Zen Pencils da semana! Arte por Gavin Aung Than e traduções deÉrico Assis e Fabiano Denardin.
sexta-feira, 31 de maio de 2013
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Aprenda
a sacanear os seus amigos que bebem refrigerante!
Passo
1 – Consiga um refrigerante bem gelado de grande preferência da galera.
Passo
2 – Congele Mentos em cubos de gelo. Não deixe ninguém prestar atenção no gelo.
Passo
3 – Sirva ao colocar o gelo na bebida.
Passo
4 – Espere uns três minutos.
Vi
no centralfree.com.br
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Hoje
acordei com muita preguiça, mas sabia que seria um dia longo. Teria de ir ao trabalho,
depois à Fundação Vila Olímpica pegar meus contracheques e depois ainda ao
banco, fazer um troço que eu detesto, mas que era muito necessário: adiantar
50% do meu 13º salário. Além disso, iria ao médico com a esposa – o que é legal
– mas que nos faria voltar realmente tarde para casa ou gastar com táxi em uma
parte do percurso.
Fui
ao trampo, assinei meu ponto, expliquei o que tinha de fazer e saí.
Na
FVO consegui os contracheques até rápido. O pessoal de lá se acostumou a me
entregar tudo junto, grampeado, de surpresa. Falei com uns poucos colegas e
saí.
O
ônibus também não demorou nada, ainda que não me deixasse tão perto do banco.
No
banco a história foi diferente. Passei HORAS lá.
Nerd
que sou, inevitavelmente ficava fazendo contas para passar o tempo. Contava o
tempo médio de atendimento em 10 pessoas para calcular a que horas estaria
livre, calculava o valor aproximado do dinheiro que queria pegar e outras
coisas. A bateria do meu celular ameaçava cair e não dava pra jogar nele ou
ouvir música.
Esperar
é foda e é um troço que eu também detesto. Esperar para fazer outro empréstimo,
então...
Quando
chegou a minha vez demorou tanto que eu achei que iria dormir. Além disso,
metade dos documentos que eu levei não eram necessários e eu estava cheio de
papéis à toa. Vi a mulher anotando o valor e descobri que era menos do que eu
esperava. O computador dela finalmente deu pau e ela teve de reiniciar a
máquina.
O
atendimento médio levava 4 minutos pelos meus cálculos. O meu levou 20!
O
mais triste veio no final quando a atendente me explicou que devido à restrições
no meu CPF eu não poderia ter meu 13٥ salário antes da hora, como eu precisava
muito. Enquanto isso rolava um supermercado local ainda me ligou para me
lembrar que havia uma dívida lá que eles queriam parcelar há meses e nunca
dava.
-
O senhor deseja parcelar em 5 vezes?
-
Não, não vai dar. Moro alugado agora e preciso me organizar melhor.
-
O quê?
-
Não vai dar.
-
Tudo bem, mas o senhor vai continuar recebendo nossas ligações.
Mês
passado e no mês anterior eles me ligaram umas 3 vezes por semana.
A
senhora do “meu” banco me disse que faria uma defesa e que acreditava poder me
ajudar, mas que provavelmente só sairia depois do feriado...
Saí
de lá chateado. Fui tentar falar com a minha esposa e o celular finalmente
ficou sem bateria.
Fui
até o ponto de ônibus pensando que com os descontos que podem rolar no final do
mês a conta iria TÃO ficar negativa que eu não pegaria porra nenhuma do meu 13º
salário. No ponto peguei o primeiro ônibus que passou. Ao menos os ônibus
estavam cooperando. Espero que seja assim mais tarde.
Daí
no ônibus lotado, sem acento pra mim, com um monte de papel na mão, com fome já
que beirava a hora do almoço, subiu um cara para vender bombom. Era daqueles
que gostava de contar uma história sobre o trabalho dele e comecei procurando
não ouvir a lorota, mas estava sem bateria no celular e não deu pra não ouvir.
A
história dele era algo mais ou menos assim:
Ele
e a mulher vieram do interior ou coisa parecida para o CECOM, pois essa senhora estava com
câncer nas mamas. Não teve jeito e ela precisou retirar as mamas cirurgicamente.
