Feliz aniversário, Kunal Nayyar
terça-feira, 30 de abril de 2013
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Isso
é parte de um roteiro que eu gostaria de ver tornar-se um filme. Vou parar um
pouco de fazer os contos e passara desenvolver essa história aqui,
semanalmente, sempre às segundas-feiras.
Parte
1º - Despertar Em Um Pesadelo.
"Não
fiquem admirados com isto, pois está chegando a hora em que todos os que
estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão; os que fizeram o bem
ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem
condenados.” João
5:28-29
Luiz
acordou no chão. Teve um sobressalto quando percebeu que estava numa casa
desconhecida, cercado de estranhos. Sequer podia dizer se era dia ou noite,
visto que grossas cortinas cobriam as janelas. As pessoas à sua volta, no
entanto, pareciam pacatas, ainda que estivessem ansiosas. Era uma família,
provavelmente. O homem era branco e quase que totalmente careca em cima da
cabeça, com uma farta barba castanha com uma mancha grisalha no meio. Bem
diferente do resto da família, duas meninas, uma mulher e uma velha, caboclos
típicos de Manaus.
O
homem estendeu a mão para lhe tranqüilizar, sem tocá-lo.
-
Me chamo Ismael. Você está em nossa casa. Está bem?
-
Como vim parar aqui? O que aconteceu?
-
Você sofreu um acidente bem em nossa frente e te trouxemos pra casa quando tudo
começou. Você esteve dormindo por quase um dia inteiro.
-
Não lembro de nada.
-
Fale baixo, por favor. Eles estão lá fora.
-
Eles quem?
A
família se entreolhou.
-
Quer dizer que você não sabe o que está acontecendo lá na rua?
Luiz
franziu o cenho e fez que não com a cabeça. Olhou mais uma vez para as janelas
cobertas. Poderia ser qualquer hora lá fora. Se deu conta de que sua cabeça
doía e de algo mais... um cheiro ruim, mas de quê?
Voltou
a olhar para Ismael. Ele estava olhando apreensivo para a esposa, ela com as
mãos nas dele. O homem olhou para Luiz e disse sem rodeios “os mortos se
ergueram para se alimentar dos vivos!”
“Que?”
Foi a resposta.
A
mulher tomou a palavra. Ela falava com olhos esbugalhados, se inclinando pra
frente no sofá. Luiz, que estava no chão, recuou um pouco.
Quem
morre não continua morto! Quem morreu faz tempo não volta, mas quem morre volta
rapidinho, fazendo “uuuUUUUUuuu” e com as mão querendo te pegar! Pior que
visage!
“Pelo
menos sei que estou em Manaus com todo esse amazonês”, pensou Luiz. Ismael pôs
a mão no braço da esposa para tomar a palavra.
-
Temos que ficar quietos, pois eles não nos incomodam. Os vizinhos tentaram
bloquear as janelas com tábuas e os martelos batendo atraíram uma multidão de
mortos-vivos.
-
Não podem ser mortos-vivos! Deve ser outra coisa!
-
Vou te mostrar.
Ismael
seguiu por uma escada em caracol que dava acesso aos quartos no andar de cima.
Luiz o seguiu. Lá em cima, além de dois quartos, havia uma espécie de sala que
servia de varanda e acesso aos dois quartos. A vista estava bloqueada por uma
grande lona verde escura. Ismael se aproximou lentamente, indicando um pequeno
furo na lona.
O
visitante olhou.
Num
primeiro momento ele viu uma rua apinhada de gente, todos convergindo para o
vizinho da direita, mas aí percebeu que as pessoas estavam muito, muito
estropiadas. Não era como nos filmes ruins que assistia com o irmão mais velho,
em que os mortos tinham a pele solta na cara ou dentes enormes e quadrados.
Eles eram muito diversos! Viu um homem andando com os intestinos esbranquiçados
pendurados como um avental na frente das pernas. Havia uma espécie de esqueleto
andando com pouquíssimos músculos e de crânio completamente descarnado, exceto
pelos olhos e língua que ainda estavam lá. Viu uma senhora finamente vestida de
rosto enegrecido por algo que parecia ser um enorme hematoma. Ao lado dela
estava uma jovem alta de óculos escuros comendo uma grande perna de cachorro.
