segunda-feira, 27 de janeiro de 2014



 
Semanas atrás eu troquei do desktop do computador do meu trabalho pela imagem acima. Só uma pessoa pareceu notar – imediatamente – e era um cara de fora da sala que passou por aqui e viu a uma distância de 5,5 metros aproximadamente. Só soube por que ele comentou comigo.

É interessante notar que as pessoas próximas não percebem seus problemas às vezes. Isso é bom por um lado, mas já tive depressão uns dez anos atrás e sei que se ninguém vir ao menos bater um papo contigo você não sai do lugar.

Você precisa de gente que se interessa por você. No meu caso a depressão veio e ficou por um tempo porque eu sou diferente e não vejo sentido no mundo, por mais que não pareça.

Tenho uma esposa que me entende e me ajuda a tentar ver as coisas de uma forma melhor. Ainda que ela não seja a mais otimista das pessoas, ela simplesmente não desiste, no máximo adiando a vitória. Se algo está claramente fadado ao fracasso – ao menos pra mim – ela simplesmente muda a forma de enfrentar o problema. Nem ela sabe que tem esse poder.

Venci a depressão praticamente sozinho, mas o vazio ficou. Hoje eu não tenho mais o buraco negro que havia no meu peito desde que eu me entendo por gente por causa da minha Bonitona. Ele, o desespero, estava lá engolindo toda a esperança e sonhos desde criancinha.

Obrigado, meu amor.

Desde muito pequeno que eu não espero nada da vida ou do pós-vida. Paradoxalmente, não tive grandes decepções por isso mesmo. Otimismo só pelo otimismo, pra mim, é como esperar ir para o Céu após a morte sem fazer nada para merecer isso. Eu nem sei se o Céu está lá.

Pra mim, a vida é como aqueles videogames em que você evolui o personagem apenas para enfrentar outros jogadores mais fortes, sem prêmios ou objetivo final. E a maior parte das pessoas são noobs nesse jogo, ficando empacados para sempre num certo nível.

Vou tentar explicar o que é ser diferente. A maioria das pessoas enxerga o mundo como sendo OU bom OU ruim, com nuances de cinza. Quem é otimista acha que o mundo é bom, mas que tem umas coisas ruins. Quem é pessimista crê que o mundo é terrível, ainda que haja momentos de felicidade. Eu acho que o mundo não é nem quente nem frio, mas morno. Tudo cinza, tudo muito parecido.

Sou contra a estandardização que nos torna todos iguais, acho que o que é diferente é bom e que se fôssemos todos iguais, procurando as mesmas respostas e soluções, ainda estaríamos na pré-história. Acredito que TODOS deveríamos fazer um esforço para acabar com isso de tornar o mundo padrão, de ter comportamentos aceitáveis e inaceitáveis. Acho que o que é ilegal deveria ser revisto e que a democracia, na realidade, é um mito feito para nos controlar – ou você acha que o povo é que controla este ou qualquer país? Meu problema é que quase todos parecem não só OK com a estandardização, mas criaram inclusive normas e prêmios para a estandardização.

Este ano algo mudou. Não estou exatamente com vontade de vencer, acho que isso se deve à inércia de muito tempo. É mais uma vontade de sair da inércia. Por isso as resoluções de ano-novo. Isso também deve à influência benéfica da Nilsandra na minha vida.

Mais uma vez obrigado, queridona.

Não estou satisfeito com muitas coisas na vida e vou fazer algo a respeito. Vou mudar de aparência ou de emprego se precisar, mas vou cumprir todas as metas deste ano e depois vou traçar novas metas... e tentar descobrir o que eu realmente quero no processo.

Nenhum comentário: