quarta-feira, 19 de junho de 2013




Protestos rolando em São Paulo estão influenciando outras cidades a fazerem o mesmo. Alguns países estão apoiando os protestos no Brasil, pois sabem o que a gente passa – ainda que por alto – e simpatizam. Mas não são os governos, o Estado do país que simpatiza conosco, mas a população.

Todo poder emana do povo, mas quando o povo é apático fica difícil. Os políticos hoje, na maioria, vêem o país como um salf-service em que eles podem ir por lá e comer tudo o que puderem pegar.

Self-service não, boca-livre mesmo!

Daí, como diz um amigo meu, se você é cliente e o funcionário que você contrata não faz o serviço direito, você ou demite ele ou “dá uma sodomizada” nele. Nós somos os clientes e os políticos, nossos representantes, nossos funcionários. Nós os colocamos lá e não vai dar para fazer impeachment de todos eles, daí sobra a segunda opção.

É preciso que alguém vá lá e sacuda os nossos representantes. Um cara só não seria levado à sério. Uma quantidade significativa da população já é mais condizente.

Apenas manifestações pacíficas também não resolverão. Eles mandaram descer porrada nos manifestantes e, aí sim, rolou baderna.

A baderna é benéfica. Do caos nasce a ordem. Quando a monarquia caiu na França, por exemplo, surgiu uma forma melhor de governo, mas para isso tiveram de matar TODOS os nobres, porque do contrário poderiam aparecer simpatizantes e eleger um novo Rei a partir de qualquer um desses sobreviventes.

Amanhã, 20.06.13, às 17:00 horas, na Praça da Matriz (no Centro), vai haver um protesto pacífico. As pessoas andarão dali até a Arena da Amazônia (o novo estádio), atravancando tudo. Vai ser pacífico, mas lojistas do Centro irão fechar as portas com medo de vandalismo, polícia irá aparecer e não sabemos como tudo irá terminar. Acredito que se ninguém mandar bater em ninguém correrá tudo muito bem.

Se puder, vá. Quem é omisso é até conivente com a corrupção do país.

Deixo vocês com fotos que não aparecem muito por aqui e que vi em um site internacional.


 A polícia chega e taca gás lacrimogênio imediatamente.





Protestante cambaleando por causa do gás.


  Repórter da Folha, Guiliana Vallone, aparentemente atingida no rosto por uma bala de borracha.




 Falange de policiais asseguram um perímetro.


 
 O povo faz uma barricada de fogo para evitar o avanço das tropas.



 Os policiais avançam com escudos mesmo assim.



 Policiais brandindo escopetas contra protestantes dersarmados.


 

 Preparar.
 

 FOGO!
 

 Pois é: veículo blindado na parada.
 

Nada pra ver aqui. Circulando.
 
 Resultado de uma ação "apropriada" da polícia.
 

 Fotógrafo da Future Press Agency, Sérgio Silva, um dos jornalistas atingido por bala na cara, e que pode agora ficar cego.
 

Policial deliberadamente usando spray de pimenta em um cinegrafista devidamente identificado.

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