Do outro lado da rua estava um homem de terno parcialmente queimado, com a pele
da face encolhida, rasgada e chamuscada, os raros cabelos todos de pé, de boca
escancarada e com um olho torto. Havia um outro homem praticamente inteiro,
exceto que lhe faltava um terço do rosto. Viu crianças, velhos, homens e
mulheres. A maioria tinha feridas terríveis no rosto e nos braços, muitos tinham
as barrigas abertas, com ou sem vísceras. Todos tinham o no rosto uma expressão
de dor e tristeza. Os olhos eram baços, mas não eram esbranquiçados como nos
filmes.
Logo
presumiu que a doença que os transformou em monstros similares aos vistos no
cinema não deveria ser como no cinema, mas não iria se arriscar.
-
Como foi que isso aconteceu?
-
Não sei. Ontem eles começaram a aparecer em toda a cidade, mais ou menos ao
mesmo tempo. Apareceram nos jornais logo cedo e daí houve um engarrafamento
monstro quando os mortos começaram a atacar os motoristas indo pro trabalho. Os
motoristas se tornaram monstros também e daí o problema aumentou rapidamente.
-
Mas mortos-vivos!? Isso não pode ser!
-
Você acabou de ver!
-
Sim, mas deve ser outra coisa! Deve ser uma doença! Eles não podem estar mortos
e vivos ao mesmo tempo!
-
Amigo, por favor fale baixo, sim? Te salvei de ser comigo vivo lá fora. São muito
parecidos com mortos-vivos, com as tripas penduradas, carne e sangue faltando,
porque não chamar de mortos-vivos? Vou chamar de monstros, está bem?
- Isso
parece pior que mortos-vivos. O que foi que aconteceu comigo?
-
Um carro bateu porque o motorista lutava com um dos “monstros”, daí uma roda se
soltou, rolou pela rua, bateu no meio-fio, subiu alto e caiu na sua cabeça.
-
Não lembro de nada disso.
-
Deve ser da pancada.
Luiz
se conformou e agradeceu mui respeitosamente ao homem que lhe salvou a vida.
Não tinha dúvidas de que esse paulista (parecia paulista, ao menos) lhe
salvara. Resolveu que chamaria os doentes de “infectados”. Todos os infectados
pareciam ter sido parcialmente devorados. Não sabia como a doença deles
funcionava, mas sabia que seria morto se ainda estivesse nas ruas. Era um
sobrevivente improvável, fora de forma e sem qualquer habilidade em combates,
todo exercício que fazia se resumia a ocasionalmente subir uma escada no
trabalho, onde passava até oito horas sentado.
Os
dias foram passando. Arrumaram um lugar na sala mesmo para servir de quarto
para o pobre homem resgatado. Nesse meio tempo, descobrira que estava na Cidade
Nova, não muito longe do DB. Luiz vez em quando subia para observar os
infectados. Notou que uma vez interessados em algo – como na casa do visinho da
direita – nunca a deixavam de lado. Imaginou que essa informação deveria ser
útil em dias futuros, pois a comida estava acabando.
Logo teriam de ir às
compras.
CONTINUA SEMANA QUE VEM.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Esta é uma aventura
para o RPG All Flesh Must Be Eaten baseada no filme Demons de Lamberto Bave e Dario
Argento. Nesta época se fazia muitos filmes de terror similares aos
filmes de zumbis que tempos hoje, tanto com zumbis quanto com outros
monstros de características similares, antes que George Romero nos
desse o formato usual dos filmes de mortos vivos.
Em uma estação de metrô silenciosa e gigante
da Itália, em diversos pontos diferentes, um homem vestido como cyberpunk
e com uma máscara de fantasma da ópera que mal pode esconder sua face
deformada – pelo que parece – um acidente com fogo, persegue os
jogadores, um a um, apenas para lhes entregar um ingresso de uma premiere.
Não fica claro pelo ingresso que tipo de filme é e nem o homem misterioso
fala. Ele e apenas estende o ingresso, olhando fixamente para você,
até que pegue o ingresso, afastando-se em seguida.
Mais uma coisa: a história se passa no início dos
anos 80.
O nome do cinema é Metropol. Lá dentro
há outras pessoas que igualmente receberam o ingresso estranho.
