sexta-feira, 3 de julho de 2009

Conte com os outros, mas não dependa de ninguém!

Tentar sobreviver a uma insurreição zumbi é uma grande provação. Estamos acostumados a ter o apoio de amigos e parentes, de eletricidade e água encanada, ambiente climatizado e trabalhos que não requerem esforço físico. Coisas gerais atravessam o oceano e estão à nossa disposição há tantos séculos que nem sequer achamos isso incrível. Agora mesmo, você está cercado de conforto, tem muita tecnologia eu não estava à disposição de seus pais e coisas que foram produzidas em cantos diferentes do mundo montadas no mesmo aparelho.

Muito disso – ou quase tudo – vai ser perdido em uma insurreição de grau três ou quatro. O que você não perde é o que você aprendeu ou o que você carrega consigo. Se você teve tempo, construiu bem e possui uma casa ou mesmo uma fortaleza pronta para resistir por vinte anos ou mais. Nunca se esqueça de confiar nas suas habilidades e recursos. Nunca se empolgue com uma aparente reviravolta que facilite a sua vida em uma situação de risco. Isso vale para todas as situações de risco, não somente para o advento do Dia Z.

Ao enfrentar uma situação de risco, com mais gente ao redor, lembre-se sempre que o desespero pode levar a pessoa ao seu lado a fazer coisas horríveis com amigos em nome da sobrevivência. Se você quer sobreviver, confie desconfiando, conte com amigos para realizar tarefas, mas não ponha a sua vida nas mãos de ninguém. É normal, em treinamentos militares, que um homem seja treinado para confiar no time e para morrer pelo país, se necessário, mas estamos falando de uma guerra travada entre civis e monstros.

Escolha para seu grupo pessoas que são seus amigos e que você conhece muito bem, mas nunca deixe que os laços de amizade sejam o principal critério de seleção.

Num primeiro momento, técnica e equipamentos de qualidade farão a diferença, mas a sobrevivência só será garantida em longo prazo se o treinamento for mantido e através de constante trabalho sobre a motivação do grupo. Sempre haverá um amanhã, e se vocês resistirem por anos a fio a resistência vai se tornar parte de vocês.

Só não prometa uma data para tudo melhorar. Trabalhe com a idéia de que “se aqui está ruim, está pior lá fora”. Se agora está ruim, tudo pode melhorar algum dia. Esteja atento para motins. Mantenha todos ocupados o tempo todo para não dar espaço para pensamentos desesperados se transformarem em ações desesperadas.

Seu time será uma organização, que tem funções vitais que tem de ser desempenhadas por pessoas preparadas para levar a termo o trabalho, independente do tamanho desse grupo. Um grupo muito pequeno tem pouca chance de sobrevivência e um grupo muito grande precisaria de um treinamento militar, com uma verdadeira cadeia de comando, para funcionar. O grupo deverá ser médio e ter um líder, que será o especialista em sobrevivência a mortos-vivos. Todas as funções de seus grupos deverão ter ao menos uma pessoa trabalhando nela, mas o ideal seria ter ao menos um ajudante ou aprendiz, para que o seu grupo não se veja privado de um enfermeiro, por exemplo, no caso da morte alcançar este.

Mais uma vez: não se pode colocar a sobrevivência de seu grupo nas mãos de um único indivíduo, mas você vai precisar confiar em quem está do seu lado. Todos trabalharão juntos. Todos lutarão. Todos terão funções comuns, individuais e especializadas. Todos por um e um por todos. A força dos mortos-vivos está nos números e no fato deles não descansarem, então mantenha seu grupo unido e permaneça sempre vigilante.

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