segunda-feira, 20 de dezembro de 2010




Hoje viajaram meus filhos junto com a mãe deles. Eu que pedi por isso.

Me sinto esquisito, mesmo assim. Faz tempo que ela não passa Natal, aniversário, festa junina ou qualquer porcaria dessas com eles, mas pra mim vai ser a primeira vez que não estou com os meninos no Ano-Novo e Natal. Ano que vem eles voltam.

Não tive moral para ligar para eles e lhes dizer “feliz Natal e próspero Ano Novo”. Às vezes, sinto a casa silenciosa demais, mesmo com a Mariana gritando ou comigo tolhendo a Maria Márcia. Se ponho o Heavy Metal para rolar às vezes é pior, porque lembro das brincadeiras com eles.

Veja, não estou reclamando – estou me lamentando, mesmo – já que acho que é o certo a se fazer. Eles tem mesmo de passar um tempo com a mãe, a mãe tem de passar um tempo com eles. Tenho de devolver o apartamento e não sei ainda para onde eu tenho de ir e temos de desmontar a casa toda para poder carregar a mesma para o próximo logradouro.

Eles estão de férias e ficarão assim até fevereiro. O engraçado é que só estou assim porque eles não estão mais em Manaus. Se estivessem na cidade, eu não sentiria saudades. As saudades funcionam assim comigo.

Quando eu viajei para Fortaleza, tempos atrás, foi só eu passar por problemas no primeiro dia para sentir falta de todo mundo aqui.

Ano que vem vai ser melhor. Terei um emprego extra, a mulher também, novo e melhorado local de moradia, poderei comprar coisas melhores para eles e a vida será mais fácil. E queremos viajar em família, eu, a Bonitona, os meninos e as meninas. Viajar com a família eu já sei que vai dar mais trabalho, mas eu quero e muito.

Post scriptum: Só para constar, hoje saiu o resultado do processo seletivo do Mestrado em Ciências Florestais Tropicais e eu não passei. Podem conferir aqui que não encontrarão nenhum Cão Babão.

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