Ainda não dá pra saber sobre o que é o filme. Além de vários pôsteres
de bandas de rock e de filmes antigos, há uma moto real com um manequim
nela vestido de cavaleiro medieval segurando uma espada samurai numa
mão e uma máscara demoníaca na outra. A espada está afiada e a moto
tem gasolina e as chaves estão na ignição.
Katana – Dano: ((1D10 x força)
– armadura) x 2 se usada com uma mão ou ((1D10 x (força + 1)) –
armadura) x 2 se usada com duas mãos. Depois de acertar o ataque, role
o dado de 10 faces (1D10) e multiplique pela força ou força mais um,
se usada uma ou duas mãos respectivamente. Subtraia a armadura ou proteção
que a vítima tiver do resultado e multiplique a diferença por dois.
O dano é perfurante ou cortante.
O pessoal que está lá é muito diversificado. Há
um casal de meia-idade, um casal de jovens e diversos grupos de amigos.
Quem mais chama atenção, no entanto é um cafetão acompanhado de
suas duas putas. Uma delas põe a máscara demoníaca e brinca perguntando
se está sexy. Se os jogadores seguirem olhando, verão que ela se corta
no rosto com a máscara. O fato é que, pelo jeito barra-pesada do cafetão
(alto, negro, cabeça raspada, barba estilosa e ricamente vestido) além
do escândalo das duas, que riem muito alto e são vulgares demais,
todos procuram olhar pro outro lado.
O filme é de terror. Automaticamente algumas
pessoas – mulheres na maioria – fazem uma exclamação de desapontamento
e desgosto, mas ninguém vai embora. Aparentemente, a única funcionária
é uma garota muito branca, cabeluda e magra que recebe os ingressos
e agora é a lanterninha.
O filme mostra dois casais chegando de moto num mausoléu
e invadindo para procurar o túmulo de Nostradamus. No filme, encontram
um livro de Nostradamus, que diz algo como "eles farão dos cemitérios
suas catedrais e das tumbas suas cidades". Enquanto um deles lê
isso, outro pega uma máscara similar à que se encontra no saguão
do cinema e brinca com ela no rosto, até que se corta.
Enquanto isso as vagabundas não param de rir, fumar
e fazer todo o tipo de papagaiada como se não houvesse mais ninguém
no cinema. Ninguém reclama em voz alta, mas os jogadores podem ouvir
o senhor de meia-idade reclamar antes de ser interrompido pela esposa.
Uma das vadias vai embora. A que se cortou. Ela não
volta passados muitos minutos de abençoado silêncio e sua colega vai
lhe buscar. Todos podem ouvir o homem que está com ela dizer "vê
se não desaparece também" com voz divertida, enquanto dá uma
sonora palmada na bunda da mulher.
Passado mais algum tempo, o filme mostra que o homem
arranhado pela máscara se torna um zumbi assassino com sede de sangue,
que mata seus amigos um a um com uma faca. Nesse momento, quem passar
por um teste de percepção vai perceber que há grito POR TRÁS da
tela. Percebendo ou não, depois de algum tempo a segunda puta que foi
atrás da primeira rasga a tela gritando e cai de cara no chão com
grandes cortes no pesco, como se um leopardo a tivesse atacado. Ela
morre logo, enquanto o cafetão corre ao seu encontro atraindo numa
pequena multidão, dizendo que é "uma amiga" e que deve haver
algum louco ali. Quase todos começam a gritar e a correr por todos
os lados, mas alguns retardatários percebem que a "menina"
está se mexendo. O povo retorna para perguntar a ela quem fez isso,
mas aí reparam que ela tem os olhos vermelhos, está gemendo com voz
de homem e que suas unhas e dentes caem enquanto garras e dentes novos
surgem em seu lugar. Parece estar doendo muito! No filme acontece EXATAMENTE
a mesma coisa com um dos homens assassinados pelo primeiro monstro.
A partir daqui você tem de conduzir o jogo
de maneira a não deixar ninguém em paz por muito tempo. O cafetão
é um líder natural e não perde tempo obrigando as pessoas a
segui-lo, mas quem seguir vai viver mais (aparentemente). Sair não
é possível, pois paredes surgiram por trás das portas como se por
mágica e ninguém achará saídas de emergência.
