sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Plano B

Qualquer coisa que vá ser feita, qualquer curso de ação a ser tomado, qualquer máquina, qualquer pessoa ou animal é passível de falhas. Assim, ao se fazer uma incursão em uma área infestada de mortos-vivos, montar uma fortaleza ou qualquer coisa assim, deve-se pensar também num Plano B.


O Plano B deve ser algo sempre em mente. Não se deve criar o plano pensando nele como algo meramente secundário, pois é antes uma alternativa válida. Por ser uma alternativa válida, deve-se cuidar para que o plano tenha meios de ser concretizado, que seja tão bom quanto o plano principal e que todos os envolvidos saibam como funciona.


Exemplos de Plano B são infinitos, pois tais planos servem para qualquer aspecto em se tratando de sobreviver à uma insurreição de mortos-vivos. Você deve pensar que isso é um pensamento paranóico – e de fato o é – mas lembre-se de que paranóicos muito raramente são surpreendidos, pois esperam um ataque de qualquer lugar, a qualquer momento, se preparando para eles com vários planos de contingência.


E se sua arma emperrar? E se alguém passar com um trator por cima da sua casa? O que poderia acontecer se você ficar preso em um local com água limitada? E se a comida acabar? E se alguém surtar durante a noite? E se o caminho estiver bloqueado? Respostas para essa e qualquer outra eventualidade devem estar muito claras nas mentes de todos os membros do seu grupo, assim como é claro o que fazer para exterminar um zumbi: destruir o cérebro.


Apesar de que é impossível criar um plano neste manual que cubra todas as possibilidades, é possível criar um roteiro para criar um bom plano, assim como seus Plano B, Plano C, Plano D e por aí vai. Responda essas perguntar ao criar um plano de ação qualquer e depois crie mais alguns planos baseados na Lei de Murphy:


1º É viável? - Você pode executar com relativa facilidade? Tem dinheiro para conseguir equipamentos necessários ou tempo hábil para executá-lo?


2º Todos do grupo entendem bem o plano? - O plano é relativamente simples? Todos sabem suas funções e estão dispostos a desempenhá-las a qualquer momento? Todos entendem tudo?


3º E se não der certo? - Certos pontos do plano, tais como as rotas a serem percorridas, os horários a serem feitos cada um dos trajetos, os equipamentos, as pessoas-chave para alguma ação, podem falhar ou faltar por motivos não esperados. Isso ocorre porque não dá pra se pensar em todos os pormenores possíveis. Dentro de cada plano é necessário deixar espaço para subplanos, que serão rotas, equipamentos e pessoas alternativas e que farão o plano seguir em frente. Não se trata de um Plano B, mas de uma flexibilização necessária a qualquer plano.


O Plano B ocorre quando você percebe que o plano principal falhará como um todo em um dado momento. Provavelmente você só vai perceber que o plano não vai dar certo durante a execução deste, ao chegar ao local de destino e ele estiver destruído, ou quando vir que todas as rotas alternativas estão bloqueadas, de modo que o Plano B tem de estar inserido neste contexto.

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