Desempregados, conseguiram um lugar pago pelo CECOM, um abrigo, onde a mulher dele
repousa. Ele tem, além de lugar para dormir, três refeições diárias, mas a
esposa precisa comer uma comida melhor que o CECOM não banca. Coisas lights, como
salada e frango grelhado. Ele então saiu para trabalhar, mas não conseguiu nada
e a mulher precisava comer. Resolveu então comprar bonbons (tipo balas) a R$
0,10 e revender a R$ 0,15. Lucro de 50%, o que é bom, mas ainda assim mal
pagaria o almoço da sua esposa, que sairia por R$ 7,00.
No
dia seguinte ele teria de começar praticamente do zero de novo, pois a maior
parte da grana iria para as refeições da esposa e para comprar material para o
trabalho.
Terminada
a explicação, nos olhou e disse algo como “quem puder me ajudar, eu agradeço”.
Normalmente
não ando com dinheiro no bolso, ou o dinheiro é contado, mas dessa vez eu tinha
dez reais trocados. Depois de um momento de indecisão que durou algo em torno
de 0,973 segundo, puxei os dez e lhe acenei. Peguei todos os bombons e ele,
muito contente e humilde, me repetia que “era para comprar material para
trabalhar”, que eu entendi como mais bombons. Dizia ainda que no próprio abrigo
em que estava hospedado com a mulher lhe haviam roubado o que tinha conseguido
para iniciar o trabalho, completando com “os caras são malvados”.
Pensei
na minha própria esposa e em como ela ficaria numa situação assim, sem grana,
sem casa, sem perspectivas, sem saúde e sem peitos. Eu também pensei que faria
qualquer coisa para ela comer e seguir em frente. Sei também que a maior parte
dos homens simplesmente sairiam de um relacionamento assim, o cara era novo
ainda. Por essas e outras eu resolvi ajudar. Depois que eu ajudei, algumas outras
pessoas deram algo como dois reais para ajudar, mesmo sem comer bombons porque
eu pegara todos.
Agora:
não sou um cara que se sente melhor quando me comparo com os menos favorecidos.
Se for para ser assim você nunca cresce. Você deve antes tentar se espelhar nos
caras que estão numa melhor e correr atrás. MAS... ver como o cara lá não tinha
nada, exceto um amor enorme pela esposa e um olhar que mostrava que não esmoreceria
me fez ver que minha situação não é ruim em absoluto. Pra mim as coisas melhoram
continuamente. Se eu gostaria que as coisas acontecessem mais rápido é porque
eu não sei esperar. Estou saudável e minha família também, tenho muitos amigos
e gente que olha por mim, acabaram de instalar TV a cabo e Internet de banda
larga em casa. Estou com a mulher que eu amo, meus pais e filhos estão todos
vivos e eu estou, pouco a pouco conquistando as minhas coisas.
Bom
feriado, pessoal!
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Hoje
é um dia muito especial, pois há 11 anos nascia meu filho mais velho: Luiz Felipe!
O
Luiz Felipe foi um divisor de águas na minha vida. Marcou o início da
paternidade e me ensinou a gostar de crianças, especialmente dos bebês. Antes
dele, bebês para mim eram máquinas de fazer barulho e cocô e eu sequer queria tocar
num deles. Como se uma mágica houvesse acontecido, até mesmo os bebês que
passavam por mim carregados por suas mães olhavam fixo para mim, pois sentiam a
mudança operada.
O
meu filho mais velho é uma criança que me deu vários tipos de trabalho
diferentes, mas nunca foi um trabalho terrível. Aprendi muito e ainda aprendo
com ele.
Hoje
é um cara sem grandes traumas, ciclista inveterado, estudante competente e
claramente “puxou” ao pai na nerdice... e é lindo!
Parabéns
pelo seu aniversário, meu filho. Pai te ama!
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Indicação
de site da semana: mangapark.com
Manga
Park é literalmente o maior site de mangá que existe! Nunca vi nada parecido,
tanto em abrangência quanto em organização. Eles não só têm praticamente tudo
que foi lançado, como está tudo organizado em 52 gêneros diferentes, para dizer
o mínimo. Digo isso porque pode-se ainda verificar por outras categorias, como Latest, Popular e Surprise!
Mesmo
se você não gostar de quadrinhos japoneses deve fazer uma visita para conhecer
melhor. Se você gosta mas não conhece mais do que o que há nas bancas, o site é
imprescindível para você, que vai terminar se tornando um otaku.