Pois é: há muitos prédios
antigos nessa época que ainda não haviam sido adaptados com isso de
saída de emergência. Havia também prédios com arquiteturas estranhas,
feitas para confundir. Esse parece ser o caso.
Os monstros são demônios
possuindo corpos humanos alterados para causar mais danos. São terrivelmente
sádicos, de maneira que nem todos serão mortos, mas torturados terrivelmente
ou desmembrados, mas todos os arranhados, mordidos ou que possuírem
feridas cobertas com o sangue dos demônios irá se tornar um. A cada
transformação que os jogadores observarem descreva algo diferente,
como línguas se projetando longamente, além de muita gosma verde escorrendo
no lugar do sangue. A gosma parece catarro. Eles são duas ou três
vezes mais fortes que o normal, o que lhes possibilita feitos como grandes
saltos, arrancar couro cabeludo com um puxão, e arremessar pessoas.
No geral, são como zumbis, pois não se defendem de ataques, só morrem
se destruídas as cabeças e são altamente contagiosos.
Em termos de jogo, podemos dizer que os demônios
são como os vrykolokas, os vampiros clássicos da Grécia mostrados
no livro Atlas of the Walking Dead, página 86, um dos livros de apoio
do RPG All Flesh Must Be Eaten. As modificações principais são referentes
ao fato de que os poderes metafísicos e a mente dos vrykolokas estão
ausentes nos demônios. Os demônios também não têm fraqueza específica.
DEMÔNIOS
Força: 4
Constituição: 2
Destreza: 1
Inteligência: 0
Percepção: 2
Força de vontade: 2
Pontos mortos: 15
Velocidade: 2
Pontos de fadiga: não aplicável
Essência: 12
Luta: 2
Ataque: mordida 1D4 x 2 ou arranhão 1D6 x força cortante
Fraqueza: corpo todo
Peso: normal
Força: forte como um touro [5]
Sentidos: normal
Necessidade de alimentação: não aplicável
Inteligência: burro como uma porta
Contágio: mordida, arranhão e contato prolongado
com os fluidos
Bônus: Pegada de ferro [1], salto [3], visão noturna
[2], dentes [4], garras [8]
Pegada de ferro – Uma vez tendo agarrado uma vítima com a mão, não
soltará a menos que se cortem os dedos, mesmo amputada a mão continuará
agarrando com força 10
Salto – Pode saltar 2 metros de altura ou 4 metros
à frente
Visão noturna – Enxerga à noite porque seus olhos
captam mais luz do que os olhos humanos
Dentes – Os dentes são como os dos crocodilos,
que não são bons para mastigas, mas que impede a vítima de escapar
e são bons para perfurar
Garras – 1D6 x força de dano cortante perfurador
de armadura
Várias coisas horríveis
acontecem ao longo do filme que você deveria usar no seu jogo.
Outras coisas podem ser inventadas baseando-se nisso como exemplo de
coisas que os monstros fazem. Nenhuma é obrigada. Sempre pergunte o que os jogadores fazem frente a
esses acontecimentos e carregue na dramatização. Abaixo exemplos.
- Um homem é jogado de uma espécie de arquibancada
com alguns acentos especiais em meio aos jogadores. Ele está enforcado
e a corda que enlaça seu pescoço o pára antes de atingir o solo.
Já está morto, mas não apresenta outros ferimentos além de fortes
na boca causados pelos próprios dentes.
- Esse mesmo enforcado vai voltar como demônio mais
tarde, escalando a corda, se agarrando com alguém e saltando de volta
para ficar pendurado e comer melhor sua vítima, que gritará o tempo
todo. O monstro não tem pressa em matar o coitado que está comendo.
- O cafetão vai tentar destruir o projetor de filme
com uma pequena multidão ao seu lado. Se os personagens dos jogadores
o seguirem, descobrirão que é tudo automático, que nunca houve qualquer
pessoa por lá com eles. Isso dará a certeza de que estão numa ratoeira!
Pânico generalizado enquanto o cafetão grita "quebrem tudo".
- Numa das salas de cinema um cego anda sozinho.
