segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013



Meu final de semana foi bem legal e diferente do habitual. Fui trabalhar no sábado (fotos comprobatórias aqui, aquiaqui e aqui e que não me digam que funcionário público não trabalha), mas foi tranquilo e comi bem. No domingo fui dar uma volta com os meninos (Luiz e Luan) na casa da Mamma e lá descobri uma festa para o Irmão Fábio, que fez 14 anos (parabéns, mano). Foi legal a reunião familiar e comi bem de novo, conseguindo inclusive carona para mim (thanks, Brother Fábio) e para deixá-los em casa. Também praticamente definimos o nome do bebê que está na barriga da Nilsandra (eu e ela, não o pessoal da festa).

O mais marcante porém foi a grande quantidade de policiais e carros de polícia ao chegar em casa. Eram tantos que o Brother Fábio teve de me deixar no início da rua pois o seu Uno não passaria pelos camburões. Moro na Cidade Nova II, Núcleo I

Passei por eles com tranquilidade e já em casa soube pela minha sogra, Dona Nilce, que haviam jogado uma granada dentro da casa de um vizinho. Motivo: era policial.

Pouco tempo depois de passar em meios aos policiais estes haviam feito um cordão de isolamento. As horas foram se passado e os fofoqueiros da rua faziam circular as informações. Isso foi o que aconteceu, segundo os boatos oficiais.

1º A granada não detonou, o que obrigou os policiais a chamarem o esquadrão antibombas e a retirarem todos os vizinhos de suas casas.
 
2º Policiais não são normalmente benquistos por bandidos, mas quando rolam atentados desse porte, usualmente, significam que o policial é sujo. Já é a segunda vez que tentam dar fim nele, mas esta foi mais espetacular.

3º O bandido andou pelo telhado e jogou a bomba para dentro da casa. O policial nosso vizinho ouviu um som estranho e foi ver do que se tratava, se deparando com uma granada no prato do gato. Se detonasse, acabaria com ele e parte da família antes que se pudesse fazer qualquer coisa, mas a coisa deu chabu por qualquer motivo.

Eu mesmo ouvi policiais discutindo que o homem deveria se transferir para Tabatinga, o que corrobora o boato 2º.

A contrário da idéia popular sobre o esquadrão antibombas, os caras chegaram, levaram diversos sacos de areia para dentro da casa quando resolveram desativar o artefato dentro da residência. Depois mudaram de idéia e levaram as bombas para a rua, mas só as detonaram às 2:00 de segunda-feira, fechamento desse post, depois de mandarem a multidão de curiosos entrarem em suas casas.

A polícia ainda trabalhou com a teoria de que poderiam encontrar algum suspeito por perto ou alguma pista que levasse os responsáveis pela granada, mas nada foi encontrado. Também procuraram por mais granadas. Acharam mais uma no páteo.

Já tive colega de capoeira policial. Foi assassinado por meter duas balas no irmão de um bandido feroz, o que me diz que para sofrer atentados basta ser policial, bom ou mau. Tenho colegas aposentados da polícia que me dizem que conhecem gente que não pode sentar para beber sem olhar por cima do ombro a cada tantos minutos, procurando assassinos, mesmo depois de deixarem a polícia.

Aparentemente o policial que não tem essa preocupação é aquele que não faz nada com bandidos. É por essas e outras que deveria ser uma ocupação mais bem paga.

FUN FACT: morei no Alvorada II, um bairro de Manaus e o lugar em que mais se mata gente no Amazonas (dados de 2011), e nunca vi nada parecido.

UFC FACT: José Aldo viveu até os 17 anos no Alvorada, depois foi para uma favela no Rio de Janeiro e daí se tornou um dos melhores lutadores da atualidade.

Nenhum comentário: