Existem
premiações que premiam pessoas por algo de bom que fizeram, mas eu gosto mesmo
é das premiações que congratulam imbecilidades!
Existem
muitas dessas premiações. Vou falar delas nas próximas semanas.
Hoje
começarei com o Darwin
Awards, ou Prêmios Darwin em português.
O
raciocínio da premiação é a seguinte: se você é muito idiota e deu um jeito de
se matar ou se esterilizar, ajudando a humanidade a avançar através da sua
não-geração de descendentes, merece um prêmio!
Começou
com uma brincadeira que rolava em e-mails, mas hoje há um site, organizado e mantido por Wendy
Northcutt, que estabeleceu cinco condições para se concorrer – e talvez
ganhar – o Prêmio Darwin:
1º
Incapacidade de gerar descendência (através da própria morte ou esterilização).
2º
Excelência (atingida através de uma forma fantástica, estapafúrdia de se
cometer a merda que levou às esterilização ou morte).
3º
Auto-seleção (a desgraça tem de acontecer com o cara que fez a merda).
4º
Maturidade (o cara tem de estar com capacidade mental plena, capacidade de
julgamento e raciocínio).
5º
Veracidade (Não rola lenda urbana. Temos de provar que o caso aconteceu).
O
prêmio, por ser póstumo em muitos casos, não precisa ser dado a gente que
conseguiu se exterminar apenas no ano da premiação ou no ano anterior. Há
também “menção honrosa” àqueles que não conseguiram se exterminar, mas por
pouco...
A
seguir alguns exemplos:
Indicado
deste ano ao Prêmio Darwin, o jornalista Lee Halpin, 26, decidiu pesquisar
sobre os sem-teto em sua terra natal com nada mais do que um saco de dormir.
Avisado por amigos e parentes que isso só podia dar merda, declarou “Dormirei
desabrigado, furtarei minha comida, vou interagir com o máximo de sem-teto o
possível e imergirei o mais profundamente que eu puder em seu estilo de vida”.
Três dias depois foi encontrado morto. Congelou até a morte em um hotelzinho
barato. (em 31 de março de 2013 em Newcastle).
Também
indicado desde ano, Gary Allen Banning, 43, estava em um apartamento de um
amigo e viu uma jarra com o que parecia ser uma birita amarela dentro. Deu um
gole e descobriu que era gasolina! Largou a coisa na pia e resolveu fumar um
cigarro para relaxar. Morreu no dia seguinte no Centro de Queimados de Chapel
Hill. Ele conseguiu, inclusive, queimar o apartamento no processo. O amigo dele
era mecânico e mantinha a gasolina na pia para remover a graxa das mãos depois
do trabalho. (em 27 de fevereiro de 2012 na Carolina do Norte).
Outra
indicada do ano, Mariska B., 27, uma garçonete e ex-nadadora resolveu nadar um
rio infestado de crocodilos e hipopótamos (os hipos são os animais que mais
matam gente na África, sabiam?). Ela era local e sabia das condições do rio
Limpopo, mas nadou e não aconteceu nada, daí nadou mais uma vez e nada
novamente, as amigas ficando doidas e dizendo para ela acabar com essa porra,
mas ela foi lá nadar novamente, quando sumiu arrastada para o fundo, tal e qual
um episódio de Sexta-Feira 13, tão rápido que não houve tempo para gritar. A
polícia nem mesmo podia procurar pelo cadáver dentro do rio, que era conhecido
por não se poder nem mesmo pôr o dedão na água sem ser atacado em que era
inclusive proibido nadar. (em 01 de janeiro de 2010 na África do Sul).
Mais
uma indicada. Greensboro foi inundada por dez centímetros de chuva em duas
horas e os carros não podiam circular graças à várias ruas inundadas. Rosanne
T., 50, não se intimidou. Pegou sua lambreta e se mandou atrás de algum lugar
que pudesse encontrar cerveja antes de acabar desistindo e fazer o caminho de
volta pra casa debaixo do temporal. Ligou para a sua mãe dizendo que por ter
duas rodas de borracha ela ficaria bem. Na Carolina do Norte não é necessário
uma licença para dirigir lambreta. A patrulha rodoviária bloqueou o seu caminho
de volta e ela tentou então furar o bloqueio, caindo em um rio revoltoso. O
policial até conseguiu resgatar ela, mas ao iniciar o interrogatório (porque
ela furou um bloqueio policial à alta velocidade) e pedir reforço viu Rosanne
pulando de volta na água. Ele acreditava que ela tentava fugir em pânico, mas a
mãe dela tem outra versão: a de que tentava resgatar a motoca. “Ela amava
aquela porcaria”! (em 03 de junho de 2009, Carolina do Norte).
Vencedor
do Prêmio Darwin de 2005, Nguyen, 21, estava bebendo com amigos em Hanói quando
puxou um velho explosivo que achou por aí. Media seis centímetros de
comprimento e oito de diâmetro, com dois fios pendurados dele. Estava todo
enferrujado e o cara disse que aquilo não explodia mais. Os amigos discordaram.
Para provar seu ponto, ele pediu que ligassem os fios em uma bateria de 220
volts (que por si só já o mataria, mas ninguém ali manjava de elétrica). Os
amigos, sempre solícitos, realizaram seu pedido, que resultou em uma explosão
que arrancou as bochechas e os dentes de Nguyen, que terminou morto antes de
chegar à emergência. Atualmente este em 1º lugar entre os mais votados do
Darwin Awards (em 07 de março de 2005, Vietnam).
Lembram
do padre brasileiro que tentou bater um recorde ao voar em uma cadeira de
quintal com um monte de balões de festa arrastando-o pelos ares? Ele também
está aqui! Adelir Antônio, 51, queria construir um descanso espiritual para
caminhoneiros e para fazer publicidade tentou a proeza de voar por 19 horas em
uma cadeira de jardim carregado por balões sem qualquer maneira de dirigir a
coisa. O padre tomou inúmeras precauções, tais como vestir um traje de
sobrevivência, descolar celular que comunicava por satélite e um GPS, mas...
NÃO SABIA USAR UM GPS. Os ventos mudaram, como costumam fazer, levando o padre
ao mar aberto. Ele estava de pára-quedas, mas escolheu não pular (confiando em
Deus, acho). Quando estava perigosamente perdido no mar ele decidiu telefonar
pedindo ajuda, mas o pessoal do resgate não conseguia localiza-lo uma vez que
ele não usara o GPS. Ele ficou brigando com o pessoal do resgate até acabar a
bateria do celular. Eventualmente, com o passar das semanas, pedaços de balão
foram encontrados em praias e montanhas. Mais algum tempo se passou e
localizaram o corpo boiando no Atlântico. O legal é que foi considerado um
Duplo Darwin em 2008, pois como padre ele já não gerava filhos e com a morte
ele garantiu a remoção de seus genes da espécie humana. Adelir Antônio venceu
duas vezes! A merda foi tão grande que o retiro espiritual dos caminhoneiros
foi desacreditado para sempre e jamais será construído. Parabéns, seu padre! (em
20 de abril de 2008, Oceano Atlântico).
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