Domingo foi Dia da Toalha e Dia do Orgulho Nerd! Em
comemoração à isto, o filme que todo nerd deveria ver de hoje é O Guia do
Mochileiro das Galáxias!
Assista lá e depois volte a ler o que
tenho para te dizer.
Versão dublada, narrada pelo falecido José Wilker.
A referência é fácil: Dia da Toalha é um fenômeno que cresceu
até se tornar internacional e, praticamente, sinônimo de Dia do Orgulho Nerd. Comemoramos
a Toalha neste dia porque é a data de falecimento de Douglas Adams, autor do
livro que virou filme, peça de teatro, show, quadrinhos... Uma data coincide
com a outra, mas foi sem querer querendo: o Dia do Orgulho Nerd é 25 de maio
porque é a data de lançamento do primeiro filme a ser feito da série Star Wars, que ainda vamos resenhar e indicar
aqui no Sucupiras.
O Guia tem uma história excelente: a fragilidade humana e
nossa insignificância em relação ao Universo é mostrada à toda hora, de uma
forma tão bem humorada que você não consegue ficar deprimido. O mais
interessante é que temos um cara super simples que se torna quase histérico
frente à essas coisas e mesmo um robô que, justamente por ser superinteligente,
é super deprimido e você não fica deprimido junto com eles. Esses dois são
arquétipos de pessoas que perceberam seu diminuto papel no esquema do universo
e de como reagiram à ele. Digo: uma pessoa comum, frente à uma problema cósmico
que foge do seu controle e um inteligente que não pode usar a inteligência para
mudar nada.
Temos ainda muitos conflitos comuns à humanidade em geral e
principalmente aos nerds: dificuldade em falar com a mulher que ama (ou de
chegar em mulher, ao menos), perder mulher para um cara mais descolado (ainda
que um crápula), desejo de que as coisas fiquem mais simples (e elas só ficam
mais complexas), a mulher finalmente te diz o que ela queria o tempo todo e
você descobre que não tem ideia de como funciona a cabeça dela e fica mais
perdido...
Todo o resto – as viagens espaciais, a busca pelo
conhecimento, as lutas e as pessoas que você vai conhecendo – se mostram fúteis
ou transitórias. Só os dramas são perenes. Só o tempo da sua vida e o que você
vai fazer com ela importa.
Outra coisa que nos é apresentado de forma magistral é o fato
de que todos temos importância enquanto indivíduos, ainda que não saibamos
disso, ao passo que enquanto espécie não somos tão importantes assim...
Há também um debate simples e direto sobre religião e não
religião e sobre o fato do ser humano se achar a coisa mais importante no
Universo. Tudo o que se fala no Guia do Mochileiro das Galáxias (obra ficcional
que dá nome ao livro e ao filme) sobre a própria Terra é “praticamente
inofensiva”. Fala-se muito mais, por exemplo, sobre toalhas.
Neste filme há referências à séries famosas. As naves vogon,
por exemplo, são cubos que nos lembram cubos borg e, quando um soldado vogon
chega num inimigo diz apenas “resistir é inútil”, frase padrão borg. Mais isso neste filme, porque na série de televisão e no livro não se fala desse formato.
Falando em
naves vogon, na cena em que estão tentando a soltura da Trillian aparece um
robô quadriculado de olhos oblíquos e amarelos que é idêntico ao Marvin da
série de televisão O Guia do Mochileiro das Galáxias.
Vocês, bons nerds que são, perceberão logo outras
referências. Até semana que vem, pessoal!
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