Este é o primeiro de muitos filmes que todos os nerds
deveriam ver, tanto pela cultura envolvida, quanto pelas referências que saem
daqui para muitas outras mídias. Não escolhi esta por ser a mais importante das
coisas nerds, mas simplesmente porque sim!
Best of Both Worlds (o melhor dos dois mundos) é considerado
por muitos o melhor troço já feito em matéria de Star Trek (Jornada nas
Estrelas). É, na realidade, uma história em duas partes que arrumei pra vocês compilada uma parte só. São os episódios 74 e 75 da série televisiva.
Um dos maiores medos que uma pessoa deveria ter, em minha
humilde opinião, é a de perder a individualidade. O que nos faz seres humanos é
a capacidade de sermos criativos e diferentes dos demais. Mesmo irmãos gêmeos
frequentemente têm personalidades radicalmente diversas.
Veja bem: perder a individualidade não é meramente ser
massificado, é ser programado para agir de certo modo e pensar em fazer outros
serem assim também, é deixar de pensar por si e simplesmente seguir o líder e
fazer o seu trabalho. É ser igual... em uma espécie feita para sermos todos
diferentes, indivíduos.
Certamente por isso criaram os Borg, uma raça hostil de humanoides
ciborgues, na série Star Trek (Jornada nas Estrelas). E é assim mesmo que se
escreve, os Borg e não “os borgs”.
O lance dos Borg é atingir a perfeição através de melhoramentos
cibernéticos. Qualquer outra civilização usa cibernética para compensar uma mão
faltando, por exemplo, mas os Borg cortam a mão boa para colocar uma melhor!
Ao menos, na opinião deles. E como fazer para evitar opiniões
divergentes entre os próprios Borg? Acabando com todas elas através do
extermínio da individualidade. Ao ser assimilado pelos Borg, você passa a ser
parte de um coletivo. A frase que os Borg lançam assim que encontram uma nova
civilização é “Resistência é fútil”.
Para você identificar melhor os Borg. Eu que fiz. De nada!
Aprendeu? Então me diz que tipo é
esse aí:
Aí está a rainha despida de boa parte
de suas máquinas.
Cubo Borg. Essas naves são
incrivelmente grandes e praticamente invisíveis.
Logo se tornaram um ícone popular da assimilação acachapante
que ocorre hoje em dia, seja por religião ou outra ideologia em que só os
membros dela estão certos, ou não membros errados e passíveis de assimilação.
Também no Star Trek temos exemplos de gente que resistiu aos
Borg e se manteve como um indivíduo e de gente que mantém a coletividade, mas
que não busca obrigar os outros a se tornarem Borg. Isso, é claro, fala da
minoria que consegue resistir em um contexto em que parece mais fácil ser como
todo mundo e de gente aceita os outros como são, ainda que entenda que só ele
está “salvo”.
Os Borg foram introduzidos sutilmente na série, com uma série
de eventos inexplicáveis, como colônias inteiras que ficavam sem se comunicar
subitamente, ao longo de diversos episódios, só apresentando os Borg no
episódio 16 da segunda temporada: Q
Who.
A Federação, união dos esforços de raças inteligentes de mais
de 150 planetas e milhares de colônias para o progresso conjunto destas, não é
forte o suficiente para enfrentar os Borg. Ninguém é. Por isso são tão fascinantes.
Tendo dito isso, assista o que aconteceu quando os Borg
encontraram a Fenda do Biquíni.
Nenhum comentário:
Postar um comentário