sexta-feira, 27 de dezembro de 2013


Olha pra isso: o Monstro de Frankenstein cheio de tatuagens que contam parte de sua história, como fizeram com o Popeye. Arte de Michael Vanderhoof. É nessas horas que eu fico chateado de não ter habilidade em desenvolver esse tipo de arte.

 
No olho direito vemos uma lágrima, tatuagem que indica tristeza (entre outras coisas), no peito há “Fogo, Mau!” acima de um coração partido que é um moinho ao mesmo tempo, local onde o monstro é destruído num incêndio. No ombro esquerdo há a Noiva construída por Victor à pedido do Monstro com Mary Shelley escrito em uma faixa. No braço esquerdo, há o M do energético Monster Energy no bíceps e no tríceps um caixão, lembrando que suas partes vêm dos mortos, uma tatuagem clássica de teia de aranha no cotovelo, que nos remete ao monstro como um clássico e lembra filmes de terror antigos e no antebraço “we belong dead” (nós pertence morto) últimas palavras do monstro em A Noiva de Frankenstein e uma das 25 mais marcantes últimas palavras da história do cinema. No braço direito, temos uma caveira – tatuagem clássica – no ombro, o monstro deu uma filosofada à lá Shakespeare com uma delas. No bíceps o número 31, sendo que 1831 é data da 3º edição do livro, considerada a definitiva, e 1931 é a data de lançamento do primeiro longa com Boris Karloff. No antebraço vemos Frankenstein, nome do seu criador na história e nome pelo qual acabou ficando conhecido o monstro. Há ainda tatuagens imitando suturas e dois raios elétricos entre os ombros e o peito referentes à sua ativação por eletricidade.

FUN FACT: o monstro não tem nome, mas TODOS chamam o monstro criado por Victor Frankenstein de Frankenstein. Quando o monstro acordou, o Doutor saiu correndo com medo e nunca batizou o bicho, que por onde encontrava gente era simplesmente chamado de, adivinhem, MONSTRO!

Frankenstein foi um romance escrito por Mary Shelley quando esta tinha 19 anos e que criou todo um novo gênero de terror. Foi publicado em 1818, mas a terceira edição (de 1831) é considerada a definitiva.

No livro (que eu ainda preciso ler), o monstro criado por Victor Frankenstein é incrivelmente articulado, falante, mas o monstro que ficou famoso é mesmo o da primeira versão longa metragem para cinema, da Universal, onde o monstro foi interpretado por Boris Karloff. A interpretação “zombie-like” de Boris deixou em todos a marca indelével de um monstro forte, lerdo e bobão. A cara que o Karloff deu ao monstro – cabeça achatada, cabelos escorridos, olhos mortiços, parafusos no pescoço também ficaram em nossa mente.

Lembrando que mês que vem estréia Frankenstein: entre anjos e demônios.

Post Scriptum: TUDO fica melhor com tatuagem!

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