segunda-feira, 5 de novembro de 2012




Bem vindos ao início de nossa conversa sobre Comunismo. Vou começar com “o que é Comunismo?”.

O Comunismo é um tipo de organização social, política e econômica em que as desigualdades seriam sistematicamente abolidas, uma vez que essas desigualdades geram problemas como a violência, a miséria e as guerras. Como os homens não são iguais, como nos quer dizer a Bíblia e Constituição, o Comunismo é uma utopia.

Antes que você me pergunte: utopia é uma comunidade ou sociedade ideal, de qualidades altamente desejáveis ou perfeitas. Essas qualidades abrangem tudo, desde religião a política. Isso não quer dizer que só haja uma religião ou um partido político, por exemplo, mas que todas elas tenham posto de lado suas diferenças em nome do bem maior.

Assim você pode ver que a idéia do comunismo é mais antiga que o próprio Karl Marx e não foi ele quem criou ou o Lênin quem implementou. Vamos voltar um pouco no tempo, OK?

Platão tentou bolar um sistema de governo ideal onde a propriedade privada e as famílias seriam extintas para que os interesses individuais fossem postos em segundo plano, onde a comunidade fosse mais importante, onde o bem de muitos prevalecesse ao interesse de poucos. Bem comum, comum, Comunismo... manjou?

Ainda assim, Platão não quis falar sobre questões do seu tempo, como a escravidão por exemplo, por isso não foi uma crítica total aos valores da sua época, baseados na ainda hoje utilizada Democracia (governo do povo).

Tempos depois o próprio Jesus pregou idéias relativas ao que hoje chamamos de Comunismo, como o fato de que é melhor servir o servo, receber e dar o justo, dar ao Estado o que pertence ao Estado, que são todos iguais perante Deus, entre outros. Hoje, inclusive, temos padres dizendo abertamente que Jesus era comunista e até Comunismo Cristão, o que vai de encontro com a idéia de que todo comunista é ateu. 

Não obstante, a Igreja que surgiu baseada nas idéias de Jesus se tornou extremamente corrupta e rica, o que impulsionou movimentos que tentavam desesperadamente abolir as desigualdades causadas pelo que mais tarde se tornaria o Capitalismo. O que começou com um pedido tímido de retorno da Igreja às origens acabou por se tornar a defesa do fim da nobreza e a revolta camponesa como justiça social.

Como sempre, o povo inculto (desde sempre mantido assim de propósito) foi utilizado como massa de manobra para acabar a nobreza na maior parte do mundo, mas apenas para que os ricos não-nobres pudessem assumir o podem. Estava instalado o Capitalismo. Também continuaram aparecendo movimentos e obras que criticavam isso.

No livro Utopia, de Thomas Morus, a sociedade de uma ilha vivia em prol do coletivismo, com a individualidade subordinada. O interessante é que nessa época o lance corrente era a Renascença, onde o individualismo imperava.

Com a Revolução Inglesa apareceu também a burguesia naquela terra, onde continuaram a existir nobres. Lá os burgueses tinham de reivindicar direitos, já que não haviam dado um golpe no poder, o que deu brecha para que camponeses e outros também fizessem reivindicações. Adivinha o que eles pediram?

Eles pediram o fim das propriedades privadas e coletivização igualitária das riquezas. Nessa época surgiram pessoas que plantavam em terrenos públicos e distribuíam o que posteriormente era colhido entre a população inglesa: os diggers.

Só que o capitalismo nunca parou de se desenvolver, daí novas pressões evolucionárias surgiram também no Comunismo. Aí é que surge o socialismo científico de Karl Marx e Friedrich Engels. Vou ter de escrever um ou dois posts apenas sobre isso, então agora vou apenas dizer que eles perceberam que as diferenças entre as classes sociais é que transformavam o mundo. Mude isso e mudarás o mundo!

Pessoal, a conversa está boa, mas por hoje ficaremos por aqui. Estou tratando uma tendinite no pulso esquerdo já há algum tempo e preciso repousar a munheca. Dúvidas, por favor, remetam através dos comentários ou pelo Twitter.

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