Sua bengala está ao chão e seus olhos foram arrancados, com lágrimas
de sangue escorrendo dos olhos. Ele diz que é o cinema que está amaldiçoado
e que não é o filme que faz virar monstro. Aos seus pés está o cadáver
de sua sobrinha, uma linda loira de olhos verdes elegantemente vestida,
com marcas de enforcamento por corda no pescoço e profundos cortes
na face esquerda. O cafetão quer jogá-la para um nível abaixo (que
essa sala de cinema é elevada), mas o cego chora e se joga em cima
dele dizendo "ela já está morta, nos deixe em paz", ao que
ele responde "como sabe que não vai se tornar uma dessas coisas?"
Há várias salas de cinema. É possível
visitar todas, bloquear entradas e essas coisas, mas não se pode manter
os monstros de foram muito tempo. Mesmo as barricadas serão rompidas
em algumas horas, quando os NPCs pensarem ter ouvido ajuda chegando
(que são, na verdade, mais monstros). O cafetão deve morrer ajudando
bloquear uma das salas, com um dos demônios lhe mordendo a canela,
o que vai obrigar as pessoas a lidar com ele.
As salas de cinema têm portas pesadas e cadeiras
de madeira pregadas no chão, mas que sairão do lugar com uns dois
pisões bem-dados.
Qualquer história de zumbi tem de começar na manha,
com monstros suficientes para que as pessoas possam lidar e ir piorando
com o tempo. Se os personagens com seguirem matar o demônio que saiu
das telas pode ter uma falsa sensação de segurança, mas lembre-se
de que há um monstro original e várias outras salas de cinema. Mantenha
os monstros aparecendo sempre, dando algum tempo para os personagens
pensarem num plano e tentarem enfrentar os desgraçados transformados,
jogando um monstro selvagem em meio a eles logo em seguida. Você não
precisa de muita desculpa e nem se preste a dar explicações, o negócio
é manter a ação rolando. Se alguma explicação for necessária,
dê uma resposta evasiva rápida à pessoa que pergunta e pergunte ao
próximo jogador "e o que você faz?" Vou dar alguns exemplos.
Perguntador: A gente bloqueou as portas, como é
que eles apareceram debaixo das cadeiras?
Você: Sei lá, uma das pessoas devia estar contaminadas
e ficou por ali na hora de empilhar as cadeiras. (Vira pra outro) e
o que você faz?
Perguntador: Ele acabou de
morrer! Eu vi! Como pode andar de novo?
Você: Sei lá, é
um demônio maligno, podia estar só fingindo o tempo todo para te surpreender.
(Vira pra outro) e o que você faz?
Perguntador: Um cara do meu lado virou bicho? Quando
foi que ele entrou em contato com os demônios?
Você: Você não estava
o tempo todo do lado dele em toda essa confusão, né? (Vira pra outro) e o que você faz?
Medo e ignorância, ignorância e medo.
Outra coisa que deves lembrar sempre é que
isso é uma armadilha feita para todos morrerem. Mesmo a garota
que trabalha lá não sabe de nada e está tão assustada
quanto vocês. Os planos dos personagens não devem dar certo e não
se espera que todos sobrevivam. Na verdade, eu diria que se todos os
personagens dos jogadores sobreviverem você fez alguma coisa errada...
Mas há um motivo para que tudo dê errado
pra eles, é que você mesmo vai terminar por mostrar a saída
para eles. Depois de explorarem todo o cinema, tentarem derrubar as
paredes, sair pela saída de ar, tentarem matar todos os monstros...
e tudo der terrivelmente errado, com NPCs morrendo o tempo todo, quando
só restarem praticamente os personagens dos jogadores e um casal de
NPCs, faça um helicóptero furar o teto do cinema. Há dois mortos
lá, mas eles não se transformarão. Os demônios continuam vindo,
mas o NPC deverá convocar todos para dentro do helicóptero de hélices
retorcidas para dar partida no troço o fazer as tripas dos monstros
que se aproximam voarem por todos os lados (mas não nos jogadores).
Lá dentro há um lança arpão e um gancho, que podem ser utilizados
para sair pelo teto, sendo que o próprio helicóptero tem uma espécie
de guincho que pode içá-los para fora dali.
Não acabou. Lá em cima há o punk que
entregou os ingressos e ele tentará jogar um NPC para dentro do
cinema. Se enfrentado, mostrará pouca habilidade de luta e sequer
está armado. O débil mental não tinha um plano: só foi até
lá achando que mataria a todos na base do empurrão.
