roxa ela enlouqueceu...

Sem deixar José concluir a frase o cafetão saca revólver e vai berrando:

- AQUI É UM PUTEIRO DE RESPEITO, MINHAS MENINAS NÃO SÃO DESSE TIPO. SAIA DAQUI, SEU FILHO-DA-PUTA, SENÃO TE FURO O RABO!!!

E José , novamente sem ter escolha, saiu correndo e foi para a casa de Maria. Ao chegar, falou:

- Maria, case comigo, agora, por favor.

Afinal, José não agüentava mais não saber o que era tulipa roxa. Dois dias depois casaram-se e foram para a lua de mel. José esperançoso. Mas no caminho da lua de mel, sofreram um acidente Maria morreu. Até hoje José chora. Não de saudade, e sim de raiva, pois não
conseguiu descobrir o que é tulipa roxa...
...E NÓS, também, vamos ficar com raiva. Afinal, se José não descobriu o que é tulipa roxa,
muito menos eu, que só recebi esta mensagem de um filho-da-puta que também não sabia, e perdi um tempão lendo essa porra deste e-mail e não descobri O que é essa merda de tulipa roxa.

Então pensei, ' Por que não dividir a frustração com vocês? '

Afinal, vocês são meus amigos

Post Scriptum: Na verdade, eu SEI o que é. Se você não sabe, olhe aqui.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010




Mais um pouco da história do nascimento da Mariana Augusta escrito por quem a trouxe ao mundo: Nilsandra Maria, a professora mais bonita do SESC


Não sabia a hora exata naquela sala isolada, mas sabia que era manhã e finalmente o café estava por vir, sentia bastante fome. Até que a refeição foi boa, tinha café com leite, mingau, pão, geléia, fruta. Após o café fiquei sentada por um bom tempo, houve troca de turno e aquela enfermeira boazinha foi embora. Vieram outras não tão atenciosas, eu e a outra mulher que teve bebê perguntávamos o tempo todo se já havia leito para a gente e nada.

Levaram a Mariana para mim, para que ela mamasse, ela estava com o pagãozinho lilás e eu pude ficar com ela um pouquinho nos braços, era o que eu mais queria. Tentei fazê-la mamar, mas ela estava mais a fim de dormir então a enfermeira levou-a de volta para o berçário. Houve um lanche no meio da manhã, consegui tomar um banho rápido com ajuda de uma outra enfermeira que a pedido da outra mãe foi levada para tomar banho e depois que ela voltou foi a minha vez, porém eu ainda estava sem as minhas coisas, acho que a mamãe havia saído da recepção quando foram chamá-la e por isso voltei para a mesma sala com a mesma roupa.

Para meu alívio, finalmente desocuparam um leito na enfermaria e me levaram para lá, já passavam da 10h. Sentei numa cadeira de rodas com o meu sorinho no colo e uma enfermeira me levou até o leito 10. Pelo caminho vi as salas de cirurgia, umas portas abertas, gente sendo operada. Passei pela sala onde tive a Mariana e disse “olha a minha sala de tortura”, a enfermeira riu daquele comentário e por um instante lembrei daquele filme “O albergue”, lembrei também de um sonho dos muitos que tive quando estava grávida da Mariana.

Uma vez sonhei que eu entrava na Maternidade da Unimed e via que estava em condições precárias, era um ambiente horrível, o atendimento era péssimo. Eu deveria ter seguido minha intuição, pois por várias vezes pensei em ter bebê em outra maternidade. A minha primeira filha nasceu na Nazira Daou e não tive grandes problemas, fiquei com a Maria desde as primeiras horas, já na Unimed, depois de quase 12h é que consegui ir para um leito e até então nem tinha amamentado a bebê, fiquei muito decepcionada com a Unimed.

Quando cheguei à enfermaria fui para o meu leito, logo me entregaram a minha bolsa e pude tomar um banho decente, trocar de roupa e aguardar minha bebê. Após o banho, vesti uma camisola nova das que o meu maridão comprou e o meu chinelinho também novo. Alguém do quarto me perguntou se eu havia tido normal e eu confirmei, muita gente se admira, vêem como um ato de coragem. Na sala em que eu estava todas as outras mães haviam feito cesariana.

Resolvi andar um pouco, fui até a porta de entrada e vi o meu amor sentado na recepção, pedi para o guarda chamá-lo pois passei um tempão esperando ele olhar para a porta onde eu estava e nada. Quando ele veio falar comigo me senti bem melhor, contei como foi minha noite, que eu não estava muito bem, que eu queria ficar com a Mariana, que naquele momento eu tinha ido para a enfermaria, enfim, que a noite foi horrível, longe dele e da bebê.

Me despedi dele e voltei lá pra dentro, pedi novamente para trazerem a bebê para mim. A mamãe e o Ricardo entraram na enfermaria onde eu estava. O Ricardo entrou sem poder e ficou sentado meio que escondido para não tirarem ele dali. Finalmente a enfermeira chegou com a Mariana e eu senti um alivio, o Papaizinho foi chamado atenção pois não devia estar ali. Depois que a enfermeira saiu, passamos uns minutos mais ali, conversando, nos despedimos e depois ele saiu, ficando só a mamãe ali me fazendo companhia.

Eu e a mamãe limpamos e trocamos a roupinha da Mariana, coloquei um pagãozinho branco e tentei amamentar, porém ela ainda estava dando preferência para dormir, fiquei preocupada pois ela ainda não havia mamado, mas uma enfermeira me tranqüilizou dizendo que no berçário ela havia tomado leite pela manhã.

E o domingo foi passando, almocei, lanchei, recebemos visitas dos parentes, tiramos fotos, a mamãe ficou lá comigo me ajudou e também ajudou outras mães, que precisavam de alguma coisa. Ela é assim, muito prestativa e eu admiro muito isso na minha mãe. Naquela noite ela dormiu no hospital para me acompanhar. Eu senti muita falta do meu maridão, foi difícil dormir longe dele.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

As tão esperadas fotos da Mariana Augusta.


Quase como veio ao mundo, com uma hora de vida.


Vestidinha...


...e encapada!


Oi?


Cadê meu dedinho?

Semana que vem tem mais!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010




Aqui você tem a segunda parte do parto da Mariana. A maior parte foi escrita pelos minha Bonitona, mas há uns comentários meus inclusos no final.


Eu mal conseguia andar, deitar então nem pensar! As contrações não davam tempo, depois de muito esforço, esperei uma contração passar e deitei ao olhar impaciente daquela médica como quem dizia “deita logo, porra!”, mandou eu abrir as pernas e me deu um toque horroroso, cheguei a ver sangue na luva dela. Então, ela me disse que eu já estava com 7 para 8 cm e pediu a enfermeira que me aplicasse a ocitocina para acelerar (ainda mais) o trabalho de parto e a bebê nascer antes de meia noite.

Me recordei que no nascimento da minha primeira filha, essa ocitocina não fez efeito de início, passei uma tarde inteira tomando essa medicação com soro e não sentia dor alguma, somente depois que me aplicaram um segundo soro sem medicação é que fui sentir as dores. Constatei que é verdade quando dizem que nenhuma gestação é igual a outra.

Eram mais de 22h30 quando me aplicaram a medicação e desta vez foi diferente, o efeito do medicamento foi imediato. Já haviam passado 5 anos desde o primeiro parto e não me lembrava do quanto doía. Com o medicamento, eu já delirava de tanta dor, não conseguia controlar o tremor das mãos, gemia mais ainda, provavelmente minha pressão subiu, ela foi verificada mas não me atentei para saber quanto estava, teve um momento em que já não agüentando mais, pedi para a enfermeira chamar algum médico e disse que queria ser cortada, eu estava já fora de mim e queria de alguma maneira me livrar logo daquele sofrimento.

Para aquelas pessoas que sempre fazem aquela pergunta: “E ai dói muito?”, sou meio intolerante ao responder “não, faz cócegas, não agüentava de tanto rir”. Para esclarecer um pouco mais a intensidade da dor vou dizer a resposta que uma tia minha deu ao filho quando indagada sobre a sensação de ter um filho. Ela disse: “Filho da puta, enfia um coco no teu cu e depois faz força para ele sair, é essa a sensação de ter um filho”. É tia Mônica, pela segunda vez a senhora tem razão. Nunca se deve perguntar a uma mulher que teve parto normal se dói muito.

A enfermeira chamou a médica, ao ver a minha angustia, eu estava em pé perto da cama, a cada contração que já estava praticamente de minuto em minuto, eu fazia aquela força instintiva, de repente comecei a sangrar. A médica chegou, eu disse que não agüentava mais e ela me respondeu “aguenta sim, agüentou a primeira vez que foi mais difícil, agora será mais fácil” e pediu que eu deitasse para ser examinada, que porra, eu já estava quase parindo!! Eu não consegui, tive outra contração e senti a cabeça da bebê querendo sair e disse “ela vai nascer aqui!”. Ouvi a médica perguntar de alguém se a sala de parto já estava pronta, pediu uma cadeira de rodas, quando a cadeira chegou, eu sentei e a enfermeira me levou para a sala de parto.

Ao sair da sala em que estava, a grávida de 8 meses que estava num outro leito, ouvindo os meus gemidos me desejou boa sorte, eu agradeci e saímos da sala. Eu tremia bastante, a enfermeira tentava me acalmar. A sala de parto não era longe dali, mas tivemos que esperar alguém abrir uma porta que dava acesso as salas de cirurgia. Quando entrei na sala, havia dois enfermeiros, um homem e uma mulher. O médico ainda não estava na sala. A enfermeira pediu que eu deitasse naquela cama horrorosa, tive mais uma ou duas contrações, fiquei com as pernas abertas mas me controlando ainda pois tive que esperar o médico se preparar, vestir a roupa e colocar as luvas, eu pedia ajuda dos enfermeiros, enquanto isso me faziam perguntas, como meu nome, qual era o sexo do bebê, minha idade, etc.

Quando finalmente o médico estava pronto, a propósito foi o mesmo médico que me reavaliou e me internou, a enfermeira me disse pra fazer força pra baixo na próxima contração. Eu já sabendo como fazer, procurei ao lado da cama um lugar ou algo em que eu pudesse segurar para ajudar a fazer força, levantei um pouco a cabeça encostando o queixo no peito, quando veio a contração, respirei fundo e fiz bastante força, senti que a cabeça dela estava saindo, a bolsa estourou neste momento, continuei fazendo força até que ela saiu e foi rápido. Senti aquele alívio da dor após o seu nascimento. Sempre brinco com as amigas dizendo que ter filho de parto normal é igual perder a virgindade, dói só quando passa a cabeça, depois é graça.

As imagens na minha mente deste momento não me parecem muito nítidas pois, fechei os olhos, tenho as sensações e é como se fosse um sonho. Quando abri os olhos, o médico já estava segurando ela e cortando o cordão. Ela foi colocada sobre a minha barriga, eu vi o seu corpinho todo sujinho e estava quentinho, vi seu rostinho todo inchado, falei com ela. Ouvi alguém dizendo para segurá-la para não cair, coloquei as mãos nela, achei que ela era menor do que eu imaginava já que minha barriga estava bem grande, em seguida a enfermeira a segurou para aguardar o pediatra que ainda não havia aparecido para examiná-la.

Não me lembro muito bem do seu choro na hora em que nasceu, fui reparar nele depois que o pediatra chegou e a levou para outra sala para fazer o teste de apgar. Ouvia de longe o seu chorinho. Enquanto isso, o médico retirava de mim a placenta, que é um troço enorme, parece um segundo bebê Nesse mesmo instante eu agradecia a Deus em voz alta, disse inúmeras vezes “Obrigado Senhor, obrigado Senhor”. Ao terminar, o médico me parabenizou e foi embora.

Eu perguntava o tempo todo dos enfermeiros se ela estava bem, quando iriam trazê-la pra mim, o enfermeiro que estava lá, finalizou a limpeza que o médico fizera em mim, me colocou compressa e absorvente. Pegaram a minha impressão do polegar direito e alguns dados, um outro enfermeiro, levou a Mariana até mim, disse que ela nasceu com 50 cm e 3,300 g, eu olhei pra ela que já estava com os olhos bem abertos, dei um cheirinho, falei com ela e em seguida ela foi levada para o berçário.

Fiquei um tempo com a enfermeira na sala de parto. Ela fazia ligações para verificar se havia leito disponível, porém não havia, a maternidade estava lotada naquele sábado. Ela me levou para outra sala, no mesmo corredor das salas de cirurgia, sala essa que foi improvisada pela maternidade para acomodar mais pessoas.

Mais um absurdo, a maternidade da Unimed, uma porra que a gente paga, não tinha leito suficiente sem contar que nem pude ficar com a bebê comigo aquela noite, lembro que na maternidade PÚBLICA, em que tive a Maria, me levaram para o leito junto com ela, passei a noite com ela. Desta vez fiquei sozinha, nem visitas pude receber. Porém, a enfermeira que acompanhou o meu parto, foi um anjo enviado por Deus e me deixou ver a minha mãe por 5 minutos. Eu fiquei incomodada, chateada, com medo, pensava mil coisas porque não podia ficar com a Mariana naquelas primeiras horas, nem direito a acompanhante eu tive.

Senti falta do meu marido, não sabia como estavam as coisas lá fora*, não sabia ao menos se ele já tinha visto a bebê. No caminho para a sala onde eu estava, a enfermeira levou a mamãe até o berçário e mostrou a Mariana pra ela. Quando eu estava conversando com a mamãe, eu chorei e falei das minhas preocupações. O meu maior medo sempre foi o de alguém roubar meu bebê. A mamãe tentou me acalmar e disse que ela era bonitinha, eu achava que ela tinha carinha de joelho, aliás parecia bastante com o meu que estava bem inchado, mas tudo bem avó coruja é assim mesmo.

Mamãe foi embora e eu fiquei sozinha novamente e não bastasse a dor do parto, continuei sentido dores, era meu útero ainda se contraindo, além disso, sentia o sangue escorrendo entre as pernas. O enfermeiro que também estava na sala de parto apareceu, eu disse que estava com dor e ele me medicou com dipirona, porém depois de um tempo, a dor não havia passado. Vez em quando aparecia a enfermeira Rosana (acho que era esse o nome dela), voltei a dizer que sentia dores. Ela pegou na minha barriga e eu senti do lado direito, parecia um caroço de abacate, era o meu útero disse a enfermeira. Então ela começou a empurrá-lo para o meio da barriga e depois para baixo e ao fazer isso, os coágulos de sangue saiam de mim e inundavam os absorventes que me protegiam. Houve uma melhora considerável depois que ela fez isso, fui medicada novamente e a enfermeira me dizia sempre pra tentar dormir e descansar.

Fiquei acordada o resto da noite inteira, a Mariana nasceu às 23h30 e depois disso não dormi nada. Senti sede e a enfermeira me deu um copo com água, continuei sentindo dores, fiquei pensando na minha bebezinha, até fome eu senti pois já havia passado mais de 12 horas desde a última refeição que fiz, e assim fui rezando para que aquela noite passasse logo. Queria levantar, comer, tomar banho, ficar com a minha filha. Por algumas vezes olhei a minha barriga vazia e senti falta dela dentro de mim.

Via o movimento dos enfermeiros por ali, perguntei as horas por várias vezes, eu olhava para a enfermeira que me ajudou e que tirava um cochilo. As dores não me deixavam relaxar, sentia o sangue ainda escorrendo, revia na memória o nascimento da Mariana até aquele momento e isso durou até o amanhecer.

Já eram quase 5h quando chegou outra mãe que acabara de dar a luz, parto normal também, mas seu bebê era um menino. Antes dela ser levada para a sala onde eu estava,escutei o choro de um bebê e logo em seguida ela apareceu por lá. Ela parecia ser mais jovem do que eu e era o seu primeiro bebê, mulher corajosa também. Acabamos conversando, trocamos nossas experiências, foi bom conversar com alguém naquele momento, alguém que acabara de passar pelo que eu passei, tínhamos algo em comum. Em algum momento a enfermeira nos chamou a atenção pois estávamos falando demais e deveríamos descansar, colocou até uma divisória bloqueando a visão uma da outra, mesmo assim, continuamos conversando um tempo e depois ficamos em silêncio.


* Minha mulher me pediu para escrever aqui o que aconteceu do lado de fora durante a primeira noite e o primeiro dia.

O maior problema era a espera sem notícias e sem prazo para acabar. Não sei quem inventou que a gente prefere ver propagandas do que uma programação normal e criaram uma TV só com porcaria passando. É assim nos PACs de Manaus também.

Depois da meia-noite, minha sogra voltou dizendo que havia visto a minha filha e que ela era fofinha. Recebi permissão de vê-la e fui até lá.

Ela era muito tranqüila, mas não e não entendi porquê a bebê não estava com a mãe. Entendi menos ainda porquê ela ainda não havia mamado e fiquei meio revoltado quando soube que só mamaria pela manhã. Depois comecei a tirar fotos logo depois de a enfermeira receber as roupas e segui tirando fotos enquanto esta trocava a Mariana. Filmei um pouco também.

Conversei com a enfermeira e lhe disse que esta era nossa última bebê, uma vez que já tínhamos filhos o bastante e que ela ainda representava a união das duas famílias. Além disso, Mariana era a única menina de sua geração na minha família e que só eu, da minha geração dentro da família, havia gerado descendentes. Por isso, ela era muito aguardada e querida.

Me disseram que a Nill não sairia naquele dia e aí eu fui pra casa com a minha sogra, que não havia ônibus para Cidade Nova. Foi horrível dormir sozinho no quarto.

No dia seguinte fui cedo pra lá, pois ela me ligou dizendo que recebia alta, mas com o passar das horas, e eu incomodando todos atrás de respostas, descobri que ela – a Mariana - só receberia a alta no dia seguinte. Foi pior ainda dormir sozinho e sem ninguém na casa.

A única coisa boa foi usar aquelas máquinas de snack food e outra de café. Me senti roubado na de café, mas foi legal usar as duas.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010




E-mail enviado pelo Irmão Rômulo

SE VOCÊ AINDA NÃO ENCONTROU A PESSOA CERTA, VAI COMENDO A ERRADA MESMO..."
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"A PRETINHA MAIS FELIZ DO MUNDO É A JABUTICABA, QUE NASCE AGARRADA NO PAU E MORRE SENDO CHUPADA..."
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"NÃO DÊ RISADA DE TUDO, PORQUE QUEM ACHA TUDO GOZADO É FAXINEIRA DE MOTEL"
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"HOMEM É IGUAL A CAIXA DE ISOPOR: É SÓ ENCHER DE CERVEJA QUE VOCÊ LEVA PRA QUALQUER LUGAR."
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"A DIFERENÇA ENTRE A MULHER E O HOMEM????
A MULHER ESTÁ SEMPRE PRONTA PARA O QUE DER E VIER E O HOMEM ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA QUEM VIER E DER."
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O CAFÉ EXCESSIVAMENTE QUENTE, EM COPO PLÁSTICO, REDUZ EM DOIS TERÇOS A POTÊNCIA SEXUAL DO HOMEM:
PRIMEIRO QUEIMA OS DEDOS; DEPOIS A LÍNGUA..."
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"O CAMINHO PARA ENCONTRAR A PAZ INTERIOR É TERMINAR TODAS AS COISAS QUE VOCE COMEÇOU."
ENTÃO EU OLHEI AO MEU REDOR PARA VER TODAS AS COISAS QUE EU TINHA COMEÇADO E NÃO HAVIA ACABADO.
ENTÃO, HOJE EU TERMINEI COM UMA GARRAFA DE VODKA, 2 GARRAFAS DE VINHO TINTO, UMA DE JACK DANIEL'S, UMA PEQUENA CAIXA DE CHOCOLATES E UMA CAIXA DE CERVEJA... VOCÊ NÃO TEM IDÉIA O QUÃO BEM EU ME SENTI...
TENTE VOCÊ TAMBÉM....
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-QUERIA SER POBRE UM DIA NA VIDA, PORQUE SER TODO DIA É FODA!!
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"EU BEBO POUCO, MAS O POUCO QUE BEBO ME TRANSFORMA EM OUTRA PESSOA, E ESSA OUTRA PESSOA SIM, BEBE PRA CACETE"
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"QUAL É A PRINCIPAL DIFERENÇA ENTRE FRUSTRAÇÃO E DESESPERO? FRUSTRAÇÃO É QUANDO VOCÊ PELA PRIMEIRA VEZ NÃO CONSEGUE DAR A SEGUNDA..
DESESPERO É QUANDO VOCÊ PELA SEGUNDA VEZ NÃO CONSEGUE DAR A PRIMEIRA..."
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"SE SUA SOGRA É UMA JÓIA.....
NÓS TEMOS A CAIXINHA !!!!!!!!! "
FUNERÁRIA SÃO JOSÉ
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AS MULHERES (HOMENS) SÃO COMO O VINHO, COM O PASSAR DOS ANOS, UMAS SE TORNAM AINDA MAIS DOCES, OUTRAS, AZEDAM.
AS QUE AZEDAM É POR FALTA DE "ROLHA"!
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"DEVO TANTO QUE, SE EU CHAMAR MINHA MULHER DE BEM, O BANCO TOMA!!"
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"O MELHOR NEGÓCIO DO MUNDO É ABRIR UM PUTEIRO, SE VOCE FALIR, AINDA PODE COMER O ESTOQUE!"
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UM DIA LI QUE FUMAR ERA MAU E DEIXEI DE FUMAR.
LI QUE BEBER ERA MAU E DEIXEI DE BEBER.
LI QUE COMER GORDURAS ERA MAU E DEIXEI DE COMER.
LI QUE SEXO ERA MAU E ... DEIXEI DE LER !!!!
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ESTUDOS COMPROVAM QUE A POSIÇÃO SEXUAL QUE OS CASAIS MAIS USAM É A DE CACHORRINHO :
O MARIDO SENTA E IMPLORA...
A MULHER ROLA E FINGE DE MORTA...
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"PASSADO DE MULHER (HOMEM) É IGUAL A COZINHA DE RESTAURANTE: MELHOR NÃO CONHECER SENÃO VOCÊ NÃO COME."
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NÃO BEBA DIRIGINDO! VOCÊ PODE DERRUBAR A CERVEJA.
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NÃO SE ACHE HORRÍVEL PELA MANHÃ: ACORDE AO MEIO DIA!!!
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"APRENDA UMA COISA: O MUNDO NÃO GIRA EM TORNO DE VOCÊ.... SÓ QUANDO VOCÊ BEBE DEMAIS."
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"EM DIA DE TEMPESTADES E TROVOADAS O LOCAL MAIS SEGURO É PERTO DA SOGRA, POIS NÃO HÁ RAIO QUE A PARTA."
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"SE NÃO HOUVE AMOR, VALEU PELO GOSTAR.
E NÃO HOUVE GOSTAR, VALEU PELO QUERER.
SE NÃO HOUVE QUERER, VALEU PELA ALEGRIA DE ESTAR COM VOCÊ.
SE NÃO HOUVE ALEGRIA, VALEU PELA AMIZADE.
SE NÃO HOUVE AMIZADE, VALEU PELA INTENÇÃO.
SE NÃO HOUVE INTENÇÃO: FODA-SE , VAI SER EXIGENTE ASSIM, NA PUTA QUE PARIU!!!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010




