Mês
passado eu assisti à um filme muito interessante de mortos-vivos – Stalled – em
que na véspera do Natal um funcionário da manutenção de uma grande empresa está
ainda trabalhando, de maneira quase invisível para a maioria dos funcionários
como geralmente acontece à essa categoria, quando uma insurreição de mortos-vivos
ocorre. Ele estava no banheiro e resolve se trancar por lá mesmo, na esperança
de que os monstros vão embora.
O
filme é ótimo por vários motivos. O principal é a crítica social que um bom
filme de zumbis normalmente tem. O homem é praticamente invisível, mesmo para
os poucos humanos que se encontram com ele nessa situação. Há diversas discussões
sobre esse tipo de situação e outras, como no caso de obesidade, em que a
pessoa por ser considerada inferior é deixada de lado... permanentemente. Neste filme não há as três coisas que eu achava
primordiais e um filme de mortos-vivos, a saber: zumbis realmente feios,
mortos-vivos abrindo a barriga de alguém ou coisa assim e atrocidades que te
fazem pensar em como as coisas sempre podem piorar, perpetradas tanto por gente
quanto pelos mortos. Mesmo assim é um ótimo filme, o que nos ajuda a mudar os
conceitos do que deve ser esperado num filme. Este é ainda um filme de humor
negro em que há mortes, mas o humor vem sempre em primeiro lugar.
Este
é o tipo de filme que não vai passar nos cinemas do Brasil. Ao menos, não nas
redes de praxe, que atendem todo o país. Digo isso porque mesmo no Reino Unido,
onde foi filmado, não passou em todo o canto. A estreia foi na Coréia do Sul em
19/07/13, depois passou no Reino Unido (24/08/13), Suíça (04/10/13), Canadá (19/10/13)
e Bélgica (26/10/13). Um filme novíssimo, portanto. Deve ter sido barato,
também, mas veja que filme legal! Isso sempre nos alenta para o fato que se pode
fazer coisas boas mesmo com grana limitada e no banheiro do trabalho (no bom
sentido, seu onanista)!
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