terça-feira, 27 de novembro de 2012




Eu conheço várias histórias de gente que se lascou muito na vida e que foi levando como podia e daí, um dia, aconteceu de “dar certo” e hoje passa bem. O legal é que sempre vai haver gente criticando o desgraçado, mesmo assim.

Eu tenho esperanças de que isso aconteça comigo um dia.

A idade também ajuda o homem a evoluir, mas uma boa mulher ao lado ajuda muito. Comigo está funcionando assim. Minha esposa e eu temos defeitos, mas ambos compensamos e damos forças um pro outro. Sei que não demorará muitos anos mais para que as coisas melhorem pra gente.

Mesmo assim, há momentos de dúvida. Nessas horas a gente deve se espelhar em gente que passou por problemas parecidos e que conseguiu chegar lá simplesmente acreditando em si e continuando.

Quero chamar atenção dos amigos para o Chorão do Charlie Brown Jr.

Uns vinte anos atrás ele fazia músicas como O Coro Vai Comê! e poucos anos depois já fazia letras completamente diferentes, como a da música Não Viva Em Vão. Mais algum tempo se passou e ele escreveu e roteirizou “O Magnata”, um bom filme (se não assistiu por preconceito, largue mão de ser besta e assista).

Os pais do Chorão se separaram aos 11 anos, aos 14 a mãe dele teve um derrame e quase bateu as botas. Ele foi ficando cada vez mais pobre e passou fome até depois de O Coro Vai Comê estourar em São Paulo. Ele viveu na rua vendendo pastel que a mãe fazia. Chegou a viver com R$ 5,00 por dia, saídos de um vale-refeição de uma namorada durante um tempo. De tanto andar de skate foi vice-campeão paulista nesse esporte. Aos 17 fundou a famosa banda, mas o baixista Champignon só tinha 12 anos e por isso precisava de autorização dos pais para tocar à noite nos bares.

O caso é que a banda fez a vida dele melhorar, ainda que lentamente.

Quando as coisas começaram a melhorar, lá pelos seus 31 anos, morreu o pai do Chorão. Ele passou seis meses em depressão, 20kg mais gordo, sem fazer barba todo esse tempo... até que se olhou nho espelho...

...e resolveu que tinha de recomeçar.

Se vocês pensam que recomeçar é mais fácil, principalmente para quem já tem um nome reconhecido, pense de novo. Depressão é foda e nem todo mundo aceita ou mesmo percebe o que está acontecendo com você. Às vezes nem você.

A evolução do personagem pode ser sentida nas letras das músicas que eu citei anteriormente. Escrevi o começo das duas músicas abaixo. As letras completas, bem como a música para ouvir, podem ser encontradas nos links que embedei anteriormente.


O Coro Vai Comê!

“TUKS tukutuku-tu
Tukutukutukutuku
TUKS tukutuku-tu”


Não Viva Em Vão

“Uma vida sem amor é uma vida sem sentido
Estarei feliz aonde for se você estiver comigo
A vida já me derrubou
A vida já me deu abrigo
Mas a vida já me situou
Que a solidão não faz sentido!”

Pois é: gosto das duas músicas, mas ao passo que na primeira temos só curtição na segunda percebemos o homem falando de amor verdadeiro, sentido da vida e da luta contra a solidão logo no início do negócio.

Só para terminar a história do homem com um final feliz, hoje ele escreve um segundo filme, tem dinheiro, a banda voltou a contar com o Champignon (que havia saído), tem uma marca de roupas, fez um parque temático de skate com o que há de melhor no mundo e o cara vive exclusivamente daquilo que gosta há 25 anos, que é muito mais do que a maioria dos humanos pode dizer

Eu sei que estou feliz com Nilsandra Maria, minha Bonitona. Ela preencheu o vazio terrível da minha existência, me deu direção e forças quando não tinha mais nenhuma. Eu certamente não tinha forças para desempacar antes dela. Hoje seguimos juntos em direção ao futuro melhor que merecemos.

Te amo, queridona!

Um comentário:

Unknown disse...

Fico tão emocionada quando vc fala de mim assim desse jeito. Relacionamento de verdade é assim mesmo, a gente trabalha junto pra progredir, ir pra frente. Eu mais do que ninguém acredito muito em vc. Por isso Deus , nos uniu!! Deus!! e ninguém vai nos separar, vamos conseguir muitas vitórias na vida ainda, vc vai ver. Te amo demais!!