quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


Aqui vão as primeiras duas partes de SOMEWHERE OVER THE RAINBOW, aventura baseada no remake do filme The Crazies.


Parte 1 – Chamada Noturna

Vários moradores de Rainbow ouvem um som horrível e crescente que termina abruptamente com o que pareceu ser um forte impacto perto da terra dos Wilburs, nos limites da cidade. Alguns moradores dizem que lembrava o som de uma turbina e imaginavam ser a queda de um avião. Isso ocorre por volta das três horas da manhã.

Note que os jogadores não sabem o que está acontecendo e que você não lhes contou que realmente caiu um avião.

O Xerife vai dar uma olhada básica. Faça com que a olhada básica não seja nada convencional. Uma coisa que vai ajudar bastante é que não há qualquer sinal de fogo e não se pode ver crateras, pedaços do avião ou qualquer coisa! Faça o Xerife dar várias voltas acompanhado do seu ajudante, mas deixe claro através de insinuações sinistras de que “não é bom entrar na floresta à noite”. Sem a luz do dia para ajudar, sem o pessoal necessário para uma busca dessas e sem nenhum sinal de urgência, Mac Arthur é obrigado a continuar pela manhã.

Não o deixe dormir, no entanto. Leve-o à uma discussão com a esposa, que quer saber o que aconteceu e que não obtêm respostas. O relacionamento com a esposa é bom, mas anda devagar por causa da rotina modorrenta de cidade pequena. Ele tem um trabalho respeitável em Rainbow, que se não é o melhor do mundo, paga as contas e não é nada difícil, ao passo que ela não se conforma em ser “a esposa do Xerife” e gostaria de se mandar pra cidade grande. Diga ao jogador que interpretará Bernadeth que importune o John até que ele desista de dormir, faça algumas ligações e organize tudo para saber logo cedo o que está havendo (e depois conte tudo pra ela, para que tenha algo a fofocar com as comadres).

Pela manhã um barqueiro, o Xerife e seu fiel escudeiro estão buscando pelo rio cobrir a maior parte da margem antes de entrar na mata. A idéia tem de partir do Xerife e você pode levar o jogador a pensar nisso basicamente dizendo que há um rio separando a propriedade dos Wilburs e a mata limítrofe de Rainbow, lembrando-o que procurar pela mata levaria muito tempo, envolveria muitos homens e que além do trabalho o Xerife teria de envolver outras pessoas no seu trabalho, coisa que detesta. Que se tiver sorte poderá avistar sinais de árvores quebradas ou coisa assim do rio para, aí sim, descer e verificar o estrago. De qualquer modo, ninguém está ligando para falar de um avião caído ou coisa assim, então não deve ser nada sério.

É o que ele espera ardentemente. Não quer ver cadáveres. Não quer ter de falar com familiares. Não quer a imprensa enchendo o local de gente estranha e fazendo perguntas. Não quer os federais em Rainbow. Não quer que nada perturbe a paz e a tranqüilidade.

Mesmo assim, ele vai fazer o trabalho direitinho, estando à frente mesmo no barco para ver se avista primeiro o que quer que seja.
O ajudante quer achar primeiro para poder crescer como o homem que avistou os primeiros sinais de fumaça. Quer dar entrevistas em jornais e tudo o mais. Até comprará um vídeo para gravar a matéria.

A Bernadeth está ansiosa para que haja mesmo caído um avião ou coisa assim. Claro que não espera haver mortes, com sorte piloto e co-piloto ejetaram e o avião que pilotavam caiu apenas com alguma carga. Mas porque ninguém está ligando para saber do avião?

Depois de algum tempo, um dos personagens do barco vai encontrar o avião debaixo do Rio Flooder. Por isso não se via sinais de fumaça ou destruição na mata. Faça um teste de percepção simples, uma vez que já estavam procurando por algo e você não quer perder tempo de jogo com buscas. O avião parece ser de vôo comercial, de passageiros, e está sem as asas, que também estão no Flooder, mas em outro lugar, um pouco antes do avião. O Xerife vai ter de ligar para a cidade pedindo que as autoridades de lá mandem máquinas específicas para retirar o avião dali, além de um monte de gente para olhar corpos e notificar famílias. Tudo o que ele não queria. A cidade vai ficar para sempre conhecida como o local dessa tragédia...