Aqui começa a história do nascimento da minha filha Mariana, escrita por sua mãe - e minha esposa - Nilsandra. Semanalmente irei pôr mais disso por aqui, uma vez que minha Bonitona escreveu mais de 18 páginas. É a primeira colaboração direta para este site.

Manaus, 05 de outubro de 2010.

Finalmente consegui sentar pra começar a registrar como foi o dia em que a Mariana nasceu. Hoje, ao deitar à tarde para tentar dormir um pouco, relembrei com imagens nítidas o dia 18 de setembro. Me emocionei muito e disse pra mim mesma que de hoje não passaria.

Vamos começar então...

Antes do dia 18, aliás, quando entrei no 9º mês, comecei a esperar ansiosamente todos os sinais que conhecia e indicavam que a bebê já queria nascer. Para o meu alívio seria parto normal como pedi fervorosamente a Deus e conversei baixinho com a Mariana pedindo que ela se desenrolasse do cordão pra mamãe fazer parto normal. Lembro do quanto fiquei preocupada e com medo quando fizemos uma ultrasson na 32ª semana e ela estava com voltas do cordão enroladas no pescoço.

A idéia de fazer uma cesariana me deixou sem dormir durante muito tempo. Ouvia as experiências de outras pessoas e não me via na mesma situação. Todas as minhas amigas que tem filho fizeram cesariana e me julgavam praticamente como uma louca por preferir parto normal, mas eu sempre fui a favor do parto normal e tinha o apoio do meu marido e da minha mãe. Eu não conseguia aceitar o fato de ter o meu corpo cortado, de ter que passar um tempo sem poder falar ou me levantar normalmente, de ficar cheia de limitações devido a pontos de cirurgia, sem contar ter que depender de outras pessoas. Foi por isso que me conhecendo e sabendo do que sou capaz, pedi pra Deus que se possível, revertesse essa situação.

Fizemos outras ultrassons nas semanas seguintes que ainda mostraram a bebê enrolada, porém não desisti. A minha obstetra chegou a marcar a cesariana para o dia 12 de setembro, porém, na última ultrasson antes desse dia, vimos que a Mariana não estava mais enrolada, para nossa felicidade, sendo assim era só aguardar a hora.

Percebo que Deus está me presenteando desde o começo apesar de não me julgar merecedora de tantas bênçãos. Primeiro a do marido, companheiro e amigo que tenho, depois de ter pedido uma menininha e ter sido atendida e por fim de ter tido o parto como eu queria apesar das ocorrências durante a gravidez. Tudo isso me levou ao presente momento com uma coisinha linda por quem estou apaixonada e tenho maior gosto de cuidar, amamentar, trocar, fazer muitos carinhos e amar.

Bem, no dia 15 fui à maternidade para verificar se já estava na hora. Gostaria muito que ela tivesse nascido neste dia, para homenagear o meu pai que em vida fazia aniversário no dia 15 de setembro, mas ainda não tinha nenhuma dilatação, voltei pra casa com um pouco de frustração, mas aceitando, afinal é a bebê que deve estar preparada, eu já estava há muito tempo. No dia 16 eu tinha consulta com a obstetra mas decidi não ir, pois já tinha sido avaliada no dia anterior.

No sábado, dia 18, estávamos Ricardo, Maria e Eu em casa. A Maria ia para o aniversário do Netinho, filho da Vivi (amiga do trabalho) acompanhada pela Rosa e pela Hana. Cogitei até a possibilidade de ir para esse aniversário, mas ainda bem que não fui, pois Marianinha chegaria neste dia. Quando estávamos terminando o almoço, pra lá das 13h, tive uma contração mais forte e diferente daquelas que sentia no 8º mês de gestação, pensei comigo mesma “está chegando a hora”, comecei a anotar o intervalo de tempo de uma contração para a outra, falei pro Ricardo o que estava acontecendo e resolvi não comer mais nada o resto da tarde.

Os intervalos variavam bastante, entre 17 e 9 minutos, a tarde foi passando e esse processo continuava, dei um tempinho na casa da Rosa, conversamos, falei pra ela que estava tendo contrações, mandei uma mensagem pra minha médica que pediu para que eu fosse à maternidade ser avaliada. Falei pro Ricardo a orientação que a médica havia me dado, liguei para a Claudia me levar lá e avisei a mamãe também.

A Claudia chegou pra lá das 17h, super nervosa, mais do que eu que até então estava tranqüila. Deixei a Maria sob os cuidados da Rosa e fomos para a maternidade, levamos as bolsas, o Ricardo foi avisando a família, a Claudia errou o caminho e eu fui sentindo as contrações.

Chegamos lá, levou um tempinho para sermos atendidos. Primeiramente fui avaliada pelo Dr. Iran, o qual simpatizei, o que dificilmente acontece já que tenho aversão a médicos. Nessa avaliação eu já estava com 3 cm de dilatação, ele tentou entrar em contato com a minha médica mas não conseguiu, disse a princípio que eu só poderia ser internada com 5 cm de dilatação, deu sua opinião de que no ritmo em que estava, a bebê só nasceria pela manhã do dia seguinte.

Ficamos por lá ainda, eu queria uma resposta da Dra. Nely, enquanto isso, as contrações continuavam, as pessoas foram chegando: D. Berenice, Rafael, depois a mamãe, ficamos conversando na sala de espera, aguardando outro médico e a resposta da minha obstetra. O turno do Dr. Iran terminou e aguardamos o outro plantonista chegar, nesse tempo, minha médica enviou uma mensagem dizendo que com 3 cm ainda estava cedo e que eu deveria voltar para casa. Ainda bem que não segui sua orientação, eu sentia que deveria ficar e aguardei mais um pouco pois queria ser reavaliada.

Já eram mais de 19h e outro médico apareceu, recontamos a situação e fui examinada novamente, nessa nova avaliação já estava com 4 cm de dilatação, ou seja, em 1 hora mais ou menos já havia aumentado 1 cm. O médico então me deu a guia de internação, porém o Ricardo não poderia me acompanhar em nenhum momento, só se fosse uma cesariana, como se esse tipo de parto fosse mais difícil do que o parto normal, achei um absurdo já que a tal da lei do parto humanizado já existe há uns 5 anos e uma maternidade privada ainda não havia se adequado a isso, mas estava só no começo, outras coisas ainda estavam por vir e mais uma vez eu só iria contar com a ajuda divina para esse momento.

