quinta-feira, 11 de julho de 2013



Com a Internet melhor lá em casa eu comecei a ver filmes direto. Tenho inclusive indicado alguns por aqui, geralmente curtas. Dessa vez eu vou indicar dois longas metragens que são compostos por vários curtas.

Os filmes são V/H/S e V/H/S 2. Hoje falarei do primeiro filme.

EM TEMPO: VHS é um tipo de mídia em que filmes eram gravados antigamente. Acho que teve seu auge nos anos 80 e hoje só existe nas mãos de colecionadores, na maioria. Os filmes gravados em VHS tinham muitos “chiados” - ruídos - e as gravações em CD e posteriormente em DVD foram afundando tanto o VHS quanto o K7, mídia para gravar música.

Mas vamos voltar ao filme.

V/H/S é um filme composto por vários filmes menores gravados em uma fita VHS e assistidos por um grupo de ladrões “universitários” que também gostavam de VHS e faziam seus próprios filmes atacando gente e propriedade privada. Os curtas foram escritos e dirigidos por Adam Wingard, David Bruckner, Ti West, Glenn McQuaid, Joe Swanberg e um certo quarteto de diretores conhecidos por Radio Silence. Nunca passou nos cinemas do Brasil. Aliás, depois de passar no Festival de Sundance do ano passado, só passou por um curto período de tempo nos EUA, Reino Unido e Argentina. Não sei quanto custou o V/H/S, mas os direitos do filme foram comprados por mais ou menos um milhão de dólares, o que quer dizer que foi um filme barato. Isso é mais uma coisa legal sobre o filme, que nos mostra que é possível fazer coisa boa com pouco - ou explicando melhor - sem efeitos especiais para encobrir uma história pobre.

Não se preocupem que eu não irei contar os filmes aqui.

Os filmes lá vistos podem ser assim divididos:

Tape 56 – Essa é a história principal, que conecta todas as outras. É a histórias dos bandidos que estão roubando uma VHS de um colecionador a mando de outro, só que eles param para assistir a fita... o que aparentemente desencadeia vários acontecimentos. Isso nos remete a filmes como O Chamado (eu vi o original japonês e o americano), mas apesar do clichê é bem interessante. Essa história é interrompida várias vezes enquanto vemos o que acontece nas outras histórias. É tudo muito escuro e faz você “ver coisas” algumas vezes, uma jogada bem legal. Quem é mais “antigo” vai lembrar também de histórias como Contos da Cripta e o Creepshow, em que havia um narrador e várias pequenas histórias de horror conectadas. Isso também lembra o longa Heavy Metal.

Anyway: o filme começa e termina com a história da fita 56.

Amateur Night – É o primeiro curta que se vê na fita 56. Uns caras saem de balada em balada, depois de alugarem um quarto e instalarem uma câmera espiã em um dos brothers, no intuito de pegar mulher e fazer um pornô sem que elas saibam. Eles conseguem as mulheres, drogam as mesmas, levam para o quarto, mas aí coisas esquisitas começam a empatar a foda.

Second Honeymoon – Um casal sai de férias para uma segunda lua-de-mel e se filma fazendo várias coisas chatas, como olhar canions. O legal acontece à noite, quando vão dormir.

Tuesday the 17th – Um grupo de jovens vai acampar, mas de início vemos um clima de Jason na situação. Para reforçar, uma das garotas fala de “acidentes” que aconteceram com outros amigos dela.

The Sick Thing That Happened to Emily When She Was Younger – Duas pessoas estão num chat. Uma mulher, que está em primeiro plano sempre, e seu namorado, um estudante de medicina. A conversa não é romântica: gira em torno da possibilidade do apartamento em que a garota vive ser assombrado e da estranha marca que apareceu em seu antebraço da noite pro dia.

10/31/98 – Quatro brothers estão indo pra uma festa de Halloween na casa de um amigo, só que eles não sabem onde fica a rua, se perdem e entram num outro tipo de reunião muito diferente.

Este é o V/H/S, falarei do segundo filme outro dia. Eu gostei muito dessa coleção de filmes, mas as opiniões variam muito também. Assista lá e, se puder, comente.

Se preferir, visite o site aonde eu assisti o filme: Predador Online



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