segunda-feira, 17 de dezembro de 2012




Voltamos a conversar sobre Comunismo. Como seria o trabalho numa sociedade comunista decente? Digo isso porque como expliquei aqui até então não conseguimos ter uma dessas aqui na Terra.

Karl Marx postulava que a alienação do trabalho é a alienação que funda as demais. Acabando com ela, acabaríamos com todas as outras e a humanidade se tornaria antecipada. O trabalho no capitalismo é livremente comercializado, ao passo que no Comunismo DEVERIA ser livremente associado, deixaria de ser uma amolação onde você vai apenas porque precisa e passaria a ser algo realmente bom.

Como assim, porra? Trabalhar, bom? Se trabalho fosse bom não haveriam férias, né?

Simples: o trabalho seria algo que você gostaria de fazer, pois haveria abundância de ben se as pessoas trabalhariam cada vez menos. Por exemplo: eu gostaria de trabalhar exclusivamente testando videogames, traduzindo quadrinhos, blogando, essas coisas. Há, atualmente, gente que ganha dinheiro com isso, mas não é trabalho para todos porque com a escasses de produtos, que causa os preços altos, eu tenho de trabalhar no que me paga mais, independente do que eu gosto de fazer.

Ainda por cima, levando-se em consideração a capacidade de se recuperar da Natureza, as máquinas nos ajudariam com isso. Com menos trabalho pesado ou complexo e mais bens, trabalharíamos no que nos interessasse, mudando de ocupação conforme a razão.

Antes mesmo de Karl Marx, como já dissemos antes, haviam outros pensadores pensando o Comunismo e havia mesmo comunidades comunistas. Uma vez que isso é o estado natural do ser humano, começamos assim: sem acumular bens, sem líderes, fazendo o necessário para viver e não mais do que isso. Houve até quem defendesse que deveria haver apenas comunidades sem ociosos (militares, religiosos, nobres e magistrados). Só que nossa comunidade foi ficando complexa e ninguém antes de Marx pensou que os objetivos das pessoas são antagônicos. Marx não foi o primeiro a perceber que uma mercadoria não poderia ser medida pelo valor em dinheiro, mas pelo trabalho que leva até chegar ao consumidor, mas foi o primeiro a explicar a sociedade em termos puramente econômicos mostrando cientificamente como o trabalho do cidadão é mal remunerado, gerando os ricos.

Ele também acreditava (e provou isso dialeticamente) que o capitalismo está fadado a desaparecer, que as leis econômicas são alheias à vontade humana e por isso o capitalismo não pode ser regulado, o que gera suas crises.

A princípio Marx acreditava que o Estado deveria ser abolido direto pelas classes trabalhadoras, mas aí aconteceu um troço parecido em Paris, não deu certo, e ele reviu seus conceitos. Ficou claro que a gente ainda preciso do Estado para regular umas paradas aí, mas isso não foi bem aceito pelos colegas comunistas da época.

Então, para encerrar nossa conversa de hoje, o trabalho deveria ser algo que você gosta de fazer até enjoar, que te pague o justo e que uma vez não fazendo mais a sua cabeça, você troca de emprego. As máquinas seriam para ajudar nisso e a abundância baratearia tudo. Até que soubéssemos regular tudo teríamos políticos resolvendo isso para a gente e em um certo ponto perceberíamos que iss não seria mais necessário, abolindo o Estado de vez.

Bom né?

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