Jório Veiga recebendo honras como Cidadão do Amazonas
Não falo muito aqui, mas tenho passado por muitos reveses.
Não obstante, quando muita coisa acontece ao mesmo tempo, significa que um
ciclo está morrendo e outro se iniciando. Fica pra você a pergunta: vai se
lamentar e agir como vítima ou tentar participar como agente da mudança?
Uma das coisas que eu estou fazendo pra mudar é estudar.
Estudar é chato e penoso quando você não tem mais o costume, mas é muito
necessário.
Ontem fui à uma palestra de Jório Veiga, um homem à frente da
Coca-Cola em toda a América Latina. Algo imperdível.
Essa palestra foi no CITS Amazonas, uma empresa que fomenta
tecnologia. Foi bom conhecer também.
O que mais me deixou chocado, no entanto, foi o próprio homem
da Coca-Cola: ele é de uma simplicidade inacreditável para alguém com o tanto
de poder e responsabilidades que têm nas mãos. Já iniciou a palestra com algo
como “Não vim aqui ensinar nada. Vim me reconectar com amigos que faz tempo que
não vejo, conhecer gente nova e trocar experiências. Tou aprendendo.”
Tou aprendendo? Ele tinha mais experiência, tempo de vida e
era mais viajado que todos ali, muito provavelmente. Mas essa humildade foi o
que marcou o tom dali por diante
Durante sua palestra ele chamava atenção para muitas coisas e
sempre citava exemplos pessoais. Ele dizia a cada momento coisas que nos faziam
pensar 70 anos à frente. Isso porque ele não planeja nada para si mesmo, mas
para a empresa, pros futuros funcionários e a própria comunidade, explicando
porque pensar assim termina por te ajudar.
“Vai haver televisão daqui a 50 anos?”
“A eletricidade vai correr por esses cabos feios que vemos aí
fora?”
“Estamos trabalhando e paramos de vez em quando para ver no
Whatsapp. É normal e necessário. O pessoal da linha de produção pode? Eles
querem?”
“Existe muita força contra você. Muita gente – membros da sua
família, em sua casa – irão dizer que estão te explorando e que você está
fazendo demais. Faça. Você está aprendendo. Se não for pra você, você
descobrirá isso. Agradeça a oportunidade e saia. Terá as melhores
recomendações.”
A cada uma dessas afirmações ele dava um exemplo pessoal,
confessava falhas e comentava projetos para seu futuro. Poderia fechar com
qualquer coisa, mas decidiu comentar sobre humildade.
O que mais fica, pra mim, foi a ideia de que eu tenho de
fazer o que for como se eu fosse o chefe. O chefe não espera alguém pedir algo
dele, mas identifica o que precisa ser feito e faz. O chefe assume a
responsabilidade.
Let’s man up!