sexta-feira, 27 de março de 2009

O Vírus

Quando se olha pra um morto-vivo vinco em sua direção, milhares de coisas passam pela sua cabeça. Há o cheiro, o medo do desconhecido, o horror ancestral de ser devorado, a urgência de ter de fazer alguma coisa, além de outros sentimentos associados com o pânico. Tudo isso diminui muito se você souber que o morto-vivo nada mais é do que um corpo morto reanimado por um vírus. Nenhum Mal antigo reanimou aquilo, sua alma não se perdeu no processo e, tal e qual uma doença, pode ser combatido.

Jan Vanderhaven descobriu um vírus que é incrivelmente mortal, o Solanum. Claro que os mortos-vivos já eram conhecidos da humanidade há mais tempo, mas não se sabia o que os reanimava.

Em contato com os fluidos corporais, o vírus migra até o cérebro, matando toda a parte frontal deste. O corpo morre, mas o cérebro é lentamente modificado. A modificação ocorre no sentido de fazer o corpo trabalhar sem a necessidade de oxigênio, o que faz com que o cadáver comece a funcionar pouco tempo depois do cérebro estar completamente modificado. O vírus geralmente entra no corpo sadio através de lesões ou de contato com os fluidos contaminados dos cadáveres contaminados, reanimados ou não.

Uma vez que o Solanum é incrivelmente tóxico, a maior parte das bactérias morre em contato com o organismo contaminado, o que faz cair muito a taxa de decomposição. Mesmo animais parasitas ou carniceiros sabem instintivamente que não devem se alimentar de carne assim contaminada. Não há vacina para o Solanum porque não existe quantidade segura desse vírus para gerar anticorpos, assim como acontece com a AIDS. Outros vírus também não se instalam no corpo do morto-vivo porque os vírus precisam de células vivas para de replicarem.

O ser humano morre em menos de dois dias depois de contaminado, sendo reanimado em média cinco horas após a morte. Com tão pouco tempo para se difundir, o Solanum aprendeu a reanimar o cadáver, transformando-o em um morto-vivo justamente para poder se perpetuar. Somos os únicos hospedeiros do Solanum, que não consegue reanimar outros animais devido às características únicas presentes no cérebro humano.

O morto-vivo não tem memória ou sentimentos. O único instinto que preserva é o de se alimentar, ainda que não consiga se nutrir do que come. O vírus Solanum preserva esse instinto por um único motivo: ele precisa de uma ferida para entrar e o músculo masseter, responsável pela pressão que aplicamos durante a mastigação, é o músculo mais forte do corpo humano. O vírus não pode ser transmitido por ar ou água e carne contaminada, se ingerida, mata quem a consumiu e só se tornará um novo morto-vivo se tiver feridas na boca ou no trato digestivo.

O Solanum precisa de um corpo vivo para poder se espalhar pela corrente sanguínea e então chegar ao cérebro. Precisa também que seja um corpo humano para poder reanimá-lo. Assim, um morto-vivo vai preferir carne fresca e ignorará corpos mortos depois de algumas horas, perseguirá animais para devorá-los, mas se perceber humanos por perto vai mudar de alvo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Booom saber disso.
Meeedo de morto vivo.

Anônimo disse...

ai,segredo,me conta que depois eu apago hehehe.
acho que amanha ja estarei melhor,ou não.
Voce tera que me aguentar,querendo ou não.
Me diz uma coisa baby,que horas vai ser amanha?
Ja adicionei o Flavio e ele perguntou quando vai ser o nosso proximo encontro,eu disse que era so marcar.
Ele nao vai amanha?
beijos

Anônimo disse...

hey baby vamo atualizar essa budega aqui né.