quarta-feira, 1 de junho de 2011




Vou começar a postar vídeos aqui com a cara do Bestirinhas, que tem me inspirado muito. Espero que vocês gostem da mudança, pois usualmente eu só colocava por aqui os links. Vou continuar a chamar de links, by the way.

Faz um tempo começaram a falar do tal Kit Gay e até vi um amigo me perguntando se assinava ou não um abaixo-assinado para a não veiculação disso nas escolas públicas. Ele sequer sabia do que se tratava. Como eu já havia visto, dei meu parecer. Como acho que você não viu os filmes – sim, são filmes – vou mostrar pra vocês e falar um pouco sobre o assunto.

São filmes – curtas – para mostrar o que é um gay e como é que eles vivem. No final das contas, é para mostrar que os gays são pessoas como eu e você.

O primeiro filme, que é um desenho, fala sobre um garoto que muda de cidade e que não tem nenhum amigo na escola nova, exceto por um que depois ele descobre que é gay. Assista ao vídeo Probabilidade e depois continue lendo o Sucupiras.



Repare que não se ensina ou se incentiva a ser gay, o que vemos é que um cara ajuda o outro porque vê um solitário como ele. Em momento algum o gay tenta “algo mais” com o outro, que descobre ser bissexual.

No segundo filme, Torpedo, duas garotas resolvem assumir porque não tem escolha. Vídeo calcado na realidade com jeito de stop motion.



Elas eram discretas, mas alguém deu uma de paparazzi provavelmente para acabar com o lance delas, mas não deu muito certo. Repare na reação das pessoas ao final do vídeo: umas gostam e outras não, o que reflete a situação atual das lésbicas no Brasil. Conheço muita gente que acredita que basta comer direito uma entendida para que esta se torne “mulher”. O que muita gente não gosta nos gays é ver gays se pegando, apesar de que no caso de mulheres se pegando muito marmanjo acha é bom. Essas meninas não se pegavam publicamente, já que no filme eles estava em algum lugar reservado, um dos muitos guetos para onde migram os casais homossexuais que querem dançar e andar de mãos dadas.

O filme mais doido e com formato de documentário é o último, Encontrando Bianca. Neste filme, José Ricardo, caboclo jogador de futebol e coisa e tal é um dos gays que tem necessidade de se travestir, ou seja, não se sente bem vestindo roupas de homem, ficando muito a vontade inclusive com maquiagem.



Esse cara mostra polêmicas que existem no mundo todo, tais como o que acontece com um cara que não só assume que gosta de homem, mas que dá para ver na cara dele o tempo todo. Vemos o problema com o nome e a convivência difícil em família. Porque ele precisa se vestir assim se tem tanto trabalho? Porque só assim se sente bem!

Mostra também coisas que não passam pela cabeça dos que não pensam no assunto ou dos que não estão na pele dele, como a questão dos banheiros: porque as meninas têm de se incomodar com um cara que não vai reparar nelas nos banheiros femininos (e até mesmo, porque banheiros femininos separados dos masculinos)? A resposta é só uma falta de educação por parte dos usuários dos banheiros.

Em nenhum filme vemos gays se beijando. Em nenhum filme se diz algo como “gay é legal”. Em nenhum filme se mostra os caras como vítimas, mas mostra o preconceito a que tem de se submeter.

O máximo que pode acontecer aqui é um(a) garoto(a) que já é gay se entender e se aceitar mais cedo, como aconteceu com o garoto do Probabilidade. Ninguém vai “virar gay” por assistir a esse filme. O que se espera é acabar com a homofobia, que é uma besteira sem tamanho. O Brasil, com o lance de querer ser moralista libertário, mas sendo profundamente conservador, não consegue aprovar certas leis que ajudariam de verdade.

Claro que esse Kit Gay não vai rodar pelos colégios. Alguém ainda tinha dúvidas?

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