segunda-feira, 2 de setembro de 2013


Juízo Final – Parte 12 – Anavilhanas

- Como é lá na ilha em que ficaremos?
- Não sei ainda. Estive implementado os planos para a armadilha na Ponta Negra. Certamente vai estar tudo OK que esses caras sabem o que estão fazendo. São os melhores do mundo nisso de selva!
- Olha que tu estás empolgado, hein?
- É só a verdade, mano.

Foram dormir cedo. No dia seguinte havia dois helicópteros prontos para deixar o local e se dirigir para Anavilhanas. Não é o maior arquipélago fluvial do mundo, mas com suas 400 ilhas seria muito difícil que zumbis, que não flutuam e não podem nadar, chegassem a uma única ilha habitada. Além disso, havia a praticidade da localização: parte de Anavilhanas ficava em Manaus mesmo.

Os helicópteros partiram com um ruído terrível. Luiz queria fazer diversas perguntas, mas nunca gostou de ficar gritando para ser entendido e seu irmão já não ouvia muito bem há anos.

O Rio Negro era lindo visto de cima. Os reflexos do Sol, a cor do rio e a imensa quantidade de água vistos do alto são algo que todos deveriam ver em algum momento da vida. Espetáculos assim lhe lembravam que a natureza continuaria depois de nossa extinção, talvez até melhor do que estava com nossa presença poluidora. Como se adivinhasse seus pensamentos, Felipe lhe disse algo como “lindo, né?” por cima do ruído do rotor.

Não demorou para chegarem a Anavilhanas, que foi vista de longe. Luiz achou o arquipélago muito bonito, como se fossem pinceladas verdes em meio ao fundo negro do rio. Não conseguia avistar acampamento e Felipe lhe adivinhou o que ia pela cabeça mais uma vez, mostrando que conhecia bem o irmão. “A copa das árvores não deixa ver o acampamento” disse, “é secreto e é bom que seja assim, naturalmente camuflado”.

Desceram numa clareira que só podia ser vista muito de perto, quase que apenas por cima. Só um piloto que conhecesse bem o local poderia saber exatamente, em meio a centenas de ilhas, qual a única apta ao pouso de helicópteros. Primeiro cordas foram lançadas e desceram alguns soldados, que uma vez em terra assumiram posições defensivas. Em seguida o primeiro helicóptero pousou – aquele que carregava Luiz e o irmão – depois, sem nem mesmo desligar o motor, levantou vôo e deu lugar para o helicóptero seguinte pousar e liberar sua carga.

“Porque o círculo defensivo se aqui é seguro?” perguntou Luiz. Felipe respondeu que não se deve supor que algo é 100% seguro em situação alguma, que cuidado e canja de galinha não faz mal a ninguém, muito pelo contrário.

Os soldados estavam estranhamente nervosos. Onde estava o comitê de recepção?

Começaram a se mover. Esta era uma das maiores ilhas. Felipe explicou ao irmão que esta ilha era infestada de serpentes venenosas e que estas não fugiam do homem, se preparando para o bote. Era muito importante seguir com cuidado e olhando para onde pisa. Súbito, os homens pararam e se ocultaram na vegetação. Luiz parecia ser o único que não sabia o que estava fazendo, mas seu irmão o puxava para uma touceira alta. Não percebeu nada de início, mas aí viu um homem terrivelmente transtornado andando por ali, sem rumo, perdido na floresta. Os olhos mostravam enorme ansiedade e incerteza.

Um dos oficiais saiu de sua cobertura. Foi como se surgisse do nada e deu um grande susto no homem perdido, que gritou sobressaltado. No momento seguinte, porém, já percebera que estava entre amigos e relaxou tanto que parecia que iria desmaiar. Contou atabalhoadamente que zumbis apareceram durante a noite e mataram quase todos. Os que sobreviveram foram para a mata e ele mesmo estava andando na direção do som das pás dos helicópteros.

Como os zumbis poderiam ter encontrado aquele lugar? Se nem o arquipélago era seguro, para onde ir? Luiz ficou terrivelmente abalado, mas os soldados não pareciam se aperceber disso, seguindo em direção ao local aonde deveria estar o acampamento de refugiados.

O local estava cheio de cadáveres ambulantes. o pareciam se aperceber disso, seguindo em direçar? ava andando na direçuase todos. sta. smostrando que conhecia bem o irm

CONCLUI SEMANA QUE VEM!

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