terça-feira, 7 de dezembro de 2010




Lendo e comentando o post do Devaneio Profundo sobre o livro Admirável Mundo Novo, que li e gostei também, resolvi escrever sobre os clássicos que andei lendo do ano passado pra cá.

Quando digo clássicos, me refiro aos Clássicos da Literatura Universal, bem entendido. Apesar de não ter lido tanto quanto gostaria no ano que passou – e nem nesse – li muito mais coisas além dos clássicos, tais como contos e histórias mais longas do H. P. Lovecraft e vários quadrinhos de temática adulta.

Quando comecei a ler os grandes clássicos, comecei pelos que tinham títulos impressionantes e pelos que se tornaram filmes. Eu poderia ter lido qualquer coisa, ter qualquer critério ou coisa assim, esse foi simplesmente a melhor maneira de lembrar o nome dos tais grandes livros. Leiam também:

1984 – Livro escrito sobre uma sociedade completamente controlada pelas idéias de um único homem. O Mundo se divide em três blocos que são basicamente iguais, só se diferenciando por quem está no poder. Os blocos vivem em guerra, sendo que hora cada bloco faz aliança com um, hora com outro. A história é contada a partir do ponto de vista de um cara que não se enquadra completamente no sistema. Curiosidades: é de lá que tiraram o termo Big Brother, que é um homem icônico e um sistema de controle por câmeras quase onipresente naquele mundo. O livro foi escrito em 1948, no pós-guerra, depois de uma viajem em que o autor percebeu que o mundo todo estava ficando mais paranóico com segurança já naquele tempo. O autor só modificou os últimos dois dígitos do ano para batizar sua obra.

Eu, Robô – História da História dos robôs num mundo aonde eles são comuns até demais e a inteligência virtual real já é um fato. Tudo é contado a partir da entrevista de uma mulher que conta “causos” da expansão humana no sistema solar auxiliada pelos robôs, cada vez mais complexos e capazes. Curiosidades: TODOS os problemas que os seres humanos passam com os robôs só existem porque as três leis da robótica são mal ajambradas para robôs com um mínimo de livre-arbítrio. No filme com Will Smith, conta-se uma história que segue essa receita, mas que não consta no livro.

Eu Sou A Lenda – História do último sobrevivente de uma praga de vampiros de destruiu a civilização e os cachorros! Diferente do filme, o cara não tem nem a companhia de um cão, nem é de alta patente, nem sequer manja de genética, uma vez que essa história rolou há quase cem anos! Os monstros aqui são mesmo vampiros (morrem com o sol, estacas no coração, essas coisas), mas parecem mais mortos-vivos porque são fisicamente debilitados pela doença. Curiosidades: o sobrevivente não está procurando a cura, só quer saber porque todo mundo morreu e ele não, o que lhe pouparia de um monte de merdas! Ele é branco, alto, forte e loiro, de modo que deveriam ter chamado o Dolf Lundgreen e não o Will Smith. O Filme do Will é o último de três filmes feitos sobre esse mesmo livro, sendo o mais fiel Omega Man, com Hutger Howard. No fim do livro, que só tem umas 100 páginas, se descobre o porquê do título, que não tem nada a ver com o fim do último filme.

Atualmente estou lendo O Senhor das Moscas – conta a história de meninos se criando sem a presença reguladora de adultos em uma ilha deserta. Diferentemente de Lagoa Azul, as tendência malignas dos seres humanos vêm à tona e os garotinhos se tornam monstros vis e sem coração rapidamente, dominados pelo mais cruel entre eles. A história é contada sob o ponto de vista de um menino que é tão revoltado que resolve se virar sem a ajuda do grupo, apresar de ser tão forte que poderia facilmente liderar a galera e cuidando do menino mais incapaz de toda a ilha. Curiosidades: O livro tem algo de homoerótico/pedófilo. O personagem principal GOSTA de estar num lugar aonde não há ninguém para “cuidar dele”, mas descobre rapidamente que gosta de cuidar dos outros. Há um filme sobre a história do livro, homônimo, mas eu não vi. O filme é antigo e passa no canal Turner Classic Movies – o TCM – vez por outra. O Autor, William Golding, chegou a afirmar certa vez que enquanto criava O Senhor das Moscas “escrevia letras que já estavam impressas no papel”, o que em outras palavras queria dizer que o livro fluiu muito bem, praticamente se escrevendo sozinho.

Esses livros têm Selo de Aprovação do Cão Babão. Podem ler que irão gostar muito.

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