sexta-feira, 2 de maio de 2014



Este é o primeiro de muitos filmes que todos os nerds deveriam ver, tanto pela cultura envolvida, quanto pelas referências que saem daqui para muitas outras mídias. Não escolhi esta por ser a mais importante das coisas nerds, mas simplesmente porque sim!

Best of Both Worlds (o melhor dos dois mundos) é considerado por muitos o melhor troço já feito em matéria de Star Trek (Jornada nas Estrelas). É, na realidade, uma história em duas partes que arrumei pra vocês compilada uma parte só. São os episódios 74 e 75 da série televisiva.

Um dos maiores medos que uma pessoa deveria ter, em minha humilde opinião, é a de perder a individualidade. O que nos faz seres humanos é a capacidade de sermos criativos e diferentes dos demais. Mesmo irmãos gêmeos frequentemente têm personalidades radicalmente diversas.

Veja bem: perder a individualidade não é meramente ser massificado, é ser programado para agir de certo modo e pensar em fazer outros serem assim também, é deixar de pensar por si e simplesmente seguir o líder e fazer o seu trabalho. É ser igual... em uma espécie feita para sermos todos diferentes, indivíduos.

Certamente por isso criaram os Borg, uma raça hostil de humanoides ciborgues, na série Star Trek (Jornada nas Estrelas). E é assim mesmo que se escreve, os Borg e não “os borgs”.

O lance dos Borg é atingir a perfeição através de melhoramentos cibernéticos. Qualquer outra civilização usa cibernética para compensar uma mão faltando, por exemplo, mas os Borg cortam a mão boa para colocar uma melhor!

Ao menos, na opinião deles. E como fazer para evitar opiniões divergentes entre os próprios Borg? Acabando com todas elas através do extermínio da individualidade. Ao ser assimilado pelos Borg, você passa a ser parte de um coletivo. A frase que os Borg lançam assim que encontram uma nova civilização é “Resistência é fútil”.

Para você identificar melhor os Borg. Eu que fiz. De nada!
 
Aprendeu? Então me diz que tipo é esse aí:
 
 Aí está a rainha despida de boa parte de suas máquinas.


Cubo Borg. Essas naves são incrivelmente grandes e praticamente invisíveis.

Logo se tornaram um ícone popular da assimilação acachapante que ocorre hoje em dia, seja por religião ou outra ideologia em que só os membros dela estão certos, ou não membros errados e passíveis de assimilação.

Também no Star Trek temos exemplos de gente que resistiu aos Borg e se manteve como um indivíduo e de gente que mantém a coletividade, mas que não busca obrigar os outros a se tornarem Borg. Isso, é claro, fala da minoria que consegue resistir em um contexto em que parece mais fácil ser como todo mundo e de gente aceita os outros como são, ainda que entenda que só ele está “salvo”.

Os Borg foram introduzidos sutilmente na série, com uma série de eventos inexplicáveis, como colônias inteiras que ficavam sem se comunicar subitamente, ao longo de diversos episódios, só apresentando os Borg no episódio 16 da segunda temporada: Q Who.

A Federação, união dos esforços de raças inteligentes de mais de 150 planetas e milhares de colônias para o progresso conjunto destas, não é forte o suficiente para enfrentar os Borg. Ninguém é. Por isso são tão fascinantes.

Tendo dito isso, assista o que aconteceu quando os Borg encontraram a Fenda do Biquíni.


 

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