terça-feira, 13 de agosto de 2013



Existem premiações que premiam pessoas por algo de bom que fizeram, mas eu gosto mesmo é das premiações que congratulam imbecilidades!

Existem muitas dessas premiações. Vou falar delas nas próximas semanas.

Hoje começarei com o Darwin Awards, ou Prêmios Darwin em português.

O raciocínio da premiação é a seguinte: se você é muito idiota e deu um jeito de se matar ou se esterilizar, ajudando a humanidade a avançar através da sua não-geração de descendentes, merece um prêmio!

Começou com uma brincadeira que rolava em e-mails, mas hoje há um site, organizado e mantido por Wendy Northcutt, que estabeleceu cinco condições para se concorrer – e talvez ganhar – o Prêmio Darwin:

1º Incapacidade de gerar descendência (através da própria morte ou esterilização).
2º Excelência (atingida através de uma forma fantástica, estapafúrdia de se cometer a merda que levou às esterilização ou morte).
3º Auto-seleção (a desgraça tem de acontecer com o cara que fez a merda).
4º Maturidade (o cara tem de estar com capacidade mental plena, capacidade de julgamento e raciocínio).
5º Veracidade (Não rola lenda urbana. Temos de provar que o caso aconteceu).

O prêmio, por ser póstumo em muitos casos, não precisa ser dado a gente que conseguiu se exterminar apenas no ano da premiação ou no ano anterior. Há também “menção honrosa” àqueles que não conseguiram se exterminar, mas por pouco...

A seguir alguns exemplos:

Indicado deste ano ao Prêmio Darwin, o jornalista Lee Halpin, 26, decidiu pesquisar sobre os sem-teto em sua terra natal com nada mais do que um saco de dormir. Avisado por amigos e parentes que isso só podia dar merda, declarou “Dormirei desabrigado, furtarei minha comida, vou interagir com o máximo de sem-teto o possível e imergirei o mais profundamente que eu puder em seu estilo de vida”. Três dias depois foi encontrado morto. Congelou até a morte em um hotelzinho barato. (em 31 de março de 2013 em Newcastle).

 Também indicado desde ano, Gary Allen Banning, 43, estava em um apartamento de um amigo e viu uma jarra com o que parecia ser uma birita amarela dentro. Deu um gole e descobriu que era gasolina! Largou a coisa na pia e resolveu fumar um cigarro para relaxar. Morreu no dia seguinte no Centro de Queimados de Chapel Hill. Ele conseguiu, inclusive, queimar o apartamento no processo. O amigo dele era mecânico e mantinha a gasolina na pia para remover a graxa das mãos depois do trabalho. (em 27 de fevereiro de 2012 na Carolina do Norte).

 Outra indicada do ano, Mariska B., 27, uma garçonete e ex-nadadora resolveu nadar um rio infestado de crocodilos e hipopótamos (os hipos são os animais que mais matam gente na África, sabiam?). Ela era local e sabia das condições do rio Limpopo, mas nadou e não aconteceu nada, daí nadou mais uma vez e nada novamente, as amigas ficando doidas e dizendo para ela acabar com essa porra, mas ela foi lá nadar novamente, quando sumiu arrastada para o fundo, tal e qual um episódio de Sexta-Feira 13, tão rápido que não houve tempo para gritar. A polícia nem mesmo podia procurar pelo cadáver dentro do rio, que era conhecido por não se poder nem mesmo pôr o dedão na água sem ser atacado em que era inclusive proibido nadar. (em 01 de janeiro de 2010 na África do Sul).


Mais uma indicada. Greensboro foi inundada por dez centímetros de chuva em duas horas e os carros não podiam circular graças à várias ruas inundadas. Rosanne T., 50, não se intimidou. Pegou sua lambreta e se mandou atrás de algum lugar que pudesse encontrar cerveja antes de acabar desistindo e fazer o caminho de volta pra casa debaixo do temporal. Ligou para a sua mãe dizendo que por ter duas rodas de borracha ela ficaria bem. Na Carolina do Norte não é necessário uma licença para dirigir lambreta. A patrulha rodoviária bloqueou o seu caminho de volta e ela tentou então furar o bloqueio, caindo em um rio revoltoso. O policial até conseguiu resgatar ela, mas ao iniciar o interrogatório (porque ela furou um bloqueio policial à alta velocidade) e pedir reforço viu Rosanne pulando de volta na água. Ele acreditava que ela tentava fugir em pânico, mas a mãe dela tem outra versão: a de que tentava resgatar a motoca. “Ela amava aquela porcaria”! (em 03 de junho de 2009, Carolina do Norte).


Vencedor do Prêmio Darwin de 2005, Nguyen, 21, estava bebendo com amigos em Hanói quando puxou um velho explosivo que achou por aí. Media seis centímetros de comprimento e oito de diâmetro, com dois fios pendurados dele. Estava todo enferrujado e o cara disse que aquilo não explodia mais. Os amigos discordaram. Para provar seu ponto, ele pediu que ligassem os fios em uma bateria de 220 volts (que por si só já o mataria, mas ninguém ali manjava de elétrica). Os amigos, sempre solícitos, realizaram seu pedido, que resultou em uma explosão que arrancou as bochechas e os dentes de Nguyen, que terminou morto antes de chegar à emergência. Atualmente este em 1º lugar entre os mais votados do Darwin Awards (em 07 de março de 2005, Vietnam).


Lembram do padre brasileiro que tentou bater um recorde ao voar em uma cadeira de quintal com um monte de balões de festa arrastando-o pelos ares? Ele também está aqui! Adelir Antônio, 51, queria construir um descanso espiritual para caminhoneiros e para fazer publicidade tentou a proeza de voar por 19 horas em uma cadeira de jardim carregado por balões sem qualquer maneira de dirigir a coisa. O padre tomou inúmeras precauções, tais como vestir um traje de sobrevivência, descolar celular que comunicava por satélite e um GPS, mas... NÃO SABIA USAR UM GPS. Os ventos mudaram, como costumam fazer, levando o padre ao mar aberto. Ele estava de pára-quedas, mas escolheu não pular (confiando em Deus, acho). Quando estava perigosamente perdido no mar ele decidiu telefonar pedindo ajuda, mas o pessoal do resgate não conseguia localiza-lo uma vez que ele não usara o GPS. Ele ficou brigando com o pessoal do resgate até acabar a bateria do celular. Eventualmente, com o passar das semanas, pedaços de balão foram encontrados em praias e montanhas. Mais algum tempo se passou e localizaram o corpo boiando no Atlântico. O legal é que foi considerado um Duplo Darwin em 2008, pois como padre ele já não gerava filhos e com a morte ele garantiu a remoção de seus genes da espécie humana. Adelir Antônio venceu duas vezes! A merda foi tão grande que o retiro espiritual dos caminhoneiros foi desacreditado para sempre e jamais será construído. Parabéns, seu padre! (em 20 de abril de 2008, Oceano Atlântico).

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