Imagine
que no meio do Oceano Pacífico se abre um portal para outra dimensão.
...que
essa outra dimensão é habitada por monstros colossais com mais de oitenta e
cinco metros de altura.
...que
são malevolentes e nos querem extintos.
...que
esses monstros são tóxicos ao nosso ambiente.
...que
com um simples cocô podem contaminar uma cidade inteira.
...que
todas as armas que nós temos falhou.
...que
alguém lembrou temos robôs gigantes e obsoletos guardados em alguns poucos
países.
...que
essa é nossa última esperança.
O
que poderia levar nerds e otakus em geral aos cinemas dia desses? Robôs
gigantes contra monstros colossais!
Hoje
estréia nos Estados Unidos Pacific Rim (Círculo do Pacífico numa tradução
literal), chamado Círculo de Fogo no Brasil... o que é uma merda, uma vez que é
o mesmo nome de um filme de guerra do Jude
Law.
Leseiras
de marqueteiros à parte, o filme parece muito bom e a história é bastante
direta: monstros biomecanicamente impossíveis atravessam uma brecha dimensional
para o nosso plano de existência lá pelo ano de 2020 (não falta muito) e depois
que se tenta combate convencional e isso não funciona os humanos decidem usar
uma jogada desesperada e não completamente testada, que consiste em enfrentar
os colossos com robôs de mais de oitenta metros de altura, pilotados por dois
ou mais humanos com os cérebros conectados para maximizar a coordenação.
Toda
a luta se concentra no círculo
de fogo do pacífico, que leva esse nome por ter mais de 75% dos “vulcões
assassinos” da Terra, muitos terremotos e outras desgraças. Há muitos países
pobrezinhos no círculo
de fogo do pacífico, que aliás tem formato de ferradura, mas há países
fodas como EUA (o Alasca faz parte do círculo) e Japão.
Os
Jaegers, nome dado aos robôs gigantes, foram construídos com o mesmo propósito
que todas as armas: matar gente, mas estavam em stand by como hoje estão o
armamento atômico da Terra. Os países que têm grana e que fazem parte do
círculo – Japão e EUA – saem em defesa da Terra. China e Rússia que possuíam robôs
para fazer frente aos adversários (Japão e EUA respectivamente) se juntam ao
esforço conjunto e a Austrália, vizinha da Nova Zelândia que também integra a
zona de guerra, estava perto demais para ficar de fora... e, bem, era dona de
um jaeger também.
Só
por isso a gente (nerds e otakus) já quer ver, agora perceba que o diretor é o
mesmo de Hellboy e Labirinto do Fauno, o Sr. Guillermo del Toro.
O
design dos robôs lembra traços culturais dos países de origem, como o aspecto
clássico de robô gigante de seriado japonês do jaeger do Japão ou do tamanho
enorme do jaeger da Rússia (além de ser o de aspecto mais antiquado). Mesmo que estejamos falando de um combate no
futuro e de cérebros conectados, os robôs são antigos e muito mais mecânicos
que analógicos, o que traz um lance nostálgico de volta. Aliás, se não houvesse
nostalgia não haveria um público legal para o filme: os kaiju são os monstros
clássicos gigantes japoneses da década de 50, sendo o mais famoso deles Gojira,
internacionalmente conhecido como Godzilla.
Os
kaiju são uma história à parte. Se os nerds vão mais pelos robôs e sua
tecnologia, os otakus certamente querem ver os monstros tentarem dominar o
mundo através de sua estratégia preferida: chutar prédios! O fato é que del
Toro resolveu fazer os maiores kaiju que o mundo já viu. Não há em filmes
monstros maiores. Não há dois kaiju iguais, o que sugere que eles não são uma
espécie de animal de outra dimensão, mas monstros MESMO, únicos. Cada um possui
habilidades, formatos e personalidades diferentes. O diretor chegou pro artista
que desenvolveria o conceito dos monstros e mandou fazer troços inéditos, não
se inspirar muito em nada da Terra e sequer “requentar” alguma criação sua do
passado. Esse artista já havia desenvolvido monstros para um filme baseado no
universo de H. P. Lovecraft por exemplo, além de ter desenvolvido toda a arte
para os já citados Labirinto do Fauno e Hellboy. Nesse filme, Pacific Rim, del
Toro simplesmente vetava o kaiju que não lhe interessava, basicamente
escolhendo o monstro mais pelo que inspiraria terror nos espectadores.
Agora
algumas imagens brevemente comentadas do filme. Podem clicar para ampliar que a maioria dessas imagens é muito maior.
Trajes maneiros
dos pilotos.
Tufão
Encarnado. O vermelho é a cor da China e o vento tem várias lendas
interessantes por lá.
Coiote
Tango. Tango pode ser entendido como "Letra T" ou "Target"
(alvo) no sentido de inimigo.
Cherno
Alfa. Referência a Chernobil, um canto lá da Rússia aonde rolou um grave
acidente nuclear.
Perigo
Gigano, considerado o nome mais fanta de todos.
Descoberta
Artilheira. Um dos nomes mais escrotos de ser traduzido. Posso estar errado.
Muitos nerds são desenhistas, gostam de mecânica ou qualquer coisa relacionada com robótica. Como estratégia de marketing lançaram "blue prints" dos gigantes para se ter noção do tamanho. Por exemplo 260 pés (79 metros) é igual a 40 carros empilhados, difícil até de visualizar.
280 pés (85 metros) equivale a uma fila de 13 jatos.
280 pés (85 metros) tem a mesma altura de uma pilha de 28 helicópteros.
Mais blue prints dos jaegers com mais detalhes.
Essa é pra você que gosta de robôs gigantes: uma comparação entre um humano, três transformers, o Gigante de Ferro e o Gipsy Danger, o menor dos jaegers.
Aqui uma comparação da altura dos jaegers com a de Gojira e a Estátua da Liberdade. Dá pra ver que um kaiju é mais massivo que um jaeger e que o soviético é bem "old fashion".
Já vimos essa comparação na internet, mas sem a baleia e sem o jaeger. Acho que faria mais sentido botar aqui um dos kaiju do filme. Sim, o tamanho de Gojira varia muito com o filme.
Um dos kaiju, cabeça-de-faca, comentado pelo pessoal do desenvolvimento. Ele é Categoria 3.
Otachi, Categoria 4, é um dos kaiju mais fodas. Apesar de não ser muito alto (tem "apenas " 63 metros de altura) é um dos mais massivos, com aproximadamente 2690 tonaladas de peso.
"Um kaiju é classificado na Escala Serizawa, que mede de cada criatura o deslocamento de água, níveis de toxicidade e radioatividade quando passam pela brecha.
Essa informação é usada para atribuir categoria baseada no namanho e ameaças potenciais."
Daí você me pergunta algo como "porque desclocamento de água?". Fácil, eles geram tsunamis ao atravessar a brecha, o portal entre nosso mundo e o deles.
"Notícias de última hora: cocô de kaiju contamina cidade. Manila, Filipinas". Os kaiju são organismos tão alienígenas ao nosso mundo que são baseados em amônia e não em água, o que os torna altamente tóxicos.
Para você que não manja de monstros ou robôs gigantes um outro tipo de comparação de altura e tamanho.
Esses monstros são tão grandes que são necessários porta-aviões para se livrar dos ossos. O corpo entra em auto-destruição assim que morrem espalhando uma porcaria contaminante que sacaneia até o ar. Essa porcaria é conhecida por "kaiju blue".
Olha o que acontece com
uma luva de borracha que toca em kaiju blue...
Quando não dá pra remover os ossos o povo reconstrói ao redor do esqueleto, como se fosse parte do relevo.
O filme tem previsão de
estréia só mês que vem no Brasil :(
Quer mais? Passe no site
oficial do filme: www.pacificrimmovie.net
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