quarta-feira, 22 de abril de 2009


Sexta-feira fui trabalhar pela manhã para poder entregar um trabalho à tarde. Esse trabalho acabou não sendo nem completado a contento, mas ainda serviu de base para o trabalho de mais três pessoas. O mais legal é que o professor não recebeu o trabalho, o que me deu mais uma semana para aparar as pontas soltas.

Voltei pra casa carregado pelo Brother Flávio, que lanchou comigo por lá mesmo. De lá levamos as crianças ao São José, dali ao Coroado pra o Bar do Carlão, aonde a banda do Flávio se apresentará dia desses. Bebemos um pouco, conversamos sobre mulher e discutimos sobre um cachorro bonitinho que mora em cima do bar do cara. Diz ele que o cachorro é infernal e ladra o dia inteiro.

Uma coisa que sempre rola quando vamos ao Bar do Carlão é que falamos da nossa vida um pro outro, coisas boas e ruins, um pouco embalados pela amizade e pela cerveja. Conversamos coisas que normalmente não conversamos com tantos detalhes em outros lugares. Quando falamos sobre o cachorrinho, lhe disse algo sobre como achava importante que as crianças crescessem com um animal em casa, tanto para brincar quanto para aprenderem a cuidar, como a Mamma não queria nem saber de bicho lá em casa, nos animais que tive, essas coisas. Quando falamos em mulher ele me deu conselhos. Normal, todos fazem isso comigo...

Fomos então pra casa do Flávio, onde ele se aprontou. Pegamos um outro brother, o Ricardo e voltamos à minha casa para que eu trocasse de roupa: ainda estava com a farda com que saí pela manhã. De lá pra o Hell’s Angels, aonde encontraríamos mais gente bacana.

Surpresa! Estava de graça para todo mundo. O lado ruim é que nenhuma banda iria tocar. Aproveitamos a sinuca e o jogo de damas de graça por toda a noite, além da companhia dos amigos, que foram chegando ao longo da noite. Estávamos, eu, Flávio, Ricardo, Perseu, Rafaela, Talita, Ioio, Felipe, Falcon e alguns outros mais que foram passando por lá.

Lá é muito aconchegante. É meio aberto demais pro meu gosto, que está mais pra aglomerações, mas é um ótimo ambiente pra se jogar e passar o tempo. A gente se sente próximo dos amigos sem precisar falar muito, e quando falamos é algo simples e direto, mas muito bom. Ótimo para risos e passar um tempo longe dos problemas, que ficaram lá na porta. Cheguei em casa perto das três da manhã.

Passei boa parte do sábado em casa, sem disposição para ir a lugar algum. Me ligaram perguntando o que eu iria fazer e me chamaram para ir ao Porão do Alemão. Liguei pra Talita, mas ele iria para outro canto. Chamaram-me para o cinema, mas na segunda eu iria ver o mesmo filme com um pessoal do trabalho, e iria ser bem mais barato. O resultado foi que eu saí já na madrugada do domingo para o referido bar, que não foi legal. Ao menos encontrei com algumas pessoas muito queridas, como o Brother Flávio, que terminou me trazendo de volta pra casa perto das duas da manhã.

Só fui lá por que o Flávio me disse que haveria bandas boas, mas parece que seus contatos estão furados. Lá tocou a Barflies, que tem músicos competentes, mas que tem um repertório chato na minha opinião. Ao menos, ouvi Roots, Bloody Roots, do Sepultura, ao vivo. Incrível como ainda me lembrava da letra.

Domingo chuvoso. Dia de ficar em casa, só comendo. Passei um bom tempo em frente ao computador. Pensava mais na segunda-feira, pois nem sequer queria jogar Playstation II, não havia nada de bom na TV (quase nunca há) e no dia seguinte iria ao cinema, ver gente e ao aniversário do Flávio. E daí se iria ter de trabalhar, né?

Recebi a visita de bons amigos, os Brothers Eduardo e Sérgio. Estes foram comer um cachorro-quente comigo no Eddy, no Kíssia sendo que ao retornarmos logo recebemos também o Papai, meus meio-Irmãos Bruna e Fábio, o Brother Germano e a sua digníssima Sammy. Apareceram e ficaram conosco na sala também o Irmão Rômulo e sua digníssima noiva Nailza, que havia passado parte do domingo escolhendo alianças com ele. Assistimos Homem-Aranha 2 e Hulk mais uma vez.

Segunda-feira levantei já disposto a resolver alguns problemas que vinham rolando lá em casa. Levou tempo, mas o Papai finalmente apareceu. Boa parte dos problemas podiam ser resolvidos mais rapidamente com o auxílio do seu Voyager 1993 e outros precisavam dele para serem resolvidos. Chegamos em casa por volta das treze horas. Me despedi do Papai, fiz barba, comi algo e troquei de roupa para ir trabalhar.

No trabalho foi tranqüilo, talvez muitos tenham desistido de ir às aulas. Recebi logo a má notícia de que o cinema havia sido desmarcado, cada um iria pra um lado. Tudo bem, iria à natação então e dali voltar pra casa, comer mais e me preparar para o aniversário do Flávio. À tarde recebi a visita do primeiro estagiário que trabalhou comigo, completamente deformado pela vida de casado. Depois que o Brother Wallace saiu fiquei lendo e escrevendo um pouco, me enjoando rapidamente tanto de um como de outro.

Bem mais tarde, ao sair para cumprimentar dois amigos e colegas de trabalho, descubro que todas as gratificações do Amazonas sofreriam um corte devido à crise. Espera-se que o Estado este ano sofra uma perda na arrecadação de setecentos milhões de reais, o que se refletirá em queda na renda do funcionário público para manter todos os empregos. Na hora me lembrei do cinema desmarcado: se coisas ruins vêm em pacotes de três, eu deveria estar esperando por isso... daí pensei no que me aconteceria até o final do dia para completar a trinca e achei que poderia ser a banda Barflies lá no Porão, com sua seqüência de músicas mais ou menos. Só esperava não me afogar na aula de natação ou ser morto na ida ou na volta. Saí às dezenove horas do trabalho para poder passar em casa e me aprontar pra aula.

Pois é pessoal: corte salarial em breve. Avisem os parentes e amigos.

Depois de conversar um pouco com a Mamma e Irmão Rômulo me aprontei e fui pra natação. E qual era a terceira praga do dia? Não teve natação! Ao menos eu fiz uma caminhada, coisa que eu gosto e que há algum tempo não fazia.

No volta pra casa eu recebi uma ligação do Brother Flávio me dizendo que seu aniversário seria comemorado em sua residência, não no Porão do Alemão. Uma boa notícia, enfim. Ao chegar ao lar, fiz algumas ligações para advertir quem iria comigo para levar algum dinheiro para inteirar cerveja e informar do novo local.

Comi e esperei. Passaram aqui pra me pegar Talita, Rafaela, Ioio e Perseu, daí fomos buscar o Brother Felipe e logo está-vamos na festa do Flávio.

A festa foi tudo o que uma festa só com amigos deveria ser, melhorando cada vez mais. Chegou gente de vários círculos de amizade comuns de mim e do Flávio, pessoas de quem eu gosto muito e que não via há algum tempo e aquelas com quem não tive muitas oportunidades de conversar. Além disso, estavam lá os amigos que estão sempre presentes, tais como o pessoal que conheço em função da Vila Olímpica e da faculdade, e as brincadeiras rolaram soltas por lá.

Muitas coisas aconteceram dignas de nota, mas escrever aqui até diminuiriam o sentimento que eu tive por lá. Como explicar o que eu senti ao rever a Sister Fiorella e sua irmã? Como dizer o quanto eu ri ao ver Jucilande Júnior, um lutador de vale-tudo de 120 kg rodando numa viga cheia de quinas imitando stripper completamente bêbado e fodendo o braço? Como não ficar feliz ao saber que a banda do Flávio tocará no mau aniversário? Como não estar feliz sentado ao lado da Talita e do Perseu? Como não ficar alto bebendo cerveja e vinho chileno pela primeira vez na vida? Minha felicidade era a mesma do Flávio, o que era muito importante. Era o dia da dele, afinal!

Mas como nada é perfeito, entraram penetras e o Flávio foi obrigado a expulsar os mesmos. Até que para um cara esquentado ele resolveu isso na paz, mas aí foi subindo uma indignação nele que avacalhou tudo. Todos os amigos de verdade deram um jeito de manter o cara estável e certificaram-se de que mais nenhum problema aconteceria. Além do quê, ele tem todo o direito de escolher quem participará da festa e vagabundo nenhum pode lhe tirar isso. Era o dia da dele, porra!

Ninguém, exceto os que foram expulsos, ficou chateado com o Brother Flávio, mas ele pediu mil desculpas assim mesmo. Às seis da manhã ele me deixava na porta de casa ainda se desculpando e já armando para a minha festa de aniversário. 120 dias e contando!

A terça-feira foi de relax. Dormi até as treze horas, tomei um café-da-manhã comprado especialmente para mim, escrevi muito, li um bocado, fiquei só uma boa parte do tempo, uma vez que as crianças estavam com a Adriana e o pessoal de casa foi ver a Vovó Rosa, que está melhorando e saiu da UTI, mas que estava delirando quando foram ver. Mais tarde fui buscar as crianças, brinquei um pouco com elas e as pus pra dormir. Recebi amigos e baixei vídeos, foi só. Um bom descanso, se levar em consideração que a semana só tem dois dias, já que pra mim sexta-feira é final de semana...

3 comentários:

Camilla disse...

Primeiro: Gente, post mais longo que já li na vida. HAUIHAUI

Segundo: Me enganaram, falaram que o Hells Angels era uma ambiente pesado, ou seja, não era pra mim (como se eu gostasse de Le Gens e derivados, eca).
Estou ahazada agora.

Anônimo disse...

É o fim de semana foi frénetico,e eu to notando que venho fazendo parte de muitos posts por aqui.Acho que é por que tenho saido muito contigo.Foi bom mesmo,o niver do Flavio foi legal,gostaria de ter curtido mais,porem não estava com tanto pique assim.

Challenger du chant foncé disse...

E eu furando com vocês como sempre, huahuahuhuauhauh. Ei, eu acredito em OVNI´s, já vi, mas não quero ver um novamente, é muito impacto prá uma cabeça só, Hhuahuauhuhaua. Muito bom o blog cara. Vou passar a visitá-lo sempre. Grande abraço.

Bruno Mena Barreto