terça-feira, 16 de julho de 2013







Semana passada falei de um filme que assisti dia desses e que gostei muito, V/H/S. Hoje vou falar um pouco da seqüência, V/H/S 2.

Diga-se de passagem, uma ótima sequência! Chega a ser mesmo melhor que o primeiro filme. Ao passo que sites especializados como o Rotten Tomatoes deu um a avaliação pouco maior que 50% para o primeiro filme, V/H/S 2 ganhou mais de 88%. Mais uma vez, não se preocupe que eu não irei contar o filme.

V/H/S 2 segue a mesma fórmula do primeiro, alguém assiste uma série de curtas contidos em uma fita VHS. Os filmes são macabros e afetam o espectador. Dessa vez, contudo, não são ladrões que assistem à fita, mas uma detetive contratada pela mãe de uma dos desaparecidos.

O filme foi lançado em Janeiro deste ano como parte do mesmo festival que lançou o primeiro filme da franquia (será que vai se tornar franquia? Espero que sim!), o festival de Sundance. Também tem diversos diretores/escritores desenvolvendo as histórias: Jason Eisener, Gareth Evans, Timo Tjahjanto, Eduardo Sánches, Gregg Hale, SimonBarret e Adam Wingard, sendo que esses dois últimos participaram da primeira sequência.

As histórias podem assim ser divididas:

Tape 49 – Detetives contratados para encontrar um universitário desaparecido encontram a casa aonde começou a história do V/H/S. Esse desaparecido é um dos moleques contratados para roubar uma fita de um colecionador no primeiro filme, a fita 56. Tal como na história da fita 56, do filme V/H/S, essa fita 49 tem as histórias do filme e conta o que acontece com os detetives que procuram o garoto desaparecido. É o começo, a ligação entre os curtas e o final do V/H/S 2. É a história menos interessante, mas é necessária porque é um link, uma cola que reúne as outras histórias, como no caso da narração do Contos da Cripta ou do desenho Heavy Metal que eu citei quando falei do V/H/S. Também é um filme escuro demais, que te leva a procurar coisas nos cantos não iluminados do quarto... e você ENCONTRA coisas se olhar bem.

Mas o final é interessante. Interessante e aterrador!

Phase I Clinical Trials – Homem que perdeu o olho em um acidente recebe um olho biônico experimental, que grava tudo o que ele vê com propósitos similares a um “test drive”. O problema é o olho vê coisas que não são deste mundo.

A Ride in the Park – Um cara com uma câmera montada em seu capacete pretende filmar seu passeio de bicicleta num parque. Logo encontra uma mulher coberta de sangue pedindo ajuda para o seu namorado. O horror começa logo em seguida. Não vou estragar a surpresa dizendo que tipo de monstro aparecerá, mas devo dizer que é muito interessante a forma como esse monstro é apresentado no filme pela curva de aprendizado que observamos na criatura, pelo desenvolvimento do personagem.

Paradoxalmente à desgraça generalizada que se segue, é o curta mais ensolarado, colorido e esportivo do filme.

Safe Haven – Repórteres convencem o líder de um culto religioso obscuro a deixá-los mostrar ao mundo o que é o culto, afinal. Ele permite, mas com reservas. O culto está em uma espécie de escola, um prédio com muitas salas. Poderia ter sido um hospital, também. Não vêem nada de estranho além de uma possível descoberta de pedofilia, até que soa um sinal, indicando aos crentes que “a hora chegou”.

AÍ SIM veremos do que se trata o culto. A história se modifica completamente e é muito interessante a forma que o inimigo aqui NÃO É mostrado para os espectadores, dando espaço para a nossa imaginação voar livremente.

O final é simplesmente do caralho.

Slumber Party Alien Abduction – Casa de campo, pais fora, cais com lago bem próximo da casa e dentro da propriedade, amigos e namorados presentes, bebedeira, brincadeiras, sexo, tudo muito divertido e filmado por um cachorro (!!!), mas a graça acaba à noite, quando novos e não-convidados elementos surgem.

Esse filme não é só ainda mais legal que o primeiro, como é também mais diverso em matéria de monstros. Quero muito que se torne uma franquia com diversos filmes e que eles sejam sempre bons. Claro que isso é pedir demais, mas se eu puder assistir diversos filmes curtas tão variados, posso até não gostar de todos, mas alguns devem ser do meu gosto.

Você pode também assistir no site em que eu assisti: www.cinehdfilmes.com

Bom filme!

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