O
site está em inglês. Quem mandou não estudar?
Confira
abaixo os 52 gêneros de que falei. Cuidado: alguns gêneros não são “seguros
para o trabalho” (+18). No site, os troços para maiores de 18 anos estão
marcados em vermelho, mas hentai – curiosamente – não está.
- Action
- Adult
- Adventure
- Anime
- Bishounen
- Comedy
- Cooking
- Demons
- Doujinshi
- Drama
- Ecchi
- Fantasy
- Gender bender
- Harem
- Hentai
- Historical
- Horror
- Josei
- Live action
- Magic
- Manhua
- Manhwa
- Martial arts
- Mature
- Mecha
- Medical
- Military
- Music
- Mystery
- One shot
- Oneshot
- Other
- Psychological
- Romance
- School life
- Sci fi
- Seinen
- Shotacon
- Shoujo
- Shoujo ai
- Shoujoai
- Shounen
- Shounen ai
- Shounenai
- Slice of life
- Smut
- Sports
- Super power
- Superna
- Supernatural
- Tragedy
- Vampire
- Webtoons
- Yaoi
- Yuri
O
mais interessante é que você nem sequer precisa baixar, pois pode-se ler tudo
on-line.
Post Scriptum: Nem sei por onde começar!
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Ontem
percebi que não poderei manter a prestação do carro
devido a novas dívidas que terei de contrair para viver melhor na minha nova
residência. Apesar de ficar abatido naquele momento, já estou bem legal.
Estou
legal porque sei que faço isso para o melhor imediato. Muitas vezes nos
preocupamos tanto com o futuro que não vivemos o presente. O carro eu compro em
uma outra hora.
Também
não acho que meti os pés pelas mãos adquirindo uma dívida que eu não poderia
pagar. Eu podia pagar, mas aí apareceram novas “responsabilidades fiscais”
imprescindíveis ao bom andamento da minha casa. Isso não só vai fazer que a
minha esposa e filhas fiquem melhores por lá, como vai preparar terreno para a
visita de parentes e amigos e vai , também, me dar conforto.
É
uma troca de um tipo de conforto por outro. Mas a troca é temporária, uma vez
que ainda compro essa porra de carro!
terça-feira, 21 de maio de 2013
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Juízo
Final – Parte 4 – As regras
Depois
do isolamento a luz de um novo dia os atingia em cheio. Os olhos doíam, mas
estavam todos agradecidos. Foram imediatamente conduzidos a uma sala localizada
em uma área restrita a funcionários. Todos os ocupantes do DB da Cidade Nova
estavam naquele local.
Menos
o homem doente que estava no frigorífico com Luiz e a família sob seus
cuidados. Esse nunca mais foi visto ou ouvido.
-
Muito bem – começou o Gerente – Vocês precisam conhecer as regras. Aqui mandam
os funcionários do DB. Vocês estão aqui por uma cortesia nossa, portanto
precisam se comportar como convidados. Vamos manter vocês enquanto pudermos,
mas terão de trabalhar. A maioria dos nossos homens trabalha na segurança e eu
na coordenação, vocês irão fazer outras funções. Não serão funções fixas: vocês
serão “faz-tudo”. Eu mando e vocês obedecem. Se algum dos funcionários pedir
algo para vocês, obedeçam, porque provavelmente têm meu aval. Se não puderem
seguir esses comandos simples irão ser expulsos. Fui claro?
Houve
um momento de silêncio onde todos pesavam os prós e contras. Não durou muito,
pois o Gerente repetiu bem mais alto sua pergunta. Todos concordaram, mas Luiz
notou que um dos guardas mais jovens, um com cara de galeroso, olhava
cobiçosamente para a menina mais velha do finado Ismael. Imaginava que tipo de
trabalho esse funcionário iria pedir para a garota desempenhar.
Nos
próximos dias tomou mais cuidado com as garotas. Falou com a mãe e a avó delas
de suas especulações, mas estas sempre estava cientes de que eram “carne
fresca” naquele lugar. A garota mais velha tinha 14 anos e isso podia fazer com
que ela mesma procurasse ter sexo com um dos funcionários mais jovens. No mais
os dias se passavam com limpezas, verificações de barricadas, serviços na
cozinha e verificações do estoque de alimentos. Com a energia há muito tendo
acabado, tudo o que era perecível se fora. Carnes, iogurte, queijo... tudo isso
não existia mais e se imaginava que jamais se conseguiria de novo, mas Dona
Maria Antônia lembrava que ainda existia gente que sabia caçar, pescar e
preparar a caça, de modo que deveria haver também gente que ainda produzia até
vinho.