Antes mesmo de descerem do prédio faça um teste
de percepção fácil. Os que passarem perceberão um som diferente
vindo da cidade, como o som de muitas vozes gritando juntas. Ao olharem
para as janelas de prédios próximos, verão que há demônios matando
pessoas em várias janelas. Ao olhar para as ruas, poderão ver vários
incêndios. Ficar no prédio não é opção, pois os monstros são
fortes o suficiente para escalar.
Podem descer para as ruas por uma escada de acesso
ao lado do Metropol, mas aí terão de começar a correr. Faça com
que sejam perseguidos por algum tempo, mas só precisam correr u pouco
mais. Mostre a eles que precisam continuar, que não há onde se esconder
e que parar significa um destino pior que a morte.
Quando perderem as esperanças ou acabarem exaustos
(vá comendo pontos de fadiga, os EPS da ficha de personagem) faça
um jipe com uma família fortemente armada cruzar seu caminho. O pai
está no volante (branco, careca e barbudo) diz "pulem pra dentro".
Ao seu lado há uma adolescente muito bonita, loura de olhos claros,
com uma Magnum .44 nas mãos, olhando sempre à frente, bem como um
garoto de uns 11 anos com um fuzil grande demais para ele segurando
um sanduíche de presunto com os dentes. O velho explica que vão para
o campo, onde podem iniciar uma nova vida. O garoto mostra uma sacola
com muitas armas e munição no banco de trás, onde estão os personagens
dos jogadores. Lá se pode ver facas, facões, sub-metralhadoras, granadas...
Com um plano, uma rota de fuga, armas e um destino
seguro nossa história termina por aqui. Até a próxima, pessoal.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Indicação
de site da semana: 9gag.com
O
9GAG é um dos maiores sites de imagens da Internet! É incrivelmente
diversificado e tem uma boa forma de se ver as imagens. Você só tem de ir
rolando a página para baixo que ela vai se desenrolado continuamente... para
sempre!
Você
também pode procurar através de um buscados na parte superior da página,
digitando uma palavra específica, como poster.
Abaixo
algumas imagens que encontrei por lá. Caso interessar possa, visite 9gag.com
Post scriptum: o do Tarantino só quem viu os filmes entende!
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Recebi isso por e-mail. Não estou ganhando nada com isso, divulgo porque a educação à distância é válida, minha esposa tem alguns cursos assim realizados e ainda faço um desses. Clicando no link lááá embaixo, no entanto, além de poder participar desse tipo de educação boa e barata, estará ajudando a minha Bonitona.
Educação a Distância - 10 Motivos para Estudar
Empresa Mantenedora da ABED | |
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O Cursos
24 Horas é uma empresa mantenedora da ABED - Associação Brasileira de
Educação a Distância. Nosso nome e logo é exibido na página de Mantenedores da ABED.
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Funcionários treinados conosco | |
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Outra
prova de qualidade do sistema de ensino é o número de empresas que já
tiveram funcionários treinados conosco. Veja na imagem ao lado algumas
dessas empresas.
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Escolha seu curso e bons estudos!!
terça-feira, 23 de abril de 2013
Eu havia ouvido trechos dessa música do
Patolino, mas apenas na semana passada consegui ver o clipe, que tem passado
bastante na Cartoon Network.
Esse clipe é simplesmente genial!
Tem tudo o que o povo gosta, sem deixar
de ser divertido para a molecada que não percebe, por exemplo, que o Patolino tem um harém. Quando digo tudo, quero dizer tudo mesmo: o Patolino não só é um
mago com poderes supremos, como o Doutor Estranho, mas tem harém (o que quer
dizer que não se afastou do lado “humano”), viaja para outras dimensões e faz
coisas que são muito mais complexas do que aparentam à primeira vista, como
quando beija Celestia para poder chegar ao Abismo do Poder, não porque beijar é
bom ou coisa assim – o que não quer dizer que ele não curte o beijo, pela forma
que fala.
Mas isso é só a história, porque o
desenho em si tem um estilo anime somado ao da Warner, com um enredo que lembra
tanto RPG de fantasia medieval quanto Flash Gordon, com um rock muito bom
tocando no fundo. Minha bebê de dois anos e meio já canta a parte que o mago
está “faminto por causa da última missão”.