Peguei a guia autorizada na recepção, me despedi das pessoas que estavam me acompanhando e entrei com a enfermeira, uma senhora que me levou até a sala de pré-parto. No caminho perguntei seu nome, para tentar criar uma relação, me sentir segura, amparada ou algo assim. Ela demorou um tempo e me disse o seu nome “fulana de tal, porquê?”. Esse “porquê” me fez bloquear da memória o nome daquela senhora. Fico me perguntando porque enfermeiras são assim, lembro que no parto da Maria Márcia me disseram até para não gritar, me pediram o braço grosseiramente para verificar a pressão como se não importasse o fato de estarmos sentindo uma dor de difícil descrição e que nos deixa sem razão, sem domínio sobre o próprio corpo por alguns momentos.

Quando entrei na sala, havia apenas uma enfermeira, também senhora, sentada à frente do computador. Ela recebeu a minha guia de internação e minha ficha com a avaliação do Dr. Daniel, o médico que me internou. Perguntei da enfermeira se eu iria precisar de lavagem intestinal, ela disse que só se o médico solicitasse. Com alguns minutos lá veio ela com aquela bisnaga e um tubo, me dando orientações daquilo que eu já sabia: deitar de lado, relaxar e prender o máximo que puder. Eu detesto essa etapa no processo de dar a luz, acho muito, muito constrangedor.

Depois de algum tempo, fui ao banheiro para completar o procedimento, voltei para o leito, recebi aquela bata horrorosa de hospital, minhas roupas foram colocadas em uma sacola com o meu nome. A enfermeira me aplicou soro, as contrações naturalmente foram aumentando, umas duas médicas passaram pela sala, uma delas verificou a dilatação, devia estar em 5 ou 6 cm, não me lembro ao certo e disse ainda que o trabalho de parto iria entrar pela madrugada. Perguntaram quem era a minha obstetra e se ela iria fazer o parto eu respondi que não, pois não seria cesariana.

Essa é infelizmente uma realidade, os obstetras se preocupam com você somente se você for operada por ele, senão, é o médico que está de plantão que acompanha o seu parto, isso é outro absurdo, porque você passa a gravidez inteira sendo acompanhada por um médico, acho que fica a nosso critério escolher o tipo de parto que queremos e no final, no momento em que mais precisamos dele, não podemos contar. Sendo assim você tem que pedir a Deus que aquele médico que você nunca viu na vida e que vai te ajudar a colocar seu filho no mundo faça um bom trabalho.

As dores foram aumentando ainda mais, eu não conseguia ficar deitada com aquelas cólicas fortíssimas, me levantei, fiquei andando e quando sentia uma contração me inclinava na beira da cama e fazia massagem pra tentar aliviar a dor buscando respirar profundamente. Comecei a pedir amparo dos espíritos naquele momento, pois fiquei sozinha bastante tempo naquela sala. As enfermeiras saiam constantemente, era pra pegar algum material, pra comer ou sei lá pra que mais, só sei que eu estava lá sozinha, mas com certeza sendo amparada espiritualmente.

As horas foram passando, as dores aumentando em intervalo de tempo mais curtos, eu ficava com vontade de ir ao banheiro com mais freqüência. Em algum momento, outra gestante foi para aquela sala, ela estava no 8º mês, estava com pressão alta e tendo contrações. A essa altura eu começava a gemer de dor e chamava por Jesus e Nossa Senhora deixando aquela mãe traumatizada com meu trabalho de parto. Provavelmente ela não iria querer ter parto normal.

A dor ficava cada vez mais insuportável, eu sentia a bebê descendo e se encaixando cada vez mais, instintivamente você começa a sentir vontade de fazer força (para comparar, a dor é parecida com a que você sente quando quer evacuar, mas multiplique por 100). Fui ao banheiro em algum momento e tive uma contração fortíssima, me segurava na barra ao lado do vaso, tive mais uma ou duas contrações naquele mesmo local, acho que o intervalo de uma para a outra não chegava nem a 5 minutos.

De repente, a enfermeira abriu a porta do banheiro e perguntou se eu havia terminado, eu saí e uma das médicas de plantão disse que iria me examinar para ver o que poderia fazer por mim. O trabalho de parto estava evoluindo rápido, diferente do meu primeiro.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Saca só esses lances que você não sabia sobre o sono. Clique no infográfico para ver graaaaande!