Olha
pra isso: o Monstro de Frankenstein cheio de tatuagens que contam parte de sua
história, como fizeram com o Popeye. Arte de Michael
Vanderhoof. É nessas horas que eu fico chateado de não ter habilidade em
desenvolver esse tipo de arte.
No
olho direito vemos uma lágrima, tatuagem que indica tristeza (entre outras
coisas), no peito há “Fogo, Mau!” acima de um coração partido que é um moinho
ao mesmo tempo, local onde o monstro é destruído num incêndio. No ombro
esquerdo há a Noiva
construída por Victor à pedido do Monstro com Mary Shelley escrito em uma faixa.
No braço esquerdo, há o M do energético Monster
Energy no bíceps e no tríceps um caixão, lembrando que suas partes vêm dos
mortos, uma tatuagem clássica de teia de aranha no cotovelo, que nos remete ao
monstro como um clássico e lembra filmes de terror antigos e no antebraço “we
belong dead” (nós pertence morto) últimas palavras do monstro em A Noiva de Frankenstein e uma
das 25 mais marcantes últimas palavras da história do cinema. No braço
direito, temos uma caveira – tatuagem clássica – no ombro, o monstro deu uma
filosofada à lá Shakespeare com uma delas. No bíceps o número 31, sendo que
1831 é data da 3º edição do livro, considerada a definitiva, e 1931 é a data de
lançamento do primeiro longa com Boris Karloff. No
antebraço vemos Frankenstein, nome do seu criador na história e nome pelo qual
acabou ficando conhecido o monstro. Há ainda tatuagens imitando suturas e dois
raios elétricos entre os ombros e o peito referentes à sua ativação por
eletricidade.
FUN
FACT: o monstro não tem nome, mas TODOS chamam o monstro criado por Victor
Frankenstein de Frankenstein. Quando o monstro acordou, o Doutor saiu correndo
com medo e nunca batizou o bicho, que por onde encontrava gente era
simplesmente chamado de, adivinhem, MONSTRO!
Frankenstein
foi um romance escrito por Mary Shelley quando esta tinha 19 anos e que criou
todo um novo gênero de terror. Foi publicado em 1818, mas a terceira edição (de
1831) é considerada a definitiva.
No livro
(que eu ainda preciso ler), o monstro criado por Victor Frankenstein é
incrivelmente articulado, falante, mas o monstro que ficou famoso é mesmo o da primeira versão longa metragem para
cinema, da Universal, onde o monstro foi interpretado por Boris Karloff. A
interpretação “zombie-like” de Boris deixou em todos a marca indelével de um
monstro forte, lerdo e bobão. A cara que o Karloff deu ao monstro – cabeça
achatada, cabelos escorridos, olhos mortiços, parafusos no pescoço também
ficaram em nossa mente.
Lembrando que mês que vem estréia Frankenstein: entre anjos e demônios.
Post Scriptum: TUDO fica melhor com tatuagem!
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