Também temos a oportunidade de olhar
dentro da cabeça do Patolino, que é um dos personagens mais doidos e complexos
da Warner. Claro, qualquer nerd já se imaginou fazendo ao menos metade das
coisas que ele faz por lá, como mágicas que abrem portas de lojas de conveniência
ou coisa assim.
O MAGO É IMPLACÁVEL!
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Indicação
de site da semana: erikamoen.com
Érika
Moen é uma artista de tempo integral do Periscope Studio. A página principal
dela dá acesso ao seu portifólio, aos seus quadrinhos e ao seu blog. Talvez o
melhor disso tudo seja o seu blog, pois lá mostra não só seu trabalho, mas o
trabalho em progresso, etapa por etapa, o que mostra aos que gostariam de ser
artistas assim como é a vida e como se faz o que ela faz.
Claro,
por ser algo pessoal, ela também posta coisas como coisas que vão pela sua
cabeça e fotos do seu gato.
Ela
avisa ainda que lá você verá peitos e troços gerais inseguros para se ver no
trabalho, mais orientados para os maiores de 18 anos.
Abaixo
alguma coisa se seu trabalho. Caso interessar possa é só clicar nos links
acima. Pode olhar o que há abaixo no trabalho, que eu escolhi só o
“inofensivo”, OK?
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Bom
dia! Hoje eu quero dividir um lance com vocês.
Algum
tempo atrás eu comecei a traduzir pôsteres com instruções sobre o que fazer no
caso de Apocalipse Zumbi. Normalmente eram coisas engraçadas.
Como
eram coisas desenvolvidas por outras pessoas eu mantinha o endereço do original
em inglês e acrescentava a etiqueta do Sucupiras na versão traduzida.
O
caso é que apesar de ser muito divertido, dá trabalho. E não é que roubaram o
meu trabalho?
Há
uma página do Facebook que pegou um desses pôsteres, cortou a etiqueta do
Sucupiras e apagou a referência do original, prejudicando não só a divulgação
do original como se apropriando da minha tradução.
O
pior é que eu gosto do site dos sacanas. Acho que é por isso que eu não vou
denunciar aqui. Claro que eu denunciei lá na página deles, mas não houve
respostas. Foi mais para dizer “eu sei o que vocês fizeram no verão passado”. Eu poderia pôr uma etiqueta no meio da imagem ou ainda fazer uma marca d'água no pôster, mas acho que iria ficar feio.
Quando
eu traduzo e mantenho o endereço do original, dou a oportunidade dos leitores
conhecerem outras coisas que o autor fez. Para os que não sabem ler em inglêo sabem ler em inglmantenho o endereço do
original, dou a oportunidade dos leitores conhecerem outras coisas que o autor
fez e s a tradução é muito útil.
Vou
explicar então como é o meu trabalho.
1º
Localizar algo interessante – nem tudo o que há na Internet é interessante. Eu
busco coisas que não só são bem-feitinhas, como legais de algum modo. Isso pode
levar muito tempo, dias, porque não encontro uma coisa só, mas não posso
traduzir todos. Acabo tendo que limar não só o que é ruim, mas alguns que são
“menos bons”.
2º
Tradução – depois de escolhido leio algumas vezes o original. Quem lê em outro
idioma tem de saber ler sem fazer uma tradução na cabeça, mas compreender o
contexto na língua original, pois nem sempre uma piada pode ser traduzida, por
exemplo, ou há questões culturais envolvidas. Esse tipo de coisa até que é
rápido quando você tem prática, mas isso nos leva à próxima fase, mais
trabalhosa...
3º
Digitação – Engana-se quem pensa que escrevemos direto na imagem, pois isso é
uma das últimas coisas que fazemos (como verão). Ao digitar, o tradutor que vai
reeditar a coisa precisa procurar uma fonte similar à usada no pôster original.