...mas porque ninguém está ligando para falar do avião que desapareceu do espaço aéreo?


Parte 2 – Ben Bem Bebum

No mesmo dia, ainda pela manhã, depois das ligações que deveria fazer. Mac Arthur recebe uma ligação do proprietário do único bar da cidade, Johnny Hill, sobre Benjamin Wilbur, que agia muito estranho. Chegando ao local, John encontra Ben com jeito de quem está bêbado, olhar perdido, boca entreaberta e de espingarda na mão. Ele parece estar caçando, como se estivesse alucinando estar na mata, procurando um alvo. Quando qualquer um chama sua atenção responde atirando contra a pessoa, como se esta fosse um veado ou coisa assim.

O Xerife (ou seu ajudante) vai ter de matá-lo. Ele não se entregará e tem ainda um facão pro caso das balas acabarem. Se acontecer dele ser capturado, agirá como se fosse sonâmbulo, estará queimando em febre e mostrando outros sinais de doença, tais como pupila dilatada, pulsação acelerada, pressão alta, e por aí vai. Ele então poderá responder a algumas perguntas, mas sempre como quem está dormindo, com respostas hora sem sentido, hora evasivas. Sempre dirá que está bem, só um pouco cansado. Se forem notificar sua mulher e filho da sua morte ou da sua prisão, descobrirão que estão ambos desaparecidos.

Enquanto tudo isso acontece, outras pessoas começam a agir estranhamente, muitos com surtos psicóticos. Todos parecem bêbados ou sonâmbulos e não respondem bem quando confrontados, mas nenhum está bêbado uma vez que acordaram desse modo. Vários telefonemas chegam à mesa da secretária de John Mac Arthur descrevendo casos similares. Antes que isso se alastre pela cidade, descreva algo similar ocorrendo na casa de cada um dos namorados (Blossom e Kenny), que têm de lutar contra algum parente enlouquecido e sair de casa. Ficará claro para Blossom que há uma seqüência bem definida nos surtos: as casas mais próximas à Companhia de Água e Esgotos de Rainbow, que trata e distribui água do Rio Flooder para toda a cidade, tiveram familiares enlouquecidos primeiro, seguidas por surtos em casas seguintes.

A casa do ajudante do Xerife é uma das primeiras. Por enquanto, ele parece bem e exceto por Blossom ninguém ligou o problema à água.

Os zumbis aqui são pessoas vivas que perderam suas mentes por causa de algo na água. São muito semelhantes ao Voodoo Zombie do livro Atlas of the Walking Dead (páginas 81-85). Os dados são os seguintes: Força 2, Constituição 2, Destreza 1, Inteligência 1, Percepção 1, Força de Vontade 2, Pontos de Vida 26, Velocidade 2, Briga 2, ataca como humano normal, o corpo todo é vulnerável, peso normal, é lento e descoordenado e, exceto que não liga para dor e não tem medo de se machucar, no geral é como qualquer humano, necessitando comer, fazendo uso de ferramentas e sem super-sentidos. Uma característica é que, se o zumbi te agarrar, ele não vai soltar. Trate como se ele fosse mais forte do que é para agarrar (força 4) e no caso de um abraço de urso, as coisas ficam realmente feias, com efeitos de força 10. Esse abraço dá um dano por turno de D4 x 10 e mesmo que o zumbi seja morto ele mantém o abraço, que apesar de não apertar mais imobiliza a vítima, que usualmente caiu no chão e teve até mesmo as pernas do zumbi lhe envolvendo. Melhor se soltar antes que o próximo zumbi lhe alcance...

Pois bem! Depois de amanhã eu posto a última parte de SOMEWHERE OVER THE RAINBOW

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