Gavin Aung Than me manda sempre por e-mail atualizações de seu trabalho, mas disse que vai ter um tradutor oficial para sua arte em português e outras línguas. Infelizmente, não serei esse tradutor (ainda que eu tenha pedido, outras 300 pessoas do Brasil, aproximadamente, se escalaram para isso). Por isso mesmo, não tenho permissão para traduzir e não mais irei vazer uma versão como fiz aqui.
Nada me impede de traduzir o que há nos quadros, mas vai ficar menos belo. Vou me ater ao que a Sophie Scholl* disse na historinha. Quando existirem versões oficiais em português eu passo a publicá-las no Sucupiras.
Nada me impede de traduzir o que há nos quadros, mas vai ficar menos belo. Vou me ater ao que a Sophie Scholl* disse na historinha. Quando existirem versões oficiais em português eu passo a publicá-las no Sucupiras.
“O
dano real é dado por aqueles milhões que querem “sobreviver”. Os homens
honestos que só querem ser deixados em paz. Aqueles que não querem suas vidas pequenas
perturbadas por nada maior que eles mesmos. Aqueles sem lados ou causas. Aqueles
que não tiram medidas de sua própria força, por medo de antagonizarem suas
próprias fraquezas. Aqueles que não gostam de fazer ondas – ou inimigos.
Aqueles para quem liberdade, honra, verdade e princípios são apenas literatura.
Aqueles que vivem pequenos, casam pequenos... morrem pequenos. É o reducionismo
aplicado à vida. Se você a mantém pequena, mantém o controle. Se você não fizer
nenhum barulho, o bicho papão não te enontrará. Mas isso é tudo ilusão, porque
eles morrem também, aquelas pessoas que envolvem seus espíritos em pequenas
bolas para ficarem a salvo. Salvo? De quê? A vida está sempre no limiar da
morte. Ruas estreitas levam aos mesmos lugares que amplas avenidas... e
pequenas velas queimam a si mesmas da mesma forma que tochas. Eu escolho minha
forma de queimar.”
*Sophie Scholl (1921-1943) foi uma ativista alemã famosa
por pregar contra o regime nazista. Scholl foi membro de um grupo de protesto
chamado A Rosa Branca, que era formado por seu irmão Hans e alguns amigos da
faculdade. O grupo consistia principalmente de estudantes em meados dos anos 20
quer era dominado pela propaganda governamental. Os nazistas controlavam cada
aspecto da sociedade – a mídia, polícia, militares, sistema judicial, sistemas
de comunicação, todos os níveis educacionais e culturais e instituições
religiosas. A Rosa Branca distribuía panfletos chamando seus compatriotas
alemães a se oporem ao regime através da resistência pacífica.
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