Isso porque o pôster só é legal porque o autor tomou cuidado com os detalhes e
modificar o tipo de fonte vai arruinar o conjunto. Quando a fonte igual não é
possível, você é obrigado a olhar umas 200 fontes, mais de uma vez às vezes,
procurando uma similar. Pode ser que você não encontre nada nem remotamente
parecido, daí você tem duas opções: ou usa um editor de imagem para trabalhar direto
no que está escrito recortando e colando as letras na posição desejada (o que é
muito trabalhoso) ou busca na Internet mais fontes para o Word, o que vai lhe
tomar muito tempo. Supondo que você tem as fontes principais, o trabalho
“básico” vai levar de uma a duas horas, dependendo do que está escrito.
4º
Adaptação – Depois de traduzir é preciso reler. Há coisas que não existem no
Brasil (como algumas lojas), ou tem outros nomes aqui. Também pode acontecer de
ser algo que faça sentido em inglês, mas não em português, ou ainda algo que
simplesmente não vai caber no mesmo lugar porque na nossa língua fica muito
maior e você vai ter de escrever outra coisa, sem que se perca o sentido. Para
que a maior parte das pessoas entenda, você precisa adaptar. Isso pode lhe
tomar mais outro tempo considerável.
5º
Edição de imagem – Pode levar muitas horas. Aqui você vai ter de apagar os
escritos originais tipicamente cobrindo com outras partes do pôster sem deixar
aparecer embaçamentos, as cores das fontes tem de ser próximas da original, os
tamanhos das fontes vão variar bastante num mesmo pôster (normalmente). Finalmente
você vai ter de refazer algumas das etapas anteriores (tradução, adaptação,
digitação) em diversas situações, conforme o espaço ou outras características
do pôster vão surgindo.
6º
Toques finais – Aplico a etiqueta do Sucupiras sempre no mesmo lugar, verifico
qualidade de imagem (alta qualidade é legal, mas pode deixar o troço com muitos
megas e daí...), o tamanho da imagem deve ser bom para o blog (que não aceita
se foi muito pesado ou muito grande). Só isso pode levar outra hora, comigo
tentando resolver um problema na hora de publicar o pôster.
Como
vêem é trabalhoso. Mas eu gosto porque é algo que me ajuda a conhecer melhor de
edição de imagens (aprendi CorelDRAW por tentativa e erro, com alguma ajuda do
Irmão Rômulo). Me ajuda, também, a manjar mais de inglês, me levando a ler mais
e a procurar o significado de palavras novas, gírias e afins. Uso muito o UrbanDictionary para esse fim...
...e se eu tenho todo esse trabalho, imagine o do cara que criou o original!
...e se eu tenho todo esse trabalho, imagine o do cara que criou o original!
Post Scriptum: Não sacaneie a propriedade intelectual dos outros,
porra!
terça-feira, 16 de abril de 2013
Tenho
visto muita gente reclamando de evangélicos que não param de tentar converter a
todos. Por mais que eu não queira ser evangelizado, entendo que isso é o certo
pra quem é religioso e quem se diz religioso e não faz isso é que está errado.
Porque
evangelizar é o trabalho primeiro de todo o que crê em alguma coisa, evangélico
ou não. Isso é uma das principais características da religião, sendo uma mais
ativas que outras. A guerra santa e as cruzadas são exemplos de esforços mais
agressivos na conversão de povos dominados para a religião dos dominantes, mas
isso é muito mais comum e antigo do que você pode supor.
Perceba
que eu não estou concordado ou discordando disso. Os métodos dos evangélicos é
que devem te incomodar. Por exemplo, agora mesmo estou tentando te convencer de
algo, apenas não é religião. Lembro-os que sou deísta.
Muitos
religiosos hoje só o são da boca pra fora. O religioso de verdade precisa fazer
isso, principalmente o cristão. Veja o que diz esses versículos sobre a
evangelização:
“Ide,
portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e
do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos
tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do
século." (Mateus 28:19-20)
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” (Marcos16:15)
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” (Marcos16:15)
Veja
que, segundo a Bíblia, todo cristão – católico, evangélico ou espírita –
deveria tentar evangelizar todo mundo o tempo todo. Pode ser que o pastor de certo
evangélico seu conhecido esteja realmente querendo mais gente para extorquir,
mas o princípio foi escrito há muitos séculos por homens tidos como inspirados
por Deus.
Então
não me venham dizer que evangélicos estão errados por serem chatos com isso de
evangelização. Eles, ao menos, são fiéis às suas crenças.
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