O
pior de tudo era a falta de informação. Trancados ali, sem TV ou Internet, não
se sabia a extensão do estrago. Isso estaria acontecendo em todo o mundo? Como
estariam lidando com isso, digamos, no Oriente Médio ou em Serra Leoa, onde as
pessoas aprendem a atirar antes de amar? Estriam desenvolvendo uma vacina em
algum lugar do mundo? Estariam os EUA prontos para bombardear países vizinhos
para evitar a entrada de zumbis pelo México e Canadá? Estaria um lugar tão frio
quanto o Canadá infestado de mortos-vivos ou eles simplesmente congelariam?
Luiz
sentia muito mais falta, no entanto, da diversão que a Internet podia proporcionar.
Em Manaus esse serviço nunca era muito bom, mas dava para se assistir filmes e
seriados, ter videogames e entrar num chat a qualquer momento, mesmo por
celular. Agora nem a função básica do celular – ligar para alguém – era
possível. Sem bateria, não podia nem mesmo olhar as fotos da viagem à Fortaleza
que fizera com seu namorado no ano anterior. O relacionamento entre eles
acabara muito antes dos mortos voltarem para tomar o mundo dos vivos de
assalto, mas agora percebia que ainda gostava dele.
A
comida boa estava acabando. Aquilo que estava com o prazo de validade por
vencer ou vencido há poucos dias era comido pelos “convidados” e a comida boa
ficava pros funcionários. Se alguém tivesse que ficar doente, que fossem os que
chegaram por último, invadindo. Os “donos” do lugar deveriam estar sempre
saudáveis. Mas quando percebessem claramente que a comida iria acabar, o que
fariam?
Não
demorou muito para descobrirem.
Aproximadamente
dez dias depois de chegarem ao DB da Cidade Nova ficara claro que a comida não
duraria mais uma semana, mesmo com racionamentos. O estoque estava baixo quando
tudo começou. O Gerente chamou todos à mesma sala em que aconteceu a reunião seguinte
ao isolamento no frigorífico. Sem rodeios, disse que precisavam de mais comida,
bebida e outros possíveis suprimentos, como remédios e até gasolina para o
gerador. Ele havia escolhido algumas pessoas para irem ao exterior buscar esses
bens de consumo e Luiz estava entre eles, mas o resto da família não. Dona
Maria Antônia disse que ela e sua família precisavam de Luiz e que este não
poderia ir e deixá-las desamparadas, ao que o Gerente disse que todos tinham de
se sujeitar às regras. Nesse ponto, Antônia simplesmente reuniu sua família num
pequeno círculo e começaram sua própria reunião. O Gerente ainda protestou por
elas não estarem prestando atenção ao resto na conversa, mas a velha
simplesmente o olhou abanou a mão direita num gesto de “me deixe em paz”.
Luiz
ficou realmente emocionado pela consideração de Dona Antônia. Pensava na morte
certa que o aguardava lá fora e que dificilmente encontrarias qualquer coisa,
que se encontrasse não deveria estar bom e que se tudo isso fosse possível
ainda teria de voltar em segurança pro interior do supermercado. Achava
praticamente impossível que tudo saísse bem e imaginava que o melhor seria
seguir seu caminho e ir para um outro lugar, pois seriam imediatamente seguidos
por uma manada de mortos-vivos que o impediriam de dar a meia-volta aonde quer
que fossem. Nem prestava atenção à conversa do Gerente.
Foi
despertado do seu estupor quando Dona Maria Antônia interrompeu o monólogo do
Gerente dizendo que iria com o grupo ao exterior.
CONTINUA
SEMANA QUE VEM.
sexta-feira, 17 de maio de 2013
TODAS AS MORTES CAUSADAS PELO JASON!
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Temos aqui também um quadro comparativo que mostra que Jason é o slasher definitivo.
Post scriptum: não, não sou fã.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Depois
de passar algum tempo num quarto da minha querida sogra finalmente estou de
casa nova. Alugar essa casa não foi nada fácil.
