Mais uma adaptação para cinema de uma das histórias de H. P.
Lovecraft, Reanimator é um filme que tem conto homônimo na grandiosa obra do
meu escritor predileto. Muita coisa é adaptada, visto que a história do filme é
ambientada na época em que o filmaram e a história original é de quase um
século atrás.
Não é a única história de Lovecraft com mortos-vivos: já li
histórias de vampiro (que ficava no chão como uma raiz e seu espírito é que se
alimentava das pessoas) e de gente que trocou de alma com um cadáver (A Coisa
Na Soleira Da Porta), mas Reanimator é muito prolífico com os mortos. É ainda
uma história de cientista maluco, de médico e de amor!
Aqui no Brasil “batizaram” o filme de A Noite dos Mortos
Vivos, porque o filme de Romero ainda não havia aparecido por aqui e o povo se
sentia livra para meter o nome que quisesse na película. O fato é que os fãs
passaram a chamar de Reanimator e hoje o filme é mais conhecido assim. Também
foi divulgado no Brasil com o nome de A Hora dos Mortos Vivos.
As semelhanças entre o filme e o livro são muitas e é uma
bela homenagem ao Lovecraft, ainda que seja meio bobo o horror que vemos no
filme em comparação com o trabalho do escritor original... principalmente se
compararmos o final das duas obras.
Neste filme – e no livro – Herbert West quer encontrar uma
solução final para todas as doenças que matam o ser humano simplesmente
trazendo as pessoas de volta da morte com um soro que desenvolveu, mas os
corpos para a pesquisa nunca são frescos o suficiente...
Os zumbis aqui não são como os que nos acostumamos a ver na
obra de Romero, que terminou por definir o gênero. São reanimados pela ciência
e não espalham sua condição através de mordidas.
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