quarta-feira, 25 de março de 2015


Jório Veiga recebendo honras como Cidadão do Amazonas




Não falo muito aqui, mas tenho passado por muitos reveses. Não obstante, quando muita coisa acontece ao mesmo tempo, significa que um ciclo está morrendo e outro se iniciando. Fica pra você a pergunta: vai se lamentar e agir como vítima ou tentar participar como agente da mudança?

Uma das coisas que eu estou fazendo pra mudar é estudar. Estudar é chato e penoso quando você não tem mais o costume, mas é muito necessário.

Ontem fui à uma palestra de Jório Veiga, um homem à frente da Coca-Cola em toda a América Latina. Algo imperdível.

Essa palestra foi no CITS Amazonas, uma empresa que fomenta tecnologia. Foi bom conhecer também.

O que mais me deixou chocado, no entanto, foi o próprio homem da Coca-Cola: ele é de uma simplicidade inacreditável para alguém com o tanto de poder e responsabilidades que têm nas mãos. Já iniciou a palestra com algo como “Não vim aqui ensinar nada. Vim me reconectar com amigos que faz tempo que não vejo, conhecer gente nova e trocar experiências. Tou aprendendo.”

Tou aprendendo? Ele tinha mais experiência, tempo de vida e era mais viajado que todos ali, muito provavelmente. Mas essa humildade foi o que marcou o tom dali por diante

Durante sua palestra ele chamava atenção para muitas coisas e sempre citava exemplos pessoais. Ele dizia a cada momento coisas que nos faziam pensar 70 anos à frente. Isso porque ele não planeja nada para si mesmo, mas para a empresa, pros futuros funcionários e a própria comunidade, explicando porque pensar assim termina por te ajudar.

“Vai haver televisão daqui a 50 anos?”

“A eletricidade vai correr por esses cabos feios que vemos aí fora?”

“Estamos trabalhando e paramos de vez em quando para ver no Whatsapp. É normal e necessário. O pessoal da linha de produção pode? Eles querem?”

“Existe muita força contra você. Muita gente – membros da sua família, em sua casa – irão dizer que estão te explorando e que você está fazendo demais. Faça. Você está aprendendo. Se não for pra você, você descobrirá isso. Agradeça a oportunidade e saia. Terá as melhores recomendações.”

A cada uma dessas afirmações ele dava um exemplo pessoal, confessava falhas e comentava projetos para seu futuro. Poderia fechar com qualquer coisa, mas decidiu comentar sobre humildade.

O que mais fica, pra mim, foi a ideia de que eu tenho de fazer o que for como se eu fosse o chefe. O chefe não espera alguém pedir algo dele, mas identifica o que precisa ser feito e faz. O chefe assume a responsabilidade.

Let’s man up!

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