Se
pudesse escolher qualquer lugar, por qualquer preço, não seria difícil, mas
quando você vai alugar SEMPRE tem de levar em consideração alguns fatores:
localização, acessibilidade, número de quartos e preço. No meu caso os fatores
descritos funcionavam como se segue.
· Localização – tinha de ser na Cidade Nova ou bairros
próximos do Hiper DB de lá, pois a Maria Márcia estuda no Celus
e seria muito complicado mudar para outro colégio no primeiro bimestre.
· Acessibilidade – Ainda não temos carro, então transportes
escolares que levam ao Celus
precisam estar disponíveis.
· Número de quartos – Precisava ser dois, sendo um pra
mim e a Bonitona e outro para as crianças. O Max (meu derradeiro garotinho) vai
dormir com a gente durante algum tempo.
· Preço – Média de R$ 700,00, pois com outras contas
como transporte, luz, água, gás, comida, Internet e TV à cabo eu não poderia
pagar muito mais.
Levei
literalmente MESES para encontrar o lugar ideal... e aí PERDIA o lugar ideal.
Uma
vez uma senhora nos levou – eu e a minha esposa – à casa que estava para alugar
à noite. A luz estava desligada, pois há quatro meses não se via clientes por
lá, daí tivemos de ver tudo com a ajuda de uma lanterna. O lugar era muito bom,
a senhora iria inclusive nos deixar móveis embutidos na cozinha e num dos
quartos. A casa era muito espaçosa, a água (de poço) era inclusa, os dois
quartos eram suítes com box de vidro nos banheiros. Tinha Internet wireless por
rádio. Como se isso não bastasse, era apenas R$ 800,00 por tudo isso. Eu disse
que queria a casa. Paramos de procurar. Eles começaram a se organizar para nos
ceder o lugar (que ainda tinha coisas dos donos). Uma semana antes de mudarmos,
ela (a senhora que nos mostrou o lugar) nos informou que a mãe do marido dela
disse para o marido dizer para a senhora para nos dizer que não queria gente de
fora da família morando lá.
Em
outra ocasião havia um lugar muito bom (nas fotos). Fomos visitar no dia
seguinte ao anúncio, visto na Internet, e o lugar havia sido alugado já. Mas
como era tão longe quanto o Sol não poderíamos morar por lá mesmo.
Antes
disso havia visto uma casa muito boa: dois quartos, perto da minha sogra – que
certamente vai nos ajudar com o Max – água e luz inclusos (taxa paga às
empresas), árvores dando sombra ao redor, várias reformas e mesmo móveis
deixados para nós na mudança da família que morava por lá. Tudo por R$ 850,00.
Dois dias antes de nos mudarmos, o homem da casa me liga informando que
resolveu vender a casa.
A
maior parte das casas que eu olhei nem sequer chegava perto disso. Eram mal-localizadas,
horrorosas, escuras, desconfortáveis, tinham problemas estruturais, esgotos
abertos por perto, apenas um quarto, eram caras demais pelo tamanho ou qualquer
coisa assim.
Fui
corretor de imóveis durante certo tempo da minha vida e por isso mesmo sei
avaliar um imóvel. Quanto mais olhava, mas ficava impressionado pela falta de
noção das pessoas em dar um valor decente no aluguel. Aprendi com anúncios na
Internet sem fotos que não adianta visitar o imóvel, pois geralmente é má fé: o
motivo de não haver fotos é que o imóvel não faz jus à descrição. Pior que tudo
isso eram os telefones para contato, pois as pessoas simplesmente não atendem
os mesmos no domingo (dia em que geralmente saem os anúncios deles no jornal).
Hoje,
com uma casa alugada – a primeira que eu alugo, pois aluguei diversos
apartamentos antes – venho aqui dar dicas para vocês que vão procurar um canto
para morar.
1º
Vá atrás do que você quer – Não aceite nada menos que isso, dentro das suas
possibilidades. Pode ser difícil no início, mas você vai encontrar algo ideal
com alguma flexibilidade. Claro que com algum dinheiro você pode encontrar algo
realmente bom, mas sem muito para gastar também é possível ter os quatro itens
indispensáveis: localização, acessibilidade, número de quartos e preço.
