terça-feira, 7 de abril de 2009



Eu estava absurdamente cansado, mas resolvi sair assim mesmo na sexta e sábado. Os motivos eram muitos: na sexta-feira os Hell’s Angels iriam abrir seu lugar ao público a R$ 5,00 meninos e de graça para as meninas com a banda The Cheeser’s, que toca tudo o que eu quero ouvir. Sábado a banda ainda sem nome do Brother Flávio iria tocar num aniversário regado a cerveja e rock&roll. E, claro, a Talita iria estar lá.

Sempre é bom quando a Talita está lá!

Aquilo que eu chama de bar dos Hell’s Angels era mais um clube: várias motos paradas do lado de fora, em fila. Lá dentro, mais motos, algumas circulando, devido ao tamanho do local. Havia uma mangueira gigantesca perto da porta principal. O lugar tinha área coberta e descoberta, bar de primeira, duas grandes mesas de bilhar novinhas, uma sala de quadros com fotos e insígnias de vários motociclistas ao redor do mundo cobrindo todas as paredes de baixo a cima, o som era variado – variado demais, até – e um monte de gente estranha e reservada, bem ao meu gosto.

Uma manga me moeu o ombro, mas eu não tava nem aí, pois estava com amigos e amigas. A principal delas sendo a Talita, que inclusive me carregou ao local no seu possante. Quando não estava pendurada na boca do seu namorado, estava agitando comigo e com o Falcon, um brother de lá da Sucupiras e verdadeiro irmão da Talita.

O namorado estava cansado, a irmã e a amiga desta se retiraram para um canto mais reservado. Infelizmente tivemos de sair depois de umas poucas músicas tocadas pela The Cheeser’s, que foi a segunda banda da noite, porque as meninas tinham mais o que fazer no dia seguinte, diferente deste vagabundo de final de semana que vos escreve...

Por mais cansado que estivesse, não fui dormir direto. Tinha a impressão de que estava faltando alguma coisa. Acho que devido ao local ser muito grande e ser o primeiro dia aberto ao público, tivemos um público pequeno. Eu gosto é de aglomeração, que nem mosca na carniça!

Dormi até perto das 11:30 horas, mas ainda estava cansado. A mente fatigada e o corpo lento. Depois de um belo café, que eu não almoço antes disso não importando a hora, fiquei bem-disposto. Fiz um rancho com o Irmão Rafael e fiquei de boa em casa até bem mais tarde. Era pra a Talita seguir o Flávio, mas ele passou um pouco antes dela e, como não podia esperar indefinidamente, ele se sou. Meia hora depois, chega a minha carona. Eram as meninas da sexta e eu.

Antes disso porém, um adendo: o Flávio havia me pedido para criar um nome pra a banda. Conversando com a Talita, esta sugeriu VIROSE (PORQUE O Flávio não só estava doente como também havia sido hospitalizado por causa disso na sexta-feira). Achei o nome agressivo, simples e direto, mas porque VIROSE?

É um troço que existe no mundo todo, mas em Manaus todo mundo conhece, já teve ou tem e não pára por causa dela, como acontece nos EUA, por exemplo.

O material genético dos vírus podem sofrer mutações e gerar grandes variedades a partir de um único tipo desses seres. Se a banda toca vários estilos com diversas influências, varia muito de intensidade e ainda está passando por modificações e trocando de pessoa pra pessoa VIROSE é algo ideal.

Se os médicos não sabem o que é, então é VIROSE.

VIROSE é considerada coisa de cidade grande.

Falta de hábitos saudáveis pode te deixar vulnerável. Se você bebe, fuma, dorme tarde e mal, come o que quer e quando quer e vive em locais cheios de gente, a VIROSE vai te pegar.

Até plantas são atacadas, mas VIROSE é mais conhecida como doença de gente.

Os vírus são muito antigos, mas o estudo da VIROSE é atual e recente.

Conseguimos chegar à festa e fui logo dizendo a idéia pro Flávio, indicando a pessoa que teve a idéia primordial. Ele disse que iria conversar com o resto da banda. Naquela noite, só a Talita gritava “AÊ, VIROOOSEEEEEE” para ver se o nome pegava.

Tocaram quatro bandas. A festa foi muito divertida, mesmo ficando restrita quase que exclusivamente ao sofá em frente ao palco, aonde nos sentamos e só levantávamos para buscar a cerveja ou para mijar. Parte do grupo tentou se dispersar, mas eu paguei x-salada e voltaram correndo.

Muitas outras coisas rolaram a nossa volta. Uma garota, macho pra caralho, tentou ver uma outra garota nua, sem sucesso. A primeira banda tocou quase que exclusivamente músicas próprias, o que não é fácil. A banda do Flávio, mesmo sem metade dos integrantes, com gente emprestada sem ensaio e com um fulano tentando sabotar, conseguiu levantar a galera. A última banda tinha uma vocalista pequenininha, mas que cantava Black Sabbath e Ozzy, falava difícil e era professora de Educação Física – vejam só – do meu filho mais novo Luan Henrique. Esta me reconheceu do ano passado, de quando eu ia por lá pelo SESC, aonde estudam meus meninos, e praticamente cantou pra gente que estava no sofá, uma vez que a festa acabava.

Claro que percebi a oportunidade de me imiscuir com aquele pessoal e bati papo com os integrantes das bandas e duas delas estão praticamente certas para o meu aniversário de trinta e dois anos. Falta eu arrumar caixas e uma bateria decente, mas tenho tempo, brothers e o Irmão Rômulo para ajudar, que ele faz aniversário no mesmo dia, vinte e um de agosto. Ganhei uma palheta do baixista desta última banda.

Até que a baderna acabou cedo, coisa de duas da manhã, mas não fiquei com aquela sensação de que faltava algo. Até porque, como eu disse, muita coisa aconteceu por lá e eu fiquei muito feliz, tanto pela companhia da Talita, que não desgrudou de mim, quanto por ser muito bem recebido em um local em que eu não conhecia praticamente ninguém e mesmo pela oportunidade de assistir ao show histórico da VIROSE, se é que o nome será este...

Um comentário:

Anônimo disse...

É,o final de semana foi muito bom mesmo,puro roquenrol.Mas o mais engracado da festa foi o muleque punk rock de apenas seis anos,me apaixonei por aquele fofo.
Ricardo,Ricardo é bom esta com voce,brincar com voce,poder fazer tudo que a gente quiser...doce doce doce a vida é um doce vida é mel...
eu me acho a Xuxa né.