2º
Verifique tudo – Ao visitar um imóvel teste as luzes, as torneiras, as janelas
e as portas. Qualquer mal funcionamento deve ser explicado. Se não tiver uma
boa explicação, pule fora. Se te disserem algo como “pois é, tá quebrado, mas é
só consertar” você responde algo como “OK, mas vou descontar do aluguel” e
observe a resposta do locatário. Problemas demais são sinais de que outras
coisas aparecerão quando estiver morando, então não alugue. Verifique ainda o
tamanho dos imóveis contando a cerâmica no chão, que tem tamanho padrão e
normalmente variam de 30 a
40 cm.
Compare com o seu pé para ter noção do tamanho. Um quarto decente, para um
casal ou uns três filhos pequenos, tem algo em torno de 7,5 m² (ou 2,5 x 3 metros) no mínimo.
Outras coisas a se evitar: banheiro na cozinha, rios ou esgotos abertos
próximos, mata próxima, goteiras, poucas tomadas, ausência de instalação para
condicionador de ar, vizinhos barulhentos, bares próximos, ruas escrotas e por
aí vai.
3º
Pergunte tudo – Não saia de lá com alguma dúvida. Você não deve fechar negócio
na hora. Veja suas opções em casa, depois de visitar várias casas/apartamentos,
com calma e conversando com quem vai morar com você. Mesmo as crianças podem
dar boas idéias. Se interessar, ligue no mesmo dia, à noite, para fechar o
negócio. Outras coisas que você pode conversar: se reformas na casa poderão ser
realizadas por você (com autorização prévia) e se vai rolar desconto no
aluguel.
Seguindo
esses passos simples consegui alugar uma casa com pátio gramado na frente,
quintal capinado de 60 m²
nos fundos, dois quartos, muros de 4 metros de altura, pé direito alto, portão de
alumínio, garagem coberta, passagem lateral para os fundos, vizinhança
tranquila, rua ampla e sem buracos, banheiro em frente aos quartos com pia de
mármore, distante 10 minutos do Celus
(de carro), pintura completa com menos de uma semana e possibilidade de
desconto em reformas. Tudo por R$ 700,00 com água e luz inclusas (tachado pelas
empresas, sem “gato”).
À
você que procura seu lugar ideal, desejo boa sorte!
terça-feira, 14 de maio de 2013
Indicação
de site da semana: snesbox.com
Você
tem mais de 30 anos, não tem mais um nintendo (NES) e sente falta dos jogos?
SEUS PROBLEMAS ACABARAM! Conheça snesbox.com,
site com QUASE TODOS os jogos tipo NES e SNES para baixar ou jogar on line.
Você pode jogar com outras pessoas, ver passo a passo como vencer as fases
(walkthrough) e muito mais.
Segundo
eles próprios, o SNESbox é “um emulador do Sistema de Entretenimento Super
Nintendo, feito com a tecnologia Adobe Flash e que pode ser rodado diretamente
numa janela de browser sem instalar qualquer plug-in. Nós temos 1861 jogos e
11337 roms.”
Para
você que só sentava e jogava: rom é uma “imagem” do jogo, um arquivo de jogo.
Eles têm várias cópias dos mesmo jogos para evitar dar erro, uma vez que as
roms são muito instáveis. Basicamente, é para você sentar e jogar sem
problemas.
Ele
podem até não ter todos os jogos, mas com certeza têm aqueles mais populares,
base de muitos jogos atuais, além de jogos “obscuros”, que você nem lembra mais
que jogou... até visitar snesbox.com!
Abaixo
imagens de alguns dos quase dois mil jogos que eles têm. Se interessar, passe
lá pra jogar.
Mortal Kombat 3
Battletoads - Double Bragon - The Ultimate Team
Zombies Ate My Neighbors
Marvel Super Heroes - War of the Gems
Super Bomberman
Donkey Kong Country 3 - Dixie Kong's Double Trouble
Killer Instinct
Rock'n'Roll Racing
Mega Man X
Super Street Fighter II - The New Challengers
Earthworm Jim II
Castlevania - Dracula X
Prince of Persia
Post Scriptum: Paranoid de 8 bits no Rock'n'Roll Racing = chiclete no cérebro.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Juízo Final – Parte 3 –
Isolamento
Os homens os levaram para uma
área de estoque de carne. A porta era de metal e a escuridão lá dentro era
total. Haviam outras pessoas no DB e algumas delas não queriam que os novos
ocupantes de supermercado fossem trancados. Estes foram sumariamente ignorados.
No interior do frigorífico
desativado conversaram com os mais antigos prisioneiros. Lá descobriram que os
seguranças chefiados pelo Gerente tomaram posse do lugar e isolaram todos os
demais para ver se alguém não “virava bicho”.
- Alguém está contaminado?
- Tem um homem ali que está
tossindo muito desde que chegou e passou a tossir mais com o tempo. Acho que
ele está doente.
Um arrepio percorreu a espinha
de Luiz, que além de tudo agora era responsável por toda uma família. As
meninas se abraçavam à mãe, enquanto Dona Maria Antônia apenas o seguia
murmurando algo sem parar. Antes que pudesse pensar no que aconteceria se um
dos presentes se tornasse um cadáver canibal o doente se manifestou gritando
com raiva.
- Estou doente sim, mas é assim
todo ano! Nesta época eu sempre fico doente. É o clima. Tenho problemas
respiratórios, porra!
- Ninguém falou que você vai
virar zumbi. Eu disse que você está doente! Vai gritar com a puta que te pariu,
caralho. Continua com essa banca e eu te encho de porrada!
Os ânimos não estavam bons e o
escuro oprimia as pessoas. Quanto tempo passariam ali? O pessoal que estava
antes deles já estava há um dia, mas ou menos, sem comida ou água. Só sabiam
que era esse o tempo do encarceramento porque alguém ali possuía um relógio
digital. O tempo passava consideravelmente mais devagar naquela situação e ter
um relógio era uma maldição. Era inevitável pensar o pior e ficar remoendo maus
pensamentos. Nisso Luiz percebe o que Antônia estava murmurando: era uma reza,
ou melhor, uma reza emendada na outra.
“Se isso a faz sentir-se
melhor, melhor pra ela”, pensou.
Algum tempo se passou e
escancararam a pesada porta de metal, mas apenas para tirar as primeiras
pessoas de lá. Ao homem que tossia, no entanto, ordenaram que continuasse por
lá. Quando este começou a protestar lhe perguntaram bruscamente “quer água?
Então cala a boca!” e lhe jogaram uma garrafa de dois litros de água mineral
quente. O homem a abriu e começou a beber no ato enquanto tornavam a fechar a porta.
Uma das meninas falou “tô com sede”, mas sua mãe lhe disse que ficasse quieta.
As meninas começaram a chorar, primeiro uma e depois a outra, não se sabe se
pela falta de água ou pela esperança que sentiram de sair daquele breu. O homem
ofereceu um pouco de água, mas a mãe delas simplesmente lhe disse “não
obrigado”.
- Pensa que eu estou
contaminado, né?
- Penso!
- Mas não estou! Vá se foder! Agora
suas filhas irão ficar com sede!
- Pelo menos não irão morrer!
- Eu queria estar com isso que
você pensa que eu tenho, porque aí eu morria, voltava e matava tu e tuas
filhas, idiota!
- Pessoal, vamos nos acalmar!
- Porque você acha que ele
continuou preso? Eles sabem que esse daí está pra morrer!
- Eles me deixaram aqui porque
são filhos da puta medrosos como você.
Mais tempo passou. Sem o homem
do relógio, nem se quisessem poderiam saber há quanto tempo estavam trancados naquela
masmorra improvisada. Dona Maria Antônia não parava de rezar, mas não parecia
tão assustada quanto os outros. Luiz desejou ser mais religioso nesse momento,
pois não tinha fé num final feliz para essa história. E se eles nunca mais
abrissem a porta? Poderiam ter sido mortos lá do outro lado, ou não se
importarem com o destino dos cativos. Estaria dona Antônia encomendando sua
alma ao Criador?
No meio desses pensamentos
terríveis o som inconfundível da tranca da porta se fez ouvir, seguido de uma
intensa luz que cegou a todos.
CONTINUA SEMANA QUE VEM.
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Há
pouco tempo eu fiquei realmente chateado com o fato que eu passo mais tempo
esperando ônibus do que efetivamente sendo transportado por eles. Até que os
ônibus que eu utilizo não são ruins, pois são razoavelmente limpos, não vivem
lotados, normalmente eu viajo sentado a maior parte do tempo e me levam para
bem próximo de onde eu quero ir, mas há dias em que eles demoram muito, como
nos finais de semana, em que posso esperar até uma hora num ponto de ônibus
antes de subir naquele transporte público que me permitirá visitar meus filhos
mais velhos.
Nos
domingos é mais ou menos assim: saio de casa e chego ao ponto de ônibus em
menos de dez minutos, mas aí espero até uma hora para que um dos ônibus das
duas linhas que me servem passem por lá. Depois disso, como ônibus não vão
direto para lá, tenho de passear por pequenas ruas em diversos bairros antes de
desembarcar, o que levará mais uns quarenta minutos. Daí caminho mais uns
quinze minutos até a casa da mãe deles, onde moram atualmente, e daí mais
quinze minutos com eles até o ponto de ônibus que nos levará a algum lugar,
mais trinta minutos esperando o ônibus chegar, seguido do tempo da viagem, que
pode variar muito e nos resta pouco tempo juntos, antes que escureça e tenhamos
de fazer toda a romaria de volta.
Lembre-se
que depois que eu os deixo ainda levo mais umas duas horas para chegar em casa,
entre caminhar para o ponto de ônibus (15 min.), a espera do ônibus (até 60
min.), a viagem propriamente dita (uns 40 min.) e a caminhada até em casa entre
(de 5 a 15
min.).
Daí
eu pus na minha cabeça que iria comprar um carro e FODA-SE
Meti
na minha cabeça que eu conseguiria esse carro de qualquer jeito. Eu iria deixar
de pagar à todos e empenhar metade da minha alma para comprar um carro todo
velho, com marcas de ferrugem por todos os lados, coisas quebradas por dentro,
mau-cheiro, risco de explosão, mas conseguiria a porra do carro.
Com
ódio no coração eu deixei caronas de lado para curtir o sofrimento nos ônibus,
numa espécie de auto-penitência que me levaria adiante nos meus planos de aquisição do automóvel. Cheguei mesmo
a dizer para a minha esposa
algo como “espero que você me apóie nessa, porque vou comprar o carro de
qualquer jeito, deixando de pagar qualquer outra coisa num mês que eu achar que
posso meter a cara”. Ela, claro, me disse que eu deveria pensar melhor a
respeito.
Daí
eu comecei a pensar melhor a respeito.
Descobri
com uma Gerente do Banco Santander que mesmo com restrições de crédito eu poderia
adquirir um automóvel. Tentei financiar através deles, mas não consegui por
falta de tempo minha e deles.
Eis
que estou na fila do Carrefour no sábado 27.04.13 quando recebo uma mensagem no
celular. Pensando ser a Nilsandra me informando de algo a mais para comprar olhei... e era uma mensagem da
Chevrolet
sobre crédito pré-aprovado com parcelas abaixo de R$ 400,00.
Liguei,
comecei a resolver os detalhes na fila e terminei em casa, com o vendedor me
retornando a ligação num horário preestabelecido por mim. Em resumo, fiz um
consórcio. Poderia ter uma carta de crédito de até R$ 45.000,00, mas como a
parcela iria ficar cara pra mim, fiz a opção que recebi no celular. A primeira
parcela já foi paga com desconto no meu cartão de crédito.
Desenvolvi
um novo mantra
baseado na minha experiência. Varia um pouco a cada vez que recito, mas é mais
ou menos assim:
“Pode
ser que demore a vir, mas pelo menos já comecei a pagar meu carro.
Pode
ser que não tenha grandes coisas, mas pelo menos já comecei a pagar meu carro.
Pode
ser que me deixe mais pobre, mas pelo menos já comecei a pagar meu carro.
Pode
ser que eu morra antes de receber, mas pelo menos já comecei a pagar meu carro.
Pode
ser que eu bata essa porra na primeira curva, mas pelo menos já comecei a pagar
meu carro.
Foda-se!
Pelo menos já comecei a pagar meu carro.”
Post Scriptum: Foda-se = Amém!
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Indicação
de site da semana: gargalhando.com
O
site reúne só imagens engraçadas da Internet. Se não há muita profundidade,
compensa com paradas realmente engraçadas. Há placas, GIFs, links e imagens gerais
que irão certamente diminuir a sua produtividade no trabalho. Há mais de mil
páginas para se ver!
Veja
algumas papagaiadas abaixo e, se interessar, visite